sexta-feira, agosto 12, 2011

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO


Falta farmacêutico no varejo em consolidação, diz setor
MARIA CRISTINA FRIAS
FOLHA DE SP - 12/08/11

Em tramitação no Senado, um projeto de lei para reduzir a carga horária de farmacêuticos pode pôr em risco a saúde do varejo de farmácias, que está em processo de consolidação no país, segundo a Abrafarma (associação de redes de farmácias e drogarias).
Os profissionais, cuja presença nas lojas é obrigatória pela legislação, já são escassos no mercado, afirma Sérgio Barreto, presidente-executivo da entidade.
Uma diminuição de 44 horas para 30 horas por semana agravaria a situação e acarretaria elevação da folha de pagamento, de acordo com a Abrafarma.
"Inviabilizaria o custo. O reflexo seria maior para farmácias pequenas e médias."
O impacto econômico para estabelecimentos de menor porte tem relevância em um momento de consolidação deste mercado, em que grandes redes se unem ou compram menores.
Com as atuais 44 horas semanais, o mercado dispõe de 101.417 profissionais, mas precisaria de 265.574.
Se a carga horária for reduzida, a Abrafarma estima que serão necessários 307.624 farmacêuticos.
Para a Fenafar (federação de farmacêuticos), "uma profissão da área da saúde, que lida com pacientes, precisa estar em boas condições de repouso".
"Eles alegam que faltam profissionais, mas o problema é que há estabelecimentos demais", diz Célia Chaves, presidente da entidade. O número de profissionais, segundo ela, supera 160 mil hoje.

MENOR RISCO DE AVC
A Bayer investirá € 12 milhões (cerca de R$ 28 milhões) no Brasil para a formalização de acordos com centros de pesquisa e construção de instalações.
O novo prédio da companhia, em São Paulo, abrigará 200 profissionais voltados para o desenvolvimento de pesquisas clínicas.
"Queremos desenvolver um número maior de remédios no Brasil. A medicina evoluiu muito no país nos últimos anos", afirma o vice-presidente global da empresa da área cardiovascular, Frank Misselwitz.
A companhia acaba de divulgar pesquisa sobre seu anticoagulante Xarelto.
Após analisar mais de 14 mil casos, a Bayer concluiu que o remédio diminui em 21% o risco de AVC (Acidente Vascular Cerebral) em portadores de fibrilação atrial, um tipo de arritmia cardíaca. A empresa espera aprovação da Anvisa para que o medicamento, já utilizado na prevenção de tromboembolismo em cirurgias ortopédicas, também seja vendido sob a nova indicação.

TI PARA O GOVERNO
A fabricante de softwares Hildebrando Brasil, do grupo mexicano Telmex, do bilionário Carlos Slim, investirá R$ 20 milhões para se expandir no país.
A companhia, criada há um ano, já tem equipes no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde a unidade foi aberta neste ano com investimento de R$ 6 milhões.
Para 2012, a empresa deve abrir escritórios em Brasília, Belo Horizonte e em um Estado da região Sul.
"Nossa próxima filial será em Brasília devido ao mercado governamental. Cogitamos comprar uma empresa local, então o investimento deve ser superior ao de São Paulo", diz o presidente da Hildebrando Brasil, Mário Rachid.
Até o final de novembro, a companhia espera obter uma certificação para poder participar de concorrências feitas pelo governo.

INFRA CHINESA
O HSBC recebe hoje 40 representantes de grandes companhias chinesas das áreas de telecomunicações e infraestrutura ferroviária, como a TCl Corporation e a China Railway Construction. Segundo o banco, estão interessadas em investir no país. Em 2010, o HSBC financiou US$ 27,5 bilhões ao comércio exterior e a China representou 20% das transações.

QUÍMICO NA BALANÇA
A importação de produtos químicos continua em alta, com US$ 3,7 bilhões em julho, segundo a Abiquim (associação do setor).
A exportação foi de US$ 1,6 bilhão, alta de 46% ante o mesmo mês de 2010. Nos últimos 12 meses, o deficit supera US$ 23,8 bilhões.
Os produtos mais importados foram os intermediários para fertilizantes.

Voo rasante A Gol abriu nesta semana uma loja no bairro de São Mateus, na zona leste da cidade de São Paulo. A inauguração faz parte da estratégia da companhia de ter unidades em regiões com menor poder aquisitivo.

Tonelada... A Gerdau fornece aço cortado e dobrado para três projetos de usinas eólicas no país, o parque eólico Mangue Seco, em Guamaré (RN); o Santa Clara, em Parazinho (RN); e o Cerro Chato, em Santana do Livramento (RS).

...de vento Todas as obras em andamento são tocadas pela Wobben, indústria de Sorocaba (SP) que é responsável pela construção dos aerogeradores. Juntos, os projetos representam mais de 10,5 mil toneladas de aço.

com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e VITOR SION

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