domingo, setembro 04, 2011

CLÁUDIO HUMBERTO

“É lamentável ver um partido trabalhar contra a criação de outro”
GILBERTO KASSAB, PREFEITO DE SÃO PAULO, FUNDADOR DO PSD, AO RECLAMAR DO DEM

MERCADANTE FAZ DILMA CONSTRANGER ITAMARATY 
As estripulias egocêntricas do ministro Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia) causaram um incidente diplomático dentro do próprio governo. Ele forçou a presidente Dilma Rousseff a indicar Laércio Vinhas, um não diplomata, para o cargo de representante do Brasil na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), em Viena, Áustria. Causou enorme insatisfação dentro do Itamaraty, que não foi consultado.

O PIONEIRO 
Laércio Vinhas vai substituir o embaixador Antônio José Guerreiro, que assumiu em 2006, quando o Brasil ganhou o cargo na AIEA.

CHEGA PRA LÁ 
Para nomear aliado na Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEM), Mercadante tirou Laércio Vinhas. Precisava de algum lugar 
para ele.

MEU GAROTO 
O ministro alçou a presidente da CNEM o afilhado Ângelo Fernando Padilha. Foi o próprio Mercadante o mestre de cerimônia de posse.

CURRÍCULOS 
Vinhas é consultor independente da ONU há 20 anos. Padilha é doutor em energia. Mercadante é... pré-candidato do PT em São Paulo.

OAS DO AMIGO LULA TEME DISSOLUÇÃO DA BANCOOP 
Empreiteira favorita do ex-presidente, a OAS tentou reverter a decisão unânime do Ministério Público de São Paulo de propor intervenção na Cooperativa Habitacional dos Bancários, fundada por petistas e suspeita de desviar fundos a campanhas do PT. A empresa alegou “defesa dos seus direitos e dos cooperados” para tocar as obras de cinco condomínios, como o “Mar Cantábrico”, onde Lula tem cobertura.

GOELA ABAIXO 
Cooperados denunciam que a OAS finaliza as obras da falida Bancoop a um custo milionário, sem escolha: ou aceitam ou saem da cooperativa. 

ASSOMBRAÇÃO 
O PT gosta de assustar: agora ressurge o tal projeto “controle da mídia”. Sem maioria no Congresso, ou reativa o mensalão ou derruba a Globo. 

TE CUIDA! 
O ministro Orlando Silva (Esporte) é alvo de fogo amigo. Setores do PT querem tirar dele a pasta, com gorda verba para a Copa do Mundo.

PRENÚNCIO DE APOCALIPSE 
O Ministério Público do Maranhão denunciou a prefeita de Timon, Socorro Waquim (PMDB-MA), por suposto calote nos servidores municipais, sem salário há mais de ano. Também seria a prefeita mais cara do país, recebendo R$40 mil mensais. Prenúncio de quebra-quebra.

NOME É DESTINO 
O Ministério Público Federal denunciou um juiz do trabalho por suposta fraude de “pós-graduação” no currículo para ser professor de universidade em Minas. Nome 
do predestinado: Gigli Cattabriga Júnior. 

MADE IN USA 
O boom imobiliário e o PAC dão emprego à indústria americana de equipamentos de construção, segundo dados do setor nos EUA: Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru são os maiores compradores. 

DEITA E ROLA 
A “faxina” parou mesmo: o governo federal reduziu de R$ 11,5 milhões para R$ 9 milhões a verba para ações de prevenção e transparência, e tirou R$ 500 mil para a correição dos chamados “malfeitos”.

SUSEP LOTEADA 
Henrique Brandão, presidente do Sindicato dos Corretores do Rio, estende tentáculos sobre a Superintendência de Seguros Privados. Preposto do ex-deputado Roberto Jefferson no setor, ele acaba de emplacar Carlos Amorelli na influente diretoria de Fiscalização da Susep. 

MAIS UM 
Brandão também reforçou a escolha de Luciano Santana para a presidência da Susep. Ele foi denunciado por gestão fraudulenta pelo MP Federal. Geriu “de forma temerária” a Cooperativa de Corretores.

TOGA & KIMONO 
A Associação Brasileira das Federações Esportivas homenageou ontem o ministro do STF Luiz Fux. Ele é faixa preta de Jiu-Jitsu desde 1993 e pratica o esporte desde os 26 anos de idade. 

PERGUNTA DE PROVA 
Jaqueline Roriz foi inocentada por ter praticado o crime antes de ser deputada. Alegou que praticou o delito como “cidadã comum”. Assim, o STF vai devolver seu processo para ser julgado pela justiça comum?

PEGA! 
Depois de Pagot, Fatureto, Caixeta e Masella, o Transportes tem Pêgas. 

PODER SEM PUDOR
CACHOEIRA DE SIMPATIA 
Juscelino Kubitschek era um craque na arte de agradar platéias. Certa vez, quando governador, visitou a cidade de Tombos (MG), na divisa com o Estado do Rio, cujo nome era uma referência à belíssima queda d’água no Rio Carangola. E causou estupor ao se referir à cachoeira, no discurso:
– Isso não é natural...
A plateia ainda estava boquiaberta, perplexa, quando JK completou:
– ...É tão linda que só pode ser obra do povo de Tombos!
Saiu do palanque carregado nos braços.

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