sábado, setembro 10, 2011

ILIMAR FRANCO - O sucessor


O sucessor 
ILIMAR FRANCO
O GLOBO - 10/09/11

Um novo ingrediente tornou tortuosa a definição da candidatura petista para a prefeitura de São Paulo. A avaliação predominante no Planalto é que há uma disputa paralela, mas para substituir o ministro Fernando Haddad na Educação. Haddad é o nome do ex-presidente Lula na capital paulista. Manter candidaturas é uma forma de se cacifar para o Ministério. Há dois nomes participando da corrida para o MEC: a senadora Marta Suplicy (PT-SP) e o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP).

Redes sociais: expectativa e desafio
Os líderes partidários acompanham a evolução do movimento desencadeado pelas redes sociais contra a corrupção. Eles estão de olho nas manifestações marcadas para 20 de setembro. Querem verificar se a mobilização tem fôlego, chegando às camadas populares. Ou se ficará limitado a uma ação desorganizada promovida por setores de classe média. Avaliam que as 25 mil pessoas que foram às ruas no Sete de Setembro, em Brasília, não são parâmetro. Sustentam que o protesto se beneficiou dos que foram assistir ao desfile oficial. E que
havia um catalisador local: a não cassação da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF).

"O Código de Processo Penal permite todo tipo de ação, desde que seja para beneficiar o acusado” — Fausto de Sanctis, desembargador doTribunal Regional Federal da 3a- Região, no Le Monde Diplomatique

CABRAL DOBRA O PT. Depois de cinco horas de tenso e acalorado debate, o PT do Rio mudou de posição. Ontem, o diretório regional
decidiu que o partido vai votar a favor do projeto do governador Sérgio Cabral que abre a gestão da Saúde para as Organizações Sociais. O PT ficou contra os sindicatos dos trabalhadores da Saúde. Defendida pelo secretário Carlos Minc (Meio Ambiente), a posição de Cabral venceu por 34 a 20.

Exclusão

Os senadores do movimento pela faxina vão criar uma subcomissão contra a corrupção e a impunidade na Comissão de Direitos Humanos do Senado. Eles não querem trabalhar com o presidente da CCJ, Eunício Oliveira (PMDB-CE).

Agora vai

O presidente Hugo Chávez mandou uma carta para a presidente Dilma. Combinaram que ela vai a Caracas em novembro. Chávez garantiu que, ainda neste ano, a PDVSA vai pingar seu dim-dim na obra da Refinaria Abreu e Lima (PE).

As propostas da bancada da motosserra 
O Instituto Chico Mendes elaborou uma lista de 18 projetos que foram apresentados ao Congresso e que devem ser acompanhados por sua “periculosidade”. Se todos eles forem aprovados, pelo menos 6,5 milhões de hectares seriam reduzidos nas áreas protegidas na Amazônia e no Cerrado. Alguns deles são da legislatura anterior, mas estão na lista de alerta verde porque podem ser desarquivados a qualquer momento.

Porteira fechada
O agronegócio quer derrubar parecer da AGU, de 2010, que limita a propriedade de estrangeiros no campo. O senador Waldemir Moka (PMDBMS) diz que esses investidores são “aliados na redução do protecionismo lá fora”.

Novos tempos
 O Ministério da Justiça quer pressa na votação do projeto de lei sobre organizações criminosas. Ele chegou terça-feira na Câmara. A proposta regulamenta a polêmica infiltração policial, a ação controlada e a delação premiada.

INVESTIMENTO DE RISCO. O deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP) protocolou na Mesa da Câmara pedido de informação ao Ministério da Fazenda sobre eventuais perdas do Fundo Soberano Brasileiro, criado em 2008.
NA VIAGEM aos Estados Unidos, a presidente Dilma irá à Universidade de Columbia (em 22 de setembro) participar de reunião do World Leaders Forum. 
OS AMBIENTALISTAS estão demonizando o senador Luiz
Henrique (PMDB-SC). Em seu relatório sobre o Código Florestal, na CCJ, ele amplia a possibilidade de supressão de floresta nativa em APPs, criando a figura jurídica do “baixo impacto ambiental”.

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