sexta-feira, dezembro 09, 2011

CLAUDIO HUMBERTO

“É um exagero de denuncismo e pré-julgamento”

Senador Walter Pinheiro (BA), ao defender o ministro Mario Negromonte (Cidades)

LIVRO APONTA CORRUPÇÃO E ESPIONAGEM TUCANAS

O livro A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., fartamente documentado, está à venda a partir desta sexta-feira em todo o País, revelando fortunas tucanas em paraísos fiscais, após as privatizações do governo FHC, e a rede de espionagem montada pelo ex-governador de São Paulo, José Serra, contra seu adversário interno no PSDB, o também tucano Aécio Neves, que era governador de Minas Gerais.

MONITORAMENTO

O objetivo da espionagem, que não foi alcançado, seria o de flagrar em vídeo Aécio Neves consumindo bebidas alcoólicas ou até cocaína.

ACUSAÇÕES GRAVES

Amaury acusa Verônica e Alexandre Bourgeois, filha e genro de Serra, de evasão de divisas, lavagem de dinheiro e recebimento de propina.

FIOS DESENCAPADOS

Ricardo Sergio de Oliveira, ex-diretor do Banco do Brasil, e Gregório Marin Preciado, primo de Serra, também são denunciados no livro.

POLÊMICA

Repórter investigativo muito talentoso, Amaury Ribeiro foi envolvido no suposto esquema de arapongagem a serviço da campanha de Dilma.

EDITOR REVELA QUE JOSÉ SERRA TENTOU INTIMIDÁ-LO

O editor Luiz Fernando Emediato, da Geração Editorial, sentiu-se intimidado ao ser chamado para “uma conversa” com o ex-governador José Serra, que tomou conhecimento do iminente lançamento do livro A Privataria Tucana, de Amaury Ribeiro. De imediato, Luiz Fernando contou à coluna, que ofereceu seu cartão de visitas ao emissário tucano, sugerindo que, se Serra quisesse falar com ele, que o procurasse na sede da editora.

CAUTELA

Temendo ordem judicial de apreensão do livro, a Geração fez uma operação silenciosa para distribuir 15 mil exemplares em todo o País.

COMPROMISSO

Ao receberem o livro A Privataria Tucana, as livrarias assumiram o compromisso de que a obra não seria exposta nas vitrines antes desta sexta.

NADA A DECLARAR

O ex-governador José Serra informou que, por enquanto, sua decisão é não comentar as acusações contidas no livro de Amaury Ribeiro Jr.

PERDERAM A MODÉSTIA

Pivô do escândalo que atinge o ministro Fernando Pimentel, o dono da HAP Engenheria, Roberto Senna, é irmão da mulher do ex-ministro da Defesa Nelson Jobim. A advogada Vivienne Senna era da comissão de ética pública da prefeitura de BH quando abriram investigação.

OITAVO PASSAGEIRO

Ministro amigo de Dilma, Fernando Pimentel já está sendo chamado, no serpentário do cafezinho do Senado, de “o Oitavo Passageiro”. Referência aos sete ministros que já caíram por denúncias de corrupção.

CONTRA PRIVILÉGIOS

O deputado Chico Leite (PT), campeão nas avaliações de desempenho no DF, tem lutado para que empresas de políticos com mandato sejam proibidas de assinar contratos com o governo, para evitar privilégios.

CASOS DE FAMÍLIA

Parte do nervosismo do presidente do Senado, José Sarney, que quase se atracou com o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) na votação do Código Florestal, se deve ao estado de saúde da filha Roseana.

MARCONI PRESIDENTE

O presidente do PSDB, deputado Sergio Guerra (PE), prefere Aécio Neves a José Serra, na sucessão de Dilma, mas avisa que o bem avaliado governador de Goiás, Marconi Perilo, também está no páreo.

LIBERDADE DE IMPRENSAR

O deputado André Vargas (PT-PR) afirmou “que os grandes jornais não compreendem o tipo de país que se está construindo”. Resumindo: não mostram o país que o PT acha que tem.

FEIRA MODERNA

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) constatou alta contaminação de agrotóxicos, até proibidos, em frutas e hortaliças. Mas somos nós que comemos o pepino envenenado.

CHORO NA FRONTEIRA

O Paraguai se apavora com a estagnação do Brasil. O presidente do Banco Central de lá, segundo o jornal ABC Color, teme queda de 60% nas transações locais e/ou comerciais. Drogas e armas não contam.

PENSANDO BEM...

...Os “cumpanhêro” estariam sem problemas na Justiça, se, em vez de consultorias, dessem palestras à la Lula, fáceis e sem contestação. 


PODER SEM PUDOR

A RAPADURA DE JÂNIO

Transcorria o dia 16 de junho de 1961 quando o presidente Jânio Quadros recebeu o prefeito de Sobral (CE), Padre Palhano, que lhe levou dois presentes típicos: uma garrafa de cachaça e um pedaço de rapadura. Após a audiência, seu secretário particular, José Aparecido, insinuou que adoraria ficar com os presentes. Jânio fez mais um de seus trocadilhos:

– Tome a cachaça, José. A rapadura, porém, eu não entrego.

Só a entregaria 70 dias depois, ao renunciar à presidência da República.

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