domingo, agosto 14, 2011

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO


Estacionamento sobe até 57% na cidade de São Paulo
MARIA CRISTINA FRIAS
FOLHA DE SP - 14/08/11

O aquecimento do mercado imobiliário e o aumento da frota de carros impulsionam os preços de estacionamento na capital paulista.
A tarifa da diária subiu em média 20,6% em junho sobre o mesmo mês de 2010, segundo pesquisa da consultoria Colliers International Brasil em oito regiões da cidade.
As maiores altas foram na Vila Olímpia (57%) e na Berrini (55%). Na Barra Funda, os preços caíram 22%.
"A oferta de terrenos está cada vez mais complicada. A cada dia entram mais veículos e há menos espaços disponíveis", diz Ricardo Betancourt, presidente da Colliers.
De acordo com o IPC da Fipe, o preço dos estacionamentos subiu o dobro da inflação na capital. Nos últimos 12 meses até julho, as tarifas acumularam alta de 12,24%, enquanto a inflação ficou em 6,60%, segundo o IPC.
"O aumento está ligado à valorização dos imóveis", diz Antonio Comune, coordenador do índice de preços.
Para o setor, a elevação dos custos e o aquecimento da economia são os principais motivos para a alta.
"Por muito tempo, os preços ficaram congelados. Os terrenos ficaram mais caros, o aluguel subiu, os seguros foram reajustados", diz Paulo Frascino, da Maxipark.
Para Sergio Morad, da Multipark, a exploração de vagas ociosas em condomínios não permite que a tarifa seja mais baixa. "O público externo, que é a minoria, acaba pagando por todos os usuários."

EDIFÍCIO PRONTO
As empresas de estacionamento buscam novos modelos de negócio para driblar a escassez de terrenos.
"Estamos indo para imóveis já edificados. De 30 novos negócios, 1 é em terreno", diz Paulo Frascino, da Maxipark, que administra 132 unidades no país.
Entre os nichos encontrados estão hotéis, hospitais, faculdades e supermercados.
Também cresce o modelo de concessão e gestão de serviço, usado em hospitais e em laboratórios, diz Frascino.
Outro sistema em expansão é a exploração de vagas ociosas em condomínios, como flats e agências bancárias, segundo Sergio Morad, da Multipark, que administra 240 unidades no país.
"O modelo gera remuneração para o condomínio e usamos as vagas ociosas para atender o público externo."

GALPÕES JUNTOS
A AMB, que já era parceira da Cyrela Commercial Properties (CCP), na área de logística no Brasil, associou-se à Prologis.
As duas empresas internacionais, líderes no setor, fizeram 60 milhões de m² de galpões no mundo.
No Brasil, os planos foram mantidos. A meta anual da CCP é construir 200 mil m², com investimento de US$ 200 milhões, segundo o presidente da empresa, Roberto Perroni.
"Desenvolvemos o projeto, terceirizamos a obra e alugamos. Temos feito galpões em terrenos vizinhos para formar um grande centro logístico." O foco é o aluguel, mas "no momento oportuno, poderemos vender as unidades".
Há oportunidades em todo o país, diz. "Mas é uma atividade nova para nós e priorizamos SP e Rio."
"Nossos clientes querem estar perto de SP, com acesso às grandes rodovias e infraestrutura", diz Nick Kittredge, da Prologis Brasil.

LENÇO E DOCUMENTO
Netos do fundador do Grupo Rosset, Daniel e Rodrigo Rosset estreiam sua marca no varejo, a Scarf Me, que neste mês abre unidades nos shoppings Higienópolis e Iguatemi, em São Paulo.
A dupla já começou a vender, no Cidade Jardim, seus lenços de seda que variam de R$ 88 a R$ 328.
"A ideia é ter posicionamento de luxo e, ao mesmo tempo, descolado", diz Rodrigo, que está atento ao câmbio. "Nosso mercado é brasileiro. Mas vamos acompanhar como a crise pode atingir o país. Nossos tecidos são da Europa e do Oriente."
Os irmãos querem trabalhar com parceiros como personalidades da moda que assinarão linhas de produtos. No verão é a Scarf Me que será parceira de uma marca de moda praia. "Vamos ter uma linha dentro das lojas deles."

DOMINGO COM OS PAIS
Mais da metade dos restaurantes brasileiros (57%) espera aumento de até 10% no número de clientes hoje, na comparação com o Dia dos Pais de 2010, segundo estudo da ANR (Associação Nacional de Restaurantes).
Outros 17% preveem movimento igual ou menor. A entidade representa 4.200 pontos comerciais no país.

Novas... Embraer, Petrobras e outras empresas discutem tecnologias de produção e a ampliação da venda de biocombustíveis com cientistas e órgãos internacionais do setor de energia de 21 países, em Campos, a partir de hoje.

...tecnologias Com apoio da Fapesp, a conferência apresentará o biocombustível para aviões comerciais da Embraer e novas tecnologias da Petrobras. A International Energy Agency discutirá barreiras para a venda dos produtos.

com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e VITOR SION

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