O GLOBO - 19/11/11
Todo escândalo costuma ter um símbolo. Da defenestração de Collor ficou na memória nacional o cheque de um fantasma de PC Farias para pagar o Fiat Elba do presidente da República. No mensalão, é parte da História a cena de petistas aos prantos na Câmara enquanto o marqueteiro Duda Mendonça confessava ter recebido no exterior, em dinheiro de caixa dois, por serviços prestados à campanha de Lula em 2002. Existem, ainda, as passagens picantes do "mensalão do DEM" patrocinado por José Roberto Arruda, entre elas imagens inesquecíveis de políticos brasilienses escondendo dinheiro sujo até nas meias.
Da escandalosa gestão de Carlos Lupi no Ministério do Trabalho, o candidato a ícone é um avião King-Air prefixo ONJ, mobilizado pelo empresário Adair Meira para transportar o ministro em viagem de caráter partidário, portanto particular, pelo interior do Maranhão. Com o grave detalhe de que Meira controla ONGs que recebem dinheiro do ministério, e tem contas sob contestação. Numa primeira visita ao Congresso para tentar se explicar, Lupi, numa encenação de mau ator, garantiu que não conhecia o parceiro. Ao ser publicada pelo site “Grajaú de Fato” a foto do ministro na escada do avião e exposto pela revista “Veja”, na internet, um vídeo do desembarque, na companhia de Adair, Lupi foi desmascarado. Mentira para a presidente Dilma, o Congresso e a opinião pública. Mas não se fez de rogado, voltou ao Congresso e a uma plateia em que parlamentares do seu partido, o PDT, lhe pediam para sair do cargo, atribuiu tudo ao fato de não ter “memória absoluta”. No linguajar eufemístico da baixa política, mentira passou a ter outro nome. Lupi foi, ainda, acusado de embolsar diárias, embora viajasse às custas de Adair. Depois de outro acesso de memória fraca, o ministro anunciou ontem que devolveria o dinheiro aos cofres públicos.
Em demissões anteriores por “malfeitos”, o governo foi condescendente, mas não tanto como pelo menos até ontem à tarde com Lupi. Pois não é apenas a viagem desabonadora pelo Maranhão que pesa sobre ele. Há também casos de ONGs e a criação de sindicatos sem razão de ser, apenas para drenar recursos do imposto sindical. O governo se obriga, assim, a conviver com situações ridículas, de circo do interior, como as patrocinadas por Lupi no Congresso. Pode ser que ajude a explicar a letargia do Planalto um telefonema que Dilma recebeu de Lula enquanto recebia Lupi, e no qual, pelo viva-voz, o ex-presidente, como fizera com Orlando Silva, estimulara Lupi a resistir "às acusações da mídia". Mais uma vez, a antiga falácia lulopetista de confundir mensagem com mensageiro. Ou por acaso o Ministério Público pediria ao Supremo para investigar o mensalão, e ele aceitaria, se a patranha houvesse sido montada por algum repórter sem escrúpulos?
A iniciativa do ex-presidente é mais do mesmo: para o lulopetismo importa é contar com votos no Congresso, mesmo que mande às favas a ética. A presidente já deu a entender que gostaria de ter uma equipe mais “técnica”, porém padece da dolorosa contradição de ter sido eleita por uma engenharia política intoxicada de fisiologismo. Afirma-se que Dilma gostaria de empurrar o peso morto de Lupi até a reforma ministerial de início de ano, até para não dar espaço à oposição ao ministro dentro do partido. Pode conseguir ou não. O que importa é superar a contradição que a acompanha desde seu nascimento como candidata.
Da escandalosa gestão de Carlos Lupi no Ministério do Trabalho, o candidato a ícone é um avião King-Air prefixo ONJ, mobilizado pelo empresário Adair Meira para transportar o ministro em viagem de caráter partidário, portanto particular, pelo interior do Maranhão. Com o grave detalhe de que Meira controla ONGs que recebem dinheiro do ministério, e tem contas sob contestação. Numa primeira visita ao Congresso para tentar se explicar, Lupi, numa encenação de mau ator, garantiu que não conhecia o parceiro. Ao ser publicada pelo site “Grajaú de Fato” a foto do ministro na escada do avião e exposto pela revista “Veja”, na internet, um vídeo do desembarque, na companhia de Adair, Lupi foi desmascarado. Mentira para a presidente Dilma, o Congresso e a opinião pública. Mas não se fez de rogado, voltou ao Congresso e a uma plateia em que parlamentares do seu partido, o PDT, lhe pediam para sair do cargo, atribuiu tudo ao fato de não ter “memória absoluta”. No linguajar eufemístico da baixa política, mentira passou a ter outro nome. Lupi foi, ainda, acusado de embolsar diárias, embora viajasse às custas de Adair. Depois de outro acesso de memória fraca, o ministro anunciou ontem que devolveria o dinheiro aos cofres públicos.
Em demissões anteriores por “malfeitos”, o governo foi condescendente, mas não tanto como pelo menos até ontem à tarde com Lupi. Pois não é apenas a viagem desabonadora pelo Maranhão que pesa sobre ele. Há também casos de ONGs e a criação de sindicatos sem razão de ser, apenas para drenar recursos do imposto sindical. O governo se obriga, assim, a conviver com situações ridículas, de circo do interior, como as patrocinadas por Lupi no Congresso. Pode ser que ajude a explicar a letargia do Planalto um telefonema que Dilma recebeu de Lula enquanto recebia Lupi, e no qual, pelo viva-voz, o ex-presidente, como fizera com Orlando Silva, estimulara Lupi a resistir "às acusações da mídia". Mais uma vez, a antiga falácia lulopetista de confundir mensagem com mensageiro. Ou por acaso o Ministério Público pediria ao Supremo para investigar o mensalão, e ele aceitaria, se a patranha houvesse sido montada por algum repórter sem escrúpulos?
A iniciativa do ex-presidente é mais do mesmo: para o lulopetismo importa é contar com votos no Congresso, mesmo que mande às favas a ética. A presidente já deu a entender que gostaria de ter uma equipe mais “técnica”, porém padece da dolorosa contradição de ter sido eleita por uma engenharia política intoxicada de fisiologismo. Afirma-se que Dilma gostaria de empurrar o peso morto de Lupi até a reforma ministerial de início de ano, até para não dar espaço à oposição ao ministro dentro do partido. Pode conseguir ou não. O que importa é superar a contradição que a acompanha desde seu nascimento como candidata.
Como esse Lupi é idiota, Meu Deus. Fica fazendo caras e bocas, parecendo um palhaço de quinta categoria do Zorra Total.
ResponderExcluirDeus me livre.
Tiraram o arruda e não provaram nada contra ele e o PT entrou e esta fazendo o pior governo da historia de Brasília.
ResponderExcluirA saída de Arruda foi um golpe de estado, o governo de arruda fazia 2000 obras, o atual não consegue fazer nada.
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