sábado, dezembro 17, 2011

Ficaram na mão - ILIMAR FRANCO

O GLOBO - 17/12/11


Dezenas de prefeitos de todo o país estão irritados com o ministro Mário Negromonte (Cidades). Todos eles assinaram convênios no programa Pró-Transporte, mas o dinheiro do FGTS e do BNDES não chega. A explicação que o Planalto dá aos prefeitos é que o ministro assinou os convênios sem combinar com o Ministério da Fazenda. Por isso, o Conselho Monetário Nacional não autoriza o uso de recursos do FGTS para financiar essas obras.

Improviso e legalidade
O governo Dilma não contava com a aprovação do Fundo de Previdência Complementar dos Servidores. Na proposta de Orçamento para 2012 enviada ao Congresso, em agosto, não havia previsão de recursos. Quando foram aprovados os relatórios setoriais do Orçamento, em novembro, também não. Somente em 13 de dezembro, o Ministério do Planejamento pediu uma correção, destinando R$ 100 milhões para o fundo. Agora, o deputado Rodrigo Maia (RJ) vai entrar com um mandado de segurança no STJ para anular a mudança. Ele alega que o fundo não foi criado, que o pedido foi feito fora do prazo, e que tal correção só poderia ser solicitada pela presidente da República.

"Quero agradecer ao bigodudo da Pesca” — André Puccinelli, governador de Mato Grosso do Sul, em solenidade,
referindo-se ao ministro Luiz Sérgio

LINHA DO TEMPO. Em 12 de julho esta coluna publicou que o Ministério do Planejamento estava propondo a criação da figura do segundo secretário-executivo na estrutura administrativa. No dia seguinte, a ministra Miriam Belchior, na foto, contestou: "O ministério não encaminhou qualquer tipo de proposta para criação de um segundo secretário-executivo." Na quinta-feira passada, 15 de dezembro, foi criado o cargo de secretário-executivo adjunto da Casa Civil, e nomeado Gilson Bittencourt.

Nova fase
Depois de assinar ontem o último pacto regional do Brasil Sem Miséria com os estados, no próximo ano virão as parcerias municipais. Nas capitais, para qualificação profissional. No interior, oferta de serviços de saúde e assistência rural.

Ti-ti-ti
O gesto vale por mil palavras. A presidente Dilma passou o discurso do governador petista Agnelo Queiroz (Distrito Federal), na solenidade do Brasil Sem Miséria, conversando com o governador tucano Marconi Perillo (Goiás).

Recado ao "criticismo" caseiro
A presidente Dilma aproveitou a solenidade do Brasil Sem Miséria para defender o slogan do governo, "País rico é país sem pobreza", criticado por pessoas próximas a ela. "Botar no lema do governo "País rico é país sem pobreza" não é por acaso. Todo mundo pode achar que isso é um absurdo, que uma coisa é sinônima da outra. Acontece que no Brasil não foi. Lembramos a época que tinha 80 milhões de habitantes e podia crescer só para 40 milhões", disse ela.

No telefone
Num dia desses, para agradar ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) começou um telefonema assim: "Você está gostando muito daquela cadeira (a de presidente da República)".

Desagravo
As senadoras farão jantar para a ministra Rosa Weber, do Supremo, terça-feira, na casa de Lúcia Vânia (PSDB-GO). Elas não gostaram das críticas feitas a ela pelos senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) e Pedro Taques (PDT-MT).

O PSDB decidiu reagir. Em sua página na internet, publica notas do presidente do partido, Sérgio Guerra (PE), e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticando o livro "A privataria tucana".

O CONGRESSO 
da Juventude tucana iniciou-se ontem, em Goiânia, com o coro "1, 2, 3, 4, 5 mil. Queremos o Aécio presidente do Brasil".

NA PESQUISA Ibope para a Confederação Nacional da Agricultura, junto à população que integra a classe C, 69% são a favor do desarmamento, e 52% apoiam a cota para negros nas universidades.

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