segunda-feira, novembro 28, 2011
MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO
FOLHA DE SP - 28/11/11
BB cria mais fundos de capital protegido
A BB DTVM, gestora de recursos do Banco do Brasil, lança dois fundos multimercados de capital protegido, um atrelado a índices de Bolsas globais e outro, a commodities agrícolas.
A captação foi estimada em no máximo R$ 300 milhões, em cada produto. Com R$ 20 milhões,no entanto, os fundos já são viáveis, segundo Carlos Massaru Takahashi, presidente da BB DTVM.
Passado o período estipulado para o vencimento, esse tipo de fundo promete ganho de 100% do retorno, até determinado percentual. Se o mercado cair, o cliente sai com o capital que depositou, sem nenhuma remuneração.
Os novos produtos são fundos fechados: têm data para entrar, no próximo dia 5 de dezembro, e não permitem resgate antes do vencimento, em 9 de dezembro de 2013.
A BB DTVM já tem seis fundos de capital protegido, com um total de R$ 575 milhões em recursos aplicados.
"Esses fundos foram bem testados na crise e a experiência foi muito boa. Temos 6 mil clientes de alta renda e private, que aplicam nesses produtos", diz Takahashi.
Nos dois fundos, a aplicação mínima é de R$ 10 mil e a taxa de administração é de 1,5% ao ano.
CAMPEÃO JAPONÊS
O BNDES ouviu a CSN sobre proposta de aquisição das fatias de Camargo Correa e Votorantim na Usiminas.Houve "alguma movimentação do banco", argumenta uma pessoa da instituição a par das conversas. Mas, a perspectiva no governo e no BNDES, é que, desta vez, não prevalecerá o discurso de privilegiar um "campeão nacional", ouvido em operações recentes. Campeã mesmo sai a Nippon Steel, do bloco de controle, que queria a ítalo-argentina Ternium de sócia. Em princípio, sem "tag along" (que garante ao minoritário 80% do valor pago ao controlador), pois não há mudança de controle à vista.
FROTA MAIOR
Com base no crescimento das exportações de commodities, o Brasil teve neste ano o maior número de encomendas de navios de sua história.
O estudo de 2011 sobre transporte marítimo da Unctad (Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento) mostra que, no início do ano, o Brasil tinha 106 navios encomendados, sendo que a frota de então era de 152 embarcações.
Desses navios, 41% eram petroleiros e 38%, graneleiros.
Apesar do ritmo de expansão, a frota brasileira corresponde a menos de 1% da mundial.
DEMÔNIO DO DESENVOLVIMENTO
Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central, volta a cruzar literatura e economia. Desta vez, a partir de
Goethe. Franco redigiu prefácio e posfácio para a tradução brasileira de "Dinheiro e Magia", de Hans Christoph Binswanger (ed. Zahar), que faz uma crítica da economia moderna com base na obrado poeta alemão.
A história do pacto de Fausto com o demônio Mefisto para obter poderes e prazeres é bem conhecida. Menos divulgada é a segunda parte da obra em que Mefisto adentra as finanças de Estado e inventa o papel-moeda. "A tensão entre os meios e os fins vai para a arte, a ciência e a economia", diz Franco. O sócio-fundador da Rio Bravo Investimentos faz uma analogia com o Brasil.
"A desigualdade, o descuido com consequências ambientais, a hiperinflação, o 'rouba mais faz'... tudo se tende a perdoar porque o desenvolvimento foi alcançado."
Ele se diz atualmente desconfortável com o mix de políticas monetária e fiscal "frouxas. "A gente faz com o fiscal coisas nada católicas. Lembra os argentinos."
"Nossa situação fiscal é pior do que o discurso oficial faz crer"
GUSTAVO FRANCO, ex-presidente do BC
SEM APERFEIÇOAMENTO
Menos de um quarto (21%) das pessoas diz ter melhorado suas habilidades profissionais nos últimos cinco anos, de acordo com estudo da Accenture.
A maioria dos entrevistados (55%), porém, afirma se sentir pressionado para aperfeiçoar suas técnicas rotineiras de trabalho.
Para 68% das pessoas, a obrigação de buscar aperfeiçoamento profissional é delas mesmas, e não das empresas onde trabalham.
Entre os que estão desempregados, 53% responderam que sabem quais habilidades precisarão ter para se inserir no mercado de trabalho nos próximos cinco anos.
Para as pessoas que estão trabalhando, por sua vez, esse índice ficou em 80%.
A companhia de consultoria ouviu 1.088 pessoas.
ÍNTIMO E ESPORTIVO
Com a abertura da loja própria no Mooca Plaza Shopping, em São Paulo, nesta semana, a Lupo dá inicio a uma estratégia de segmentação.
A marca pretende expandir uma rede específica para lingeries e outra para produtos esportivos, além das unidades chamadas de "3 em 1", caso da nova loja.
"As de lingerie serão menores, em shoppings, enquanto as Lupo Sport serão de rua, anexas a academias", afirma Valquirio Cabral Júnior, diretor.
Para o projeto, a empresa pretende terceirizar academias, nas quais imprimirá a bandeira Lupo, e fechar parcerias com grandes redes.
O objetivo é abrir 50 lojas esportivas e 30 de roupa íntima até 2013, de acordo com a empresa.
MAIS NÚMEROS
62% trocaram de profissão ao menos por uma vez ao longo da carreira
36% pretendem trocar de emprego, para um local onde suas habilidades sejam mais requisitadas
53% dizem que os patrões reconhecem suas qualidades
Fonte: Accenture
SEM MARCA
A grande maioria (97%) dos hotéis de classe econômica no Brasil não faz parte de nenhuma rede, segundo a CB Richard Ellis. O número é o mais alto entre os países e regiões analisados pela consultoria. "Muitas unidades são pousadas ou pensões familiares. A tendência é esse cenário mudar com o aumento de investidores institucionais", diz Nuno Constantino, diretor da companhia.
COLADO
A marca brasileira de adesivos decorativos I-Stick, que vende em quiosques de shoppings como Iguatemi e Morumbi, vai entrar no modelo de franquias. "Serão 75 nos próximos anos", diz Joana Rosa, sócia da empresa.
Em 2012, a marca também inaugura uma unidade em formato de loja, diferente do quiosque. "Esse modelo será franqueado posteriormente."
A empresa, que começou a vender para Europa e Oriente Médio, planeja exportar a expansão a partir de 2013. "Abrimos fábrica e centralizamos a produção para isso."
Nenhum comentário:
Postar um comentário