domingo, dezembro 18, 2011

CLAUDIO HUMBERTO

“Não me venham com essa conversa”

Presidente Dilma, sepultando a pretendida reforma ministerial

SE BOBEAR, HENRIQUE ALVES PERDE A PRESIDÊNCIA

A escolha de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) como sucessor de Marco Maia (PT-RS) na presidência da Câmara dos Deputados não é uma questão fechada, apesar do acordo (por escrito) firmado entre os dois partidos. Foi isso o que insinuou o próprio Maia a jornalistas, esta semana. O desejo de inviabilizar o projeto de Alves cresce no PT na mesma proporção que aumenta a popularidade da presidenta Dilma.

ROLO COMPRESSOR

“Desde a campanha, sempre que Dilma cresce nas pesquisas, o PT tenta ‘patrolar’ a gente”, lembra importante líder do PMDB.

DISCURSO PADRÃO

Para o líder do PT, Paulo Teixeira (SP), só o próprio PMDB pode inviabilizar Henrique Alves. “O PT está firme no acordo”, desconversa.

MANGAS DE FORA

Atual vice, Rose de Freitas (PMDB-ES) adverte que eleição para presidente da Câmara “é uma disputa, não um processo automático”.

MÁ INFLUÊNCIA

Contrário “a vala comum de Eduardo Cunha”, Osmar Terra (RS) diz que Henrique Alves terá apoio descolando-se do deputado fluminense.

PIMENTEL CUMPRIU AGENDA INTENSA EM GENEBRA

Verdade seja dita, o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento) cumpriu exatamente a agenda que estava prevista, aliás, intensa, na Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio, em Genebra, bem ao contrário do que circulou. Segundo o embaixador do Brasil na OMC, Roberto Azevedo, ele manteve reuniões com ministros da África do Sul e Suécia, e foi a eventos multilaterais até históricos.

BRICS NA OMC

Pimentel representou o Brasil na primeira reunião dos países Brics na OMC, agora com a Rússia, e de importante encontro do G-20.

PAPÉIS DEFINIDOS

Chanceleres como o brasileiro Antônio Patriota é que se revezaram em discursos na OMC. A presença de Pimentel nem sequer era prevista.

A VIDA COMO ELA É

Ministros só comparecem a eventos como a Conferência Ministerial da OMC para legitimar o que já está negociado pelo corpo diplomático.

PARAQUEDAS

O PSDB tenta convencer o senador Álvaro Dias (PR) a disputar o governo do DF, em 2014. Ofereceu quatro inserções para o tucano discorrer sobre combate a corrupção. A última vai ao ar segunda-feira.

ETERNO RETORNO

O hábito do cachimbo faz a boca torta: o Ministério do Trabalho prorrogou o convênio de R$ 4 milhões com a Fundação Pró-Cerrado para qualificação profissional. A mesma cujo dono “providenciou” um avião para o ex-ministro Carlos Lupi, de triste memória.

STRUDEL COM CHATICE

O almoço de Robson Braga, presidente da Confederação Nacional da Indústria, com jornalistas, quarta, tinha a sobremesa Strudel de maçã com chatily”(sic), como constava do cardápio. Deve ser de chatice.

SIMPLES DEMAIS

Boas ideias não custam caro: Fauzi Nacksour, diretor-geral do DER-DF, colocou três viaturas da Polícia Rodoviária às margens dos eixões Norte e Sul, de Brasília. E em duas semanas não houve um só acidente grave. É que, vendo a viatura, o motorista desacelera.

PRIVATARIA

Referindo-se ao livro-denúncia A Privataria Tucana, o deputado serrista Jutahy Júnior (BA) ataca: “É preciso descobrir os mandantes desse jogo sujo. Quem se envolveu nessa lama tem que aparecer”.

CHAMA O SÍNDICO

Condenado duas vezes na Itália à prisão perpétua, por quatro assassinatos cruéis e covardes, o terrorista Cesare Battisti continua em sua dolce vita no Brasil: nesta segunda, lança um livro em Fortaleza.

PRIORIDADE ZERO

Dada a pouca repercussão de operações anteriores contra o tráfico nas fronteiras, até pela irrelevância, a divulgação dos balanços passou dos ministérios da Defesa e Justiça para a Vice-Presidência da República.

OURO DO BRASIL

Oscar Niemeyer, que odeia capitalistas (não o capital) terá a memória preservada por eles: o ministério da Cultura autorizou captação de R$ 859,6 mil para catalogar e digitalizar o acervo da sua Fundação. 

PENSANDO BEM...

...os países do tratado anticorrupção devem estar aliviados com a abstenção do Brasil. 


PODER SEM PUDOR

DEMOCRACIA GARANTIDA

Nos anos 40, apesar do fim da ditadura Vargas, o poder político era definido segundo a vontade dos “coronéis”, no interior. Era o caso de São Caetano, no Agreste pernambucano. Lá, mandava o “coronel” João Guilherme. Na primeira eleição após o Estado Novo, ele destacou capangas para o trabalho, digamos assim, de “boca de urna”: ficavam nas proximidades dos locais de votação perguntando aos eleitores se eles votariam no candidato do coronel. Se a resposta fosse “não”, os eleitores ouviam a “sugestão”:

– Acho melhor o senhor não votar, não. É para não atrapalhar a democracia.

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