quinta-feira, junho 23, 2011

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

Indústria de eletroeletrônicos reduz previsão de crescimento para 2011
MARIA CRISTINA FRIAS
FOLHA DE SÃO PAULO - 23/06/11

A indústria brasileira de eletroeletrônicos reduziu para 8% a expectativa de crescimento do setor para este ano.
A projeção anterior da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) era de expansão de 11%.
Com a nova previsão, o faturamento da indústria deve atingir R$ 134,5 bilhões no final deste ano.
O ritmo menor de expansão se deve, principalmente, à valorização do real.
"Com o câmbio desfavorável, as empresas não conseguem competir no mercado externo. Além disso, começam a perder a sua tábua de salvação, que era o mercado interno", diz Humberto Barbato, presidente da Abinee.
As vendas internas, que têm sido o elemento dinâmico para a atividade do setor, perdem espaço para as importações de produtos acabados, principalmente os chineses, de acordo com a associação.
A participação das importações de bens eletroeletrônicos no mercado interno passou de 15,9%, em 2005, para 21,6% no ano passado.
As exportações, por sua vez, perderam representatividade em relação ao faturamento total do setor, que caiu de 20,4%, em 2005, para 10,8%, em 2010.
No dia 29, a Abinee vai participar de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos para debater estratégias de política comercial do setor.

BARRIL UCRANIANO

O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, participa amanhã de encontro com representantes do governo da Ucrânia.
A intenção da companhia brasileira é atrair empresas ucranianas para o Brasil e trabalhar em conjunto na fabricação de produtos para o mercado de petróleo e gás.
A negociação é parte da estratégia da Petrobras de tentar estimular o desenvolvimento tecnológico da indústria nacional e de seus fornecedores por meio de parcerias com companhias de outros países.

CUSTO-BRASIL

A valorização do real e a falta de mão de obra especializada levam a produção brasileira de TI a ter um custo superior ao de outros países da América Latina, segundo estudo do grupo Assa.
Em média, os valores pagos por empresas do setor no Brasil são 50% mais altos que os da Argentina e 30% maiores que os do México.
"O mercado de terceirização está em expansão, até porque cada vez mais clientes estão deixando as contratações por horas e buscando contratos permanentes", diz o presidente do grupo no Brasil, Federico Tagliani.

Pelo vento 

O HSBC inaugura na segunda-feira, em São Luís (MA), a primeira agência bancária do país a utilizar energia eólica. O investimento foi de R$ 2 milhões, o maior individual já feito em uma agência do banco. Em geral, o valor é de cerca de R$ 1 milhão. O telhado possibilita a circulação natural de ar e as paredes têm isolamento térmico.

ENXOVAL NOVO
A Trousseau, grife de enxovais, lança hoje uma marca voltada ao público jovem, a T Trousseau.
Os produtos da nova linha serão pelo menos 30% mais baratos que os tradicionais. Eles terão, segundo o diretor da empresa Romeu Trussardi Neto, "a mesma qualidade: serão feitos com algodão de fibras longas, por exemplo".
Para oferecer preços mais acessíveis do que os da grife original, a linha não será vendida em lojas, apenas pela internet.
A exceção será durante este inverno.
Uma loja que venderá apenas a grife jovem será aberta hoje em Campos do Jordão. Ela funcionará até o dia 31 de julho.
A linha começou a ser desenvolvida há um ano e deverá atender desde adolescentes até recém-casados.
A Trousseau fechou contrato para fornecer suas coleções mais sofisticadas de roupa de cama para cinco hotéis da Europa (na Itália, na França e na Suíça).

Protestos 
No mês de maio, foram protestados 66,9 mil títulos, 10,28% a mais que no mesmo período do ano passado, de acordo com o Instituto de Estudos de Protesto de Títulos da Seção São Paulo. O levantamento foi realizado entre os dez tabeliães de protesto da capital.

União 
A Base Real Estate, especializada em consultoria imobiliária corporativa, associou-se ao grupo AOS-Studley e passa a adotar o nome da empresa internacional. O grupo está em 20 países e a média de seu faturamento anual é de 100 milhões.

RENDA REAL
A Sophie Hallette, fabricante francesa de uma das rendas do vestido de casamento de Kate Middleton, aumentou suas vendas "entre 5% e 10%" após a cerimônia, segundo o presidente da empresa, Romain Lescroart.
Lescroart quer aumentar sua atuação no Brasil, que hoje representa cerca de 1% do faturamento anual da empresa de 18 milhões.
A fabricante vende suas rendas produzidas em teares do século 19 para cerca de 40 empresas brasileiras.
No Brasil, porém, o vestido da princesa não impulsionou as vendas, diz Calixto Assuf, da importadora de rendas Dervelle. Apenas a procura pelo desenho utilizado por Kate cresceu em 30%. Executivos da Sophie vêm a SP para a feira Première Brasil.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK, VITOR SION e LUCIANA DYNIEWICZ

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