segunda-feira, junho 20, 2011

CLAUDIO HUMBERTO



Palocci levou com ele memória da articulação

As ministras Gleisi Hoffman (Casa Civil) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais) terão de recompor toda a memória da articulação política nos cinco primeiros meses do governo Dilma: ao deixar o cargo, sob suspeita de enriquecimento ilícito, o ex-ministro Antonio Palocci levou com ele os registros e listas de indicados à espera de nomeação e daqueles já nomeados, além dos respectivos padrinhos políticos.


Arquivo

Palocci levou formulários, currículos, anotações, pen-drives, enfim, toda a memória da articulação política que ele coordenava, no governo.


À esquerda

Os registros em poder de Palocci deram a Dilma a certeza de ser zero o trabalho de articulação do ex-ministro mosca-morta Luiz Sérgio.


Quem?

Perdido, o Planalto está solicitando dos ocupantes de cargos o reenvio dos currículos, enquanto identifica quem os indicou para os cargos.


Noves fora

Pelas contas do presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), há 30% de chances de José Serra concorrer à prefeitura paulistana.


Ele quer o MEC

O ministro Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia) vem falando mal do colega Fernando Haddad (Educação), em conversas reservadas, porque deseja o lugar dele para tentar viabilizar sua candidatura à prefeitura paulistana, em 2012, ou ao governo paulista, em 2014. Os três despachos de Haddad com a presidente Dilma, esta semana, excitaram Mercadante, que viu neles sinal de sua "iminente demissão".


Temas

Haddad esteve com Dilma tratando das 75 mil bolsas no exterior, da expansão de institutos federais e dos campus universitários.


Não é hora

O ministro da Educação se recusa a tratar de disputas políticas: "O calendário eleitoral será marcado no momento certo, não agora".


Vou de busão

Usuários do aeroporto internacional do Galeão, no Rio, invejam a rodoviária de Estocolmo, exibida no Jornal Nacional, há dias. Além de melhor, é movida a oxigênio dos passageiros. Sem Copa em 2014.

Guerra

PSB e PMDB pediram à ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) três diretorias do BNB, controladas pelo PT. O PMDB quer a diretoria de Negócios, hoje teleguiada pelo governador Jaques Vagner, e o PSB pede emprego para o ex-governador Iberê Ferreira. Ideli apenas ouviu.



FRASE DO DIA

"É um afronta à transparência e ao interesse público"

Deputado Sérgio Guerra (PE), presidente do PSDB, sobre o sigilo dos custos da Copa

PODER SEM PUDOR

Diferenças visíveis
O papa João Paulo II visitava Brasília, em 1991, e foi apresentado a várias autoridades, no Palácio do Planalto. Na fila estava o secretário de Esportes, Bernard Rajzman, ex-jogador de vôlei, e sua mulher, Carmem, filha do saudoso Ademar Ghisi, ministro do Tribunal de Contas da União. Era impossível não notar a diferença de idade e de estatura, no casal.
- É sua filha? - perguntou João Paulo II, simpático.
- Não, é minha mulher! - apressou-se Bernard, um tanto contrariado.
O papa já cumprimentava outro casal quando Bernard desabafou:
- Até tu, papa?

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