terça-feira, novembro 15, 2011

ILIMAR FRANCO - Lupi, o monitorado


Lupi, o monitorado
ILIMAR FRANCO 
O GLOBO - 15/11/11

Ao contrário dos casos anteriores, as denúncias contra o ministro Carlos Lupi (Trabalho) não pegaram o governo Dilma de surpresa. Segundo integrantes do governo: “as suspeitas de irregularidades se referem a outro momento” (governo Lula); “a gestão de Lupi está sob estrita vigilância há muito tempo” (governo Dilma); e “ele foi esvaziado, pois o diálogo com o movimento sindical foi centralizado pelo ministro Gilberto Carvalho”.

A luta interna no PT está comendo solta
A presidente Dilma tem reparos à atuação das secretarias setoriais criadas no governo Lula, nas áreas social e econômica, mas, de acordo com um ministro, ela teria dificuldade política para promover uma reforma administrativa que extinguisse algumas delas. As informações que circulam, avalia esse ministro, fazem parte da luta interna petista pré-reforma ministerial. Sobre as dificuldades: extinção de duas pastas dirigidas por mulheres (Racial e Mulher); excluir da Esplanada o grupo do PT Articulação de Esquerda; reduzir o espaço da tendência majoritária do PT (Pesca e Racial); e reduzir o tamanho do PSB (Portos).

LIGAÇÕES PESSOAIS. 
Quando o ministro Aldo Rebelo (Esporte) foi ministro da Coordenação Política do governo Lula (2004/2005), uma de suas tarefas era ajudar a aprovar no Congresso projetos do Banco Mundial com estados e capitais. Quem era responsável pelos projetos no banco voltados para a América Latina era a urbanista Paula Pini. Aldo Rebelo conta: “Eu vi que com ela o negócio (os contratos) andava.”

Parceiros
O novo assessor internacional do Ministério do Esporte, o embaixador Carlos Cardim, foi um dos organizadores, em 2003, ao lado do ministro Aldo Rebelo, do livro “Política externa do Brasil para o século XXI”, editado pela Câmara.

Velhos conhecidos
O novo secretário de Esporte da pasta, o almirante Afonso Barbosa, foi assessor parlamentar da Marinha quando o ministro Aldo Rebelo presidia a Comissão de Relações Internacionais e Defesa Nacional da Câmara (2007/2008).

O que dá para rir dá para chorar
O PSDB bate diariamente no governo Dilma, por causa de denúncias contra ministros, e no PT, no caso do governador Agnelo Queiroz (DF). Mas está morrendo de medo com o que pode acontecer com os governadores Anchieta Junior (RR) e Teotônio Vilela (AL). Anchieta é acusado por um ex-dirigente tucano de fazer caixa dois. Teotônio está em apuros porque um de seus secretários, para pagar um fornecedor, pediu 25% do valor devido como doação para a campanha da reeleição.

O povo quer saber?
Diante da ação policial na Favela da Rocinha, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) cobra do governo do Rio “quando começarão operações similares em áreas controladas pelas milícias, que dominam 50% das comunidades pobres”.

Fora do baralho
Os políticos fluminenses avaliam que o projeto de royalties aprovado no Senado foi implodido pela divulgação das projeções da renda do petróleo pelo governo federal. Avaliam que se criaram condições para um debate mais realista.

O PT elege hoje, no II Congresso da Juventude, seu novo secretário para a Juventude. O favorito é Jefferson Lima, da tendência Construindo um Novo Brasil, ligado ao governador Marcelo Déda (SE).

O BRASIL será a sede do Encontro da Juventude Católica em 2013. O Ministério do Turismo quer trazer quatro milhões de jovens para o evento.

O VICE Michel Temer reuniu a cúpula do PMDB no Palácio do Jaburu na semana passada. O motivo: homenagear a governadora Roseana Sarney (MA).

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