sábado, abril 16, 2011

RENATA LO PRETE - PAINEL


Abre-alas
RENATA LO PRETE
FOLHA DE SÃO PAULO - 16/04/11

Líder da bancada do PT no Senado, Humberto Costa (PE) apresentará na terça um projeto de lei de "responsabilidade sanitária" que define de modo mais preciso as atribuições das três esferas de poder na gestão da saúde, determina que as obrigações do administrador sejam herdadas pelo sucessor e estabelece penas para quem faltar com seus compromissos.
Segundo Costa, que foi ministro da Saúde no primeiro mandato de Lula, a aplicação da lei permitiria esclarecer se os governos gastam mal e/ou se faltam recursos para a área. No Congresso, o projeto é visto como porta de entrada para reintroduzir a discussão sobre uma nova forma de financiamento da saúde.

#CPMFfeelings 

Durante jantar com as bancadas do PT e do PMDB no início da semana, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ouviu de deputados que é preciso pensar em um novo mecanismo para financiar a área.

Veja bem 
Favorável ao projeto do correligionário Humberto Costa, Padilha disse, porém, que um novo imposto para a saúde não está "no horizonte" do governo e que, na atual situação do sistema, mais dinheiro não iria resolver os gargalos.

Next

Três iniciativas na área da saúde serão anunciadas em breve: uma voltada à atenção básica, outra para urgências e uma terceira de combate ao crack, promessa de campanha de Dilma.

Esquece 

O governo decidiu deixar os itens mais polêmicos do Código Florestal à própria sorte no Congresso. Isso inclui a distância mínima entre as margens dos rios e as áreas de ocupação.

Encontros 
Na polêmica viagem em que levou o filho a assistir Barcelona x Real Madrid, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), jantou com Lula, anteontem, na capital espanhola.

Calendário 
O PMDB está convencido de que, até maio, leva o passe de Gabriel Chalita (PSB), pré-candidato à Prefeitura de São Paulo.

Justa causa 
Especialistas em legislação eleitoral ouvidos pela sigla de Michel Temer avaliam que dificilmente o PSB conseguirá tirar de Chalita o mandato de deputado federal, dado que lhe foi negado espaço nas diferentes instâncias partidárias e na propaganda de TV.

Me dê motivo 
O esforço de Guilherme Afif para permanecer secretário de Desenvolvimento naufragou com dois movimentos do vice: dizer que seria um "tiro no pé" Geraldo Alckmin tirá-lo do cargo e admitir a possibilidade de disputar a prefeitura paulistana pelo PSD.

Cada um... 
A cúpula do DEM cederá a direção da comissão provisória paulista ao deputado Jorge Tadeu Mudalen. O comando da sigla na capital ficará com o ex-secretário Alexandre de Moraes.

...no seu quadrado 
O nome indicado pelos demistas para compor o governo de Geraldo Alckmin é o de Rodrigo Garcia, cuja pasta-destino ainda é incógnita.

Nasal Alckmin 
fez uma visita ao presidente da Assembleia, Barros Munhoz (PSDB), com o nariz avariado em razão de um tombo. O governador lembrou que, quando prefeito de Pindamonhangaba, quebrou o nariz ao tropeçar certa noite na cômoda de seu quarto.

Visita à Folha 
Marcelo Giufrida, presidente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais e CEO do BNP Paribas, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Vivian Miranda de Figueiredo Corradin, assessora econômica, e Marcelo Billi, assessor de imprensa.

com FÁBIO ZAMBELI e ANA FLOR

tiroteio

"Com certeza o Planalto não vai esquecer das expectativas e compromissos assumidos pelos parlamentares com suas bases."
DO DEPUTADO OSMAR SERRAGLIO (PMDB-PR), vice-líder do governo, demonstrando a insatisfação dos aliados diante do impasse na questão dos "restos a pagar" dos Orçamentos de anos anteriores.

contraponto

Sai pra lá
Em audiência pública no Senado, Flexa Ribeiro (PSDB-PA) discorria longamente contra o uso de dinheiro público no projeto do trem-bala quando chegou Lindberg Farias (PT-RJ). O tucano usou a deixa:
-Eu gostaria inclusive de sugerir ao senador Lindberg que lembre de seus dias de juventude cara-pintada e peça ao presidente desta Casa que mude o nome de trem-bala para trem-bomba!
Lindberg resolveu cortar a conversa pela raiz:
-Me dê uma trégua, senador!

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