quarta-feira, novembro 02, 2011

CLAUDIO HUMBERTO

Doença de Lula segurou Haddad no Ministério


O diagnóstico de câncer do ex-presidente Lula ajudou a segurar no cargo o ministro Fernando Haddad (Educação), que voltou a provocar constrangimentos ao governo com o vazamento da prova do Enem. Apesar de ser o candidato preferido de Lula à Prefeitura de São Paulo, Haddad estava advertido de que uma nova trapalhada não seria tolerada. Ele sairia do governo alegando que precisa se dedicar à candidatura. Dilma até pediu a Marta Suplicy para sair da disputa.

SALVO PELO GONGO 
Fonte do Planalto confirmou que Fernando Haddad pediria mesmo demissão, mas a doença de Lula tornou irrelevante o mico do Enem.

PRIMEIRO CASO 
Em 2009 ocorreu a primeira trapalhada na era Fernando Haddad: a prova do Enem foi cancelada devido ao furto dos testes na gráfica.

MAIS UM 
Em 2010, vazaram informações pessoais de inscritos e o MEC admitiu erros nas dez milhões de provas já impressas, e refez o teste do Enem.

DESENCARNOU 
Demitido na quinta-feira (27), Orlando Silva custou a largar o osso: somente cinco dias depois seu nome saiu do site do Ministério do Esporte.

DF: GOVERNO TROCA ÁREA VALORIZADA POR OBRA RUIM 
Agraciada com negócio da China, a construtora JC Gontijo, de Brasília, saboreia um presente do governo de José Roberto Arruda. Construiu em frente ao ParkShopping uma nova rodoviária na cidade, de gosto e materiais de qualidade duvidosos, por R$ 45 milhões, e ganhou em troca, a título de “doação em pagamento” área de 60 mil metros quadrados em frente ao Zoológico, que vale, no mínimo, R$ 70 milhões.

MILAGRE DA MULTIPLICAÇÃO 
A JC Gontijo não quis informar o que fará na área, mas já concluiu o projeto de novo bairro residencial com mais de dois mil apartamentos.

HAJA INCHAÇO 
Em outro negócio da China (centro administrativo), Via e Odebrecht devem faturar outra área, de 320 mil m², próxima à da JC Gontijo.

PAIS DA IDEIA 
O centro administrativo do DF, a 30 km de Brasília, foi concebido pelo delator Durval Barbosa e amigo Rogério Rosso, na estatal Codeplan.

GRANA NÃO É PROBLEMA 
Questionado por que Lula não se trata pelo SUS, provocação nacional que movimenta a internet, o pagador de contas Paulo Okamotto admitiu: “Além de plano (de saúde), ele tem dinheiro também”. Humm...

O XIS DA POLÊMICA 
Lula tem o direito de usar hospital de excelência, pois pode pagar. Mas deveria ter poupado o País de uma de suas mentiras mais cabeludas, afirmando que o SUS estava “à beira da perfeição”. Se fosse, lá estaria.

PROGRAMA DE ÍNDIO 
O ministro Aldo Rebelo (Esporte), conhecido pelo nacionalismo exacerbado, autorizou apenas o agendamento de uma audiência, ontem: recebeu Marcos Terena, para tratar dos Jogos Indígenas.

PARA PIOR 
“Antes do recesso, a Câmara vai ter que decidir se fica com o nosso texto ou com o do Aldo Rebelo”, desabafa o relator do Código Florestal no Senado, Jorge Viana (PT-AC), que fez mudanças na redação.

SALTO TERCEIRIZADO 
O Ministério Público do Trabalho em Pernambuco entrou com ação contra a Companhia Energética de Pernambuco, privatizada em 1997. Os terceirizados saltaram de 30% do quadro para 75%.

CINEMA EM MANAUS 
O longa Xingu, de Fernando Meirelles, fará sua estreia no 8º Festival de Cinema do Amazonas, que começa hoje. A cineasta brasiliense Joana Limongi integra o júri que premiará os melhores curtas.

EFEITO COPA 
A bonança é tanta entre empreiteiros de Brasília que dois hotéis de dez andares no Setor Sul serão implodidos, em vez de reformados. Um deles nesta quarta. Ali serão erguidos edifícios cinco estrelas.

TUDO NA PAZ 
A ONG Rio de Paz avisa que, independente, não recebe verbas públicas, por isso tem autoridade para protestos como o das vassouras. Já a Viva Rio está sob investigação do Tribunal de Contas da União.

PENSANDO BEM... 
o único PanAmericano que o Brasil ganhou foi o ex-banco de Silvio Santos. 

“Se Haddad cuidasse tão bem do MEC quanto da sua candidatura...”
DEPUTADO DUARTE NOGUEIRA, LÍDER DO PSDB, SOBRE OS MICOS DO MINISTRO DA EDUCAÇÃO

PODER SEM PUDOR
INDÚSTRIA FORTE 
Responsável por grandes êxitos editoriais como as revistas Sexy, de belas mulheres, e G Magazine, para o público gay, certa vez a publisher Ana Fadigas foi apresentada ao então deputado Delfim Netto (PP-SP), em 1998. No papo rápido, ela brincou, dizendo ser empresária do “ramo pornográfico”.
– Meus parabéns! – exultou Delfim – A senhora é legítima representante da única indústria que o Fernando Henrique não conseguiu quebrar.

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