terça-feira, março 08, 2011

ILIMAR FRANCO

Espuma? 
ILIMAR FRANCO
O GLOBO - 08/03/11

O PT e o PMDB, os dois maiores partidos do Congresso, estão defendendo propostas opostas de reforma política, o que reduz a chance de um resultado concreto. Os peemedebistas querem o “distritão”, que acaba com a eleição proporcional para deputado, e o PT, a lista fechada. Apesar da mobilização em torno do tema, deputados, senadores e o Palácio do Planalto estão céticos em relação à aprovação de uma proposta.

Pontos essenciais
Um dos principais entusiastas da reforma política, o ex-deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP) defende que os dois pontos ssenciais são: acabar com a suplência de senador e instituir o voto distrital. Para o tucano, a suplência de senador é pior do que a figura do senador biônico. “Pelo menos o governador enviava a indicação para a Assembleia Legislativa votar, tinha um colégio eleitoral”, afirmou ele. Segundo Madeira, o “distritão” não resolve o problema de representatividade. “Você troca seis por meia dúzia”, afirmou
ele, citando a falta de identificação do candidato com o eleitor e o alto custo da campanha. 

“O importante é votarmos, e não encontrar consensos absolutos” — Aécio Neves, senador (PSDBMG), sobre as propostas de reforma política

O SINCERO. 
Presente na instalação da comissão de reforma política do Senado, o vice-presidente Michel Temer afirmou em seu discurso que, se o Congresso não aprovar uma proposta, não tem problema. “Se nada ocorrer, também não vamos nos acusar, nem permitir que nos acusem”, disse ele. Membro da comissão, o senador Itamar Franco (PPS-MG) não gostou. “Ele jogou um balde de água fria”, disse o ex-presidente da República.

Revanche
O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) apresentou proposta para acabar com a suplência de senador. Seu primeiro suplente, Waldemir Catanho, fez campanha para os adversários Tasso Jereissati (PSDB) e José Pimentel (PT).

Sem voto
Há dez suplentes de senador no exercício do mandato. Ou seja, 12% dos senadores herdaram o mandato sem receber um único voto. O fim da suplência de senador será um dos primeiros temas da comissão de reforma política da Casa. 

De camarote
O PV acompanha com interesse a movimentação do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), para criar um novo partido, o PDB. Depois do desempenho de Marina Silva na campanha presidencial, a expectativa dos verdes é atrair políticos egressos do novo partido. O PDB é só um artifício para driblar a fidelidade partidária. Ele servirá de trampolim para quem quer mudar de sigla
sem perder o mandato.

Bloco dos bancos
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, passa o carnaval na Basileia (Suíça), em reunião dos 14 principais presidentes
de BCs do mundo. O objetivo é discutir regulação para evitar crises econômicas como a de 2008.

Financiamento
A ministra Ideli Salvatti (Pesca) negocia com o BNDES a liberação de uma linha de crédito para o setor, principalmente para renovar
a frota pesqueira. Também há preocupação em reerguer a produção de trutas na Região Serrana do Rio.

 POROROCA. Além do partido a ser criado por Gilberto Kassab, discute-se a criação do Partido Novo, de empresários; do Partido da Educação; e do Partido Livre, de egressos do PV.
 MULHER. A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) está distribuindo leques, no carnaval, com o slogan: “Lei Maria da Penha: Cumpra-se”, contra a violência contra a mulher. 
 DE FOLGA. O corregedor da Câmara, Eduardo da Fonte (PP-PE), só volta para o Brasil no dia 13. O PSOL reclama que não consegue falar com ele sobre as denúncias contra Jaqueline Roriz (PMN-DF).

Nenhum comentário:

Postar um comentário