sexta-feira, dezembro 16, 2011

O governo levou - ILIMAR FRANCO

O GLOBO - 16/12/11


Os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil) se recusaram ontem a receber uma comitiva de parlamentares que pretendia incluir no Orçamento do ano que vem uma verba de R$1 bilhão para aumentar o salário do Judiciário. Diante disso, o relator da Comissão do Orçamento, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), informou aos partidos que, sem o patrocínio do governo, não pode incluir esse gasto em seu relatório.

Ruído do Planalto com Marco Maia
O governo atribui ao “corpo mole” do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), parte da responsabilidade pelo adiamento da votação do Fundo de Previdência Complementar dos Servidores. Além de sindicalista, a avaliação do Planalto é que ele quis marcar posição, mais uma vez. A convicção no governo é que a obstrução prometida pela oposição não seria obstáculo suficiente para impedir a votação do Fundo, se esta fosse a disposição do conjunto dos aliados na Câmara. Essa posição causou ainda maior espanto depois que a área econômica aceitou contribuir com 8,5%, como querem os sindicalistas.

"Estamos tentando produzir um acordo, mas nada à vista até agora” — Arlindo Chinaglia, deputado federal (PT-SP) e relator da Comissão de Orçamento, sobre o reajuste salarial para o Poder Judiciário

IMPUNIDADE. A bancada feminina na Câmara entregou anteontem ao ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) um manifesto cobrando o fim da impunidade no caso da deputada Ceci Cunha (PSDB), de Alagoas, assassinada há 13 anos. O ex-deputado Talvane Albuquerque, seu suplente, é acusado de mandar matá-la para que ele pudesse assumir o mandato. “Queremos Justiça já”, cobrou a deputada Janete Pietá (PT-SP).

Pressão
Os militares estão fora do projeto que cria o fundo de previdência para o funcionalismo e coloca em prática o teto do INSS para os servidores. O governo avaliou que, se fossem incluídos, seria impossível aprovar o projeto no Congresso.

Tropa
O PT indicou os membros da comissão da Câmara que discutirá a redistribuição dos royalties do petróleo. Dos estados produtores, farão parte Edson Santos (RJ), Benedita da Silva (RJ), Carlos Zarattini (SP) e Newton Lima (SP).

PSDB é contra a carteirinha
A Juventude do PSDB vai divulgar amanhã, ao final de seu primeiro congresso nacional, a Carta de Goiânia. Nela, os tucanos vão pedir o fim da carteira de estudante, que dá direito à meia-entrada em cinemas, teatros e shows. As carteirinhas são emitidas pela UNE e pela Ubes, que usam o dinheiro que recebem para custear suas atividades. O PSDB quer que a meia seja garantida aos jovens via carteira de identidade.

Recado do recado
Quando o presidente do DEM, senador José Agripino (SC), disse no programa de TV do partido que “alguns fraquejaram e outros continuam firmes em suas convicções”, seu alvo foi o último presidente do PFL, Jorge Bornhausen.

De saída
Apesar do movimento pela recondução, o presidente do Cade, Fernando Furlan, afirma que seu mandato se encerra em 18 de janeiro. Ele está na França, onde foi assinar um acordo de cooperação na área da defesa da concorrência.

FOI DADA A LARGADA para a procissão de fim de ano em busca de liberação e empenho de emendas do Orçamento da União. A Secretaria de Relações Institucionais fará plantão até as 20h do dia 31.

VOANDO. Os deputados tucanos Fernando Francischini (PR) e Marchezan Junior (RS) assinaram a CPI da Privatização na gestão FH, proposta pelo deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP).

O EX-DEPUTADO Raul Jungmann (PPS) está possesso com o PSDB. Ele é candidato a prefeito do Recife. O PSDB apoia o deputado estadual Daniel Coelho.
ILIMAR FRANCO com Fernanda Krakovics, sucursais e correspondentes

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