sexta-feira, abril 15, 2011

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO


Mercado de armas é limitado no país, diz setor de defesa
MARIA CRISTINA FRIAS
FOLHA DE SÃO PAULO - 15/04/11

Um possível plebiscito sobre o porte de armas de fogo no país não teria impacto relevante sobre os negócios da indústria brasileira de produtos de defesa e segurança, de acordo com a associação que reúne o setor.
O mercado doméstico para armas é pouco significativo, segundo a Abimde (entidade que agrupa empresas que comercializam, entre outros, revólveres, pistolas e munição de diversos calibres).
Apenas 20% do que é produzido fica no Brasil, principalmente por meio da venda para forças de segurança.
A exportação dos outros 80% tem nos Estados Unidos seu maior consumidor, segundo a entidade.
"Vendemos muito para o mercado civil norte-americano, pois lá é mais liberado", afirma Armando Lemos, diretor da entidade.
As restrições brasileiras ao porte de armas há muito já reduziram o mercado doméstico para civis, diz Lemos.
"É difícil encontrar lojas de armas hoje no Brasil. A maioria já fechou."
Uma consulta à população, no entanto, não é bem avaliada entre empresários do setor.
"O povo já votou e decidiu que queria ter a chance de ter uma arma. Hoje pode-se cometer atentados com faca, carro, garrafa. O crime no Brasil se vale mais de armas que entram pela fronteira."

AVALIAÇÃO PARA EIKE
O relatório da Degolyer & Macnaughton (D&M), empresa de consultoria em petróleo baseada em Dallas (EUA), sobre a OGX, que o mercado tanto espera, já chegou às mesas de Eike Batista, e de Paulo Mendonça, diretor-geral da companhia.
O resultado da avaliação dos consultores sobre as descobertas da companhia só será revelado hoje, entre as 17h e as 19h.
O relatório deve atualizar as estimativas de reservas e fontes para as bacias de Campos e de Parnaíba, nas quais a companhia trabalha no momento.
Há seis dias, a OGX já tinha relatórios preliminares, mas aguardava a avaliação definitiva, de início, prevista para ontem, mas que foi entregue na quarta-feira.
A divulgação foi marcada para hoje porque a companhia queria ter um dia ao menos para trabalhar o calhamaço preparado pela Degolyer & Macnaughton.

TIRO DE META
O advogado Carlos Miguel Aidar deixou o escritório Felsberg e Associados e montou o Aidar SBZ, que começa a operar nesta semana. Aidar, que já foi presidente do São Paulo Futebol Clube, vai atuar em áreas de infraestrutura aeroviária e projetos para os eventos esportivos no país.
Já estão em andamento, no Piauí, empreendimentos de grande porte, de investidores estrangeiros, nas áreas de hotelaria e energia eólica.
"A equipe reúne profissionais de contencioso e tributário, além das outras áreas. Já são cerca de 80 pessoas no trabalho", afirma o advogado.
Entre os outros sócios estão Antônio Ivo Aidar, Paulo Sigaud, Alfredo Zucca Neto e João Biazzo Filho.
Ainda na área de esportes, Carlos Aidar diz ter recebido convite da FGV para ministrar um curso de Direito Esportivo.

Saúde... 
O presidente da AdvaMed (associação americana de empresas de tecnologia médica) está no Brasil nesta semana. Stephen J. Ubl se reúne com representantes da Anvisa, do Ministério da Indústria e Comércio e do Ministério da Saúde, entre outros.

...tecnológica 
Promover a aprovação mais ágil de produtos do setor está entre as propostas do executivo. No Brasil, o gargalo está na avaliação de novas tecnologias, segundo a entidade.

Investimentos 
A multinacional norte-americana Binswanger criou uma divisão que será voltada para a aquisição de fundos imobiliários no mercado internacional. O Brasil será um dos destaques da carteira, diz o presidente da empresa, David Binswanger.

Navegação 
O Sebrae e a Secretaria Estadual de Desenvolvimento do RJ lançarão no final de abril uma agenda náutica para propor medidas como a regulamentação das profissões do setor.

DEPENDÊNCIA DE EMERGENTES
A estrutura da economia alemã pode ser "atingida caso haja queda na demanda do Brasil e dos outros países do Bric", segundo a EIU (The Economist Intelligence Unit).
A análise afirma que os riscos de solvência e de câmbio do país estão "estáveis".
Apenas a estrutura econômica alemã pode ser abalada -justamente pela queda da demanda global, principalmente dos emergentes.
A economia do país depende da exportação de veículos e de bens de capital.
Do total dos produtos importados da Alemanha pelo Brasil em 2010, 4,3% foram carros (US$ 540,8 milhões).
"A Alemanha é a segunda maior exportadora mundial. Ela é responsável pela fabricação de 18% dos carros do mundo. Esse comércio é muito importante para eles", diz o vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil, Fábio Martins Faria.

NIPÔNICA
A multinacional japonesa Horiba, que produz equipamentos para análises clínicas e científicas, vai transferir sua fábrica de São Paulo para Jundiaí.
"A unidade da capital não tem mais capacidade para atender à demanda atual", diz o presidente da empresa no Brasil, Hamilton Ibanes.
A fábrica será construída com estrutura adequada para produzir máquinas de análises clínicas. Hoje, elas são importadas da França.
No Brasil, são preparados apenas os reagentes utilizados em exames, como hemogramas, feitos pelo hospital Albert Einstein e pelo Grupo Fleury, entre outras instituições.
A empresa também vende equipamentos para analisar qualidade de petróleo e poluição gerada por carros.
As obras da nova fábrica começam no segundo semestre deste ano e devem ser concluídas em dezembro de 2012. O investimento é de R$ 15 milhões.
"Com a nova unidade, a capacidade vai aumentar em 50%, produziremos 3 milhões de litros de reagente por ano", diz Ibanes.

Reforma 
Com investimento de R$ 18 milhões, o Pestana Rio Atlântica Hotel passa por reforma. A unidade do grupo português receberá sistemas de controle de energia e madeira certificada. As obras terão duração de um ano.

Escola 
A rede de ensino Wise Up abre a segunda escola de inglês em Orlando (EUA). Com investidor local, a rede estuda ponto para a abertura da terceira unidade. A primeira escola na América do Norte foi inaugurada em 2010.

INTERCÂMBIO
O ICE (Instituto Italiano para o Comércio Exterior), em colaboração com a Confederação da Indústria Italiana, vai trazer cem empresários da Itália para a missão "Grandes Eventos Esportivos no Brasil".
O evento ocorrerá nos dias 16 de maio, em São Paulo, e 18 de maio, no Rio de Janeiro.
A iniciativa privilegiará os setores de infraestrutura e engenharia industrial, máquinas de construção, equipamentos esportivos, equipamentos de hotelaria, segurança e transporte.

EM OBRAS
As contratações no setor de engenharia industrial no Brasil cresceram 58,5% em 2010, na comparação com o ano anterior, de acordo com os dados da Abemi (Associação Brasileira de Engenharia Industrial).
Com o aumento, o número de empregados do segmento chegou a 351,3 mil.
Só a construção civil empregava 220,4 mil ao final de 2010, segundo o relatório.
"Nos próximos anos, mais funcionários devem ser contratados devido às obras do PAC, da Copa e da Olimpíada", diz o vice-presidente da entidade, Márcio Cancellara.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK, VITOR SION e LUCIANA DYNIEWICZ

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