quarta-feira, julho 27, 2011

CLÁUDIO HUMBERTO

“O astral dos moradores de rua está muito bom”
Prefeito Gilberto Kassab, de São Paulo, ao visitar um albergue

Calote hermano de R$56 mi com herbicida 
A Atanor do Brasil, com sede na Argentina, entrou na lista negra da Receita Federal e dos concorrentes. Por triangulação, importa da China para Buenos Aires e depois exporta para suas subsidiárias no Brasil, sem taxações, toneladas do herbicida glifosato. Enquanto os concorrentes compram direto dos chineses e pagam 40% de impostos, estima-se que o calote hermano com a manobra alcance R$ 56 milhões. 

“Colheita maldita” 
A Atanor, que não se manifestou, não paga alíquota antidumping imposta pela Câmara de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento.

Pote de ouro 
O glifosato é um pote de ouro para a empresa argentina. O herbicida é usado nas plantações de soja no Brasil. Atua contra ervas daninhas.

Crise sem fim 
O deputado Marcos Montes (DEM-MG) quer que o MPF investigue a gestão de Anderson Adauto no Ministério dos Transportes. 

Welcome! 
Os brasileiros gastaram US$10,2 bilhões no exterior desde janeiro com o dólar furado. Americanos agradecem a salvação de seus empregos. 

Infraero “congestionada” de funcionários 
A estatal Infraero não pode se queixar de falta de pessoal para administrar os terríveis aeroportos brasileiros: na sede, em Brasília, trabalham 1,4 mil pessoas, entre concursados, especiais, estagiários e terceirizados. Tem 602 cargos em confiança, com salários de R$3 mil a R$15,7 mil. Sem falar das duas novas diretorias, criadas cinco meses após o novo presidente, Gustavo do Vale, anunciar uma “reestruturação”.

Cascalho na pista 
O número supera o de habitantes de várias cidades do Norte e Nordeste. Guarulhos, o maior aeroporto da América Latina, emprega 1,6 mil.

Missão especial 
A Abin vai gastar R$7,9 mil até dezembro com o aluguel de seis vagas de estacionamento em Curitiba (PR), revela o site Contas Abertas. 

Fundo do PR 
Diretor do Refer, Marco Ferreira diz ser servidor há 25 anos da RFFSA, mas se esquivou de explicar a ingerência do PR no conselho do fundo.

Ligação perigosa 
Para fugir da ira da presidente Dilma e do ministro Paulo Bernardo (Comunicações), o conselheiro da Anatel João Resende tirou férias por 15 dias. Resende foi flagrado em jantar com executivos da NET, que pagaram a conta. Dilma cobrou o fim das agendas extras do conselho.

Controle remoto 
O Planalto quer fazer uma limpa na Procuradoria da Anatel. A seção é tradicional feudo do PMDB, que entende tudo de TV a cabo. Obviamente, o ministro Paulo Bernardo vai seguir à risca a decisão da Casa Civil.

Estrada da perdição 
O ministro Mercadante (Ciência e Tecnologia) afirmou ontem no Uruguai, que “a estrada do futuro é a internet”. Então, se perdeu: sua conta no Twitter estacionou em 4 de janeiro, com o discurso de posse. 

Senna FM 
O falecido campeão de Fórmula 1 Ayrton Senna quase foi dono de uma rádio, em 1993. A Senna FM teria música, notícias e esporte, claro. Ele tentou comprar várias rádios já existentes, mas não obteve a concessão. 

“Cano” nos “Soldados da borracha” 
Sumiram os U$$ 100 milhões que os EUA depositaram no Banco do Brasil para ajudar os ‘soldados da borracha’ da Amazônia, na Segunda Guerra. Pedem R$ 725 milhões de indenização dos dois países. O Departamento de Estado diz ter os documentos que o Brasil não tem.

Barril furado 
O tempo mostra a verdade. O ex-presidente Lula fez festa em 2003 no Rio de Janeiro para anunciar a autossuficiência da Petrobras. Agora, o presidente da petroleira anunciou que falta gasolina e que ainda importa óleo. 

Política de resultados 
Coordenador da campanha de Dilma em Mato Grosso, Luiz Pagot disse que a então ministra (Minas e Energia) o recebeu com “sua fama não interessa, quero resultados”. Mas ele não explicou que tipo de “fama”. 

Vovó Rita irrita 
Os mato-grossenses estão fulos com a vovó do rock, Rita Lee, que devolveu no Twitter as reclamações pela confusão num show recente dela: “O erro maior foi o de vcs por terem nascido. Vão sifudê”.

Homens trabalhando 
Aviso aos contribuintes: se o teto da dívida dos EUA desabar na nossa cabeça, não foi obra do Dnit. 

PODER SEM PUDOR
A Entrevista 
A imprensa do Ceará não falava em outra coisa. Nos anos 80, faltando três meses para acabar o governo de Manoel de Castro, ele já tinha assinado mais de 15 mil nomeações. 
O repórter Nelson Faheina foi pautado pela TV Verdes Mares para “suitar” o escândalo. 
– Governador, é verdade que o senhor nomeou 15 mil pessoas? 
– É mentira. Nomeei trinta mil. São pessoas humildes e, como elas, vou ainda nomear muito mais. E não me pergunte mais nada. Não admito ninguém me cutucar com vara curta.
E foi embora.

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