domingo, setembro 25, 2011

ANCELMO GOIS - Made in Israel



Made in Israel
ANCELMO GOIS
O GLOBO - 25/09/11

A Nike adora estampar sua marca na camisa da seleção brasileira, mas não tem o mesmo apreço pela nossa indústria.
O novo uniforme do time pentacampeão foi feito na Indonésia (a camisa), na Tailândia (o calção) e em Israel (a meia).

Aliás...

A empresa ouviu as preces de Ziraldo aqui na coluna e retirou a faixa verde que ficava na frente.
O mestre ponderou que "o peito dos heróis é espaço para grandes insígnias e não para um sinal negativo, de menos".

Chico no Rio

Chico Buarque abre a turnê do seu novo disco em janeiro, no Vivo Rio.

Bate coração

O coração de Elba Ramalho está batendo forte novamente.
Depois do sanfoneiro Cezinha, a cantora namora um professor universitário da Paraíba. Que os dois sejam felizes.

Faltam negros

Primeiro, as escolas deram falta de senhoras para a ala das baianas. Agora, são os negros.
A Beija-Flor quer levar 1.500 à Sapucaí, para mostrar a influência da cultura africana em São Luís, tema do desfile em 2012. Só conseguiu 360 até agora, e vai procurar em bailes funk. Quem se habilitar, desfila de graça.

Lá de Marrakesh

Dominique Strauss-Kahn, o safadinho ex-diretor do FMI, e a mulher, a coleguinha Anne Sinclair, desembarcaram quinta em Marrakesh, onde têm uma imensa propriedade.

Brazilië, Brazilë

João Ubaldo Ribeiro, o escritor baiano, vai à Bélgica em outubro para a Europália, festival de artes, e à Holanda, onde vai festejar o aniversário da tradução de "Viva o povo brasileiro".
O livro, lá, se chama "Brazilië, Brazilë".

Bolero desafinado

A 2ª Vara Cível do TJ-RJ condenou a gravadora Polydisc a indenizar Carlinhos de Jesus, o dançarino, em R$ 30 mil.
É que o disco "Boleros eternos — grandes sucessos", da coleção "20 super sucessos", traz na capa uma conhecida foto de Carlinhos, com terno branco e chapéu panamá, sem autorização do artista.

E mais...

O dançarino ainda reclama por ter sido retratado como um sambista de gafieira num disco de... bolero.

Caipirinha à francesa

O "Le Monde" de sexta publicou artigo de quase uma página sobre a invasão de uma bebida na noite parisiense: a minha, a sua, a nossa caipirinha.
Segundo o jornalão, o drinque inundou as casas noturnas da capital do vinho.

A flor de Roseana

Roseana Murray, uma das escritoras mais lidas nas escolas, que acabou de vender 500 mil exemplares do livro "Poesia essencial", virou nome de uma nova hemerocallis.
Criada por uma produtora de plantas ornamentais de Joinville, SC, vai ser apresentada para a sociedade botânica em novembro.

Gois no Rock in Rio

Teve gente que não enfrentou problemas de transporte para ir ao Rock in Rio.
Os bacanas do Golden Green, na Barra, usaram o heliponto do condomínio para translado de helicóptero até a Cidade do Rock.

Locanda caiu

O reduzido time de restaurantes três estrelas do "Guia 4 Rodas" — são apenas seis no Brasil — sofrerá uma mudança: entra a casa de Roberta Sudbrack, no lugar do Locanda della Mimosa, que cai para duas estrelas.
A lista completa será anunciada amanhã.

Que sejam felizes!

Os atores Mateus Solano e Paula Braun fizeram festa ontem para celebrar a união, mas se casaram no sábado anterior em uma sinagoga do Rio.
Na cerimônia, Solano até falou em hebraico.

Mulato inzoneiro

A Caixa Econômica Federal suspendeu terça o polêmico anúncio que mostrava um Machado de Assis embranquecido. O presidente do banco, Jorge Hereda, ainda pediu desculpas aos movimentos ligados às causas raciais, "por não ter caraterizado o escritor, que era afro-brasileiro, com a sua origem racial".
O curioso é que Machado, nascido de uma família pobre no Morro do Juramento, no Rio, nunca se manifestou sobre sua condição racial.
— Machado sempre preservou sua privacidade — diz o acadêmico Domício Proença Filho, autor, entre outros livros, da "Trajetória do negro na literatura brasileira". — Ele não escreveu sobre sua infância ou eventuais preconceitos raciais que tenha sofrido ao longo de sua vida.
O apego à discrição, lembra Domício, levou o autor a destruir quase todas as suas cartas de amor a Carolina. Sobraram duas.
O acadêmico lembra que, embora haja vários escritos de Machado em defesa da abolição da escravatura, ele nunca foi um militante entusiasta abolicionista.
— Em dois contos, "Pai contra a mãe" e "O caso da vara", ele fala de escravos. Mas em nenhum dos dois casos o núcleo central da história é a escravidão. Machado mantinha uma certa distância do tema.
Que nem, acrescento eu, Pelé.

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