sexta-feira, fevereiro 04, 2011

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

Programa do governo precisa ser divulgado, diz farmácia
MARIA CRISTINA FRIAS
O ESTADO DE SÃO PAULO - 04/02/11

Apesar de ser um dos programas mais bem avaliados do governo, o Farmácia Popular, que teve ampliação anunciada ontem pela presidente Dilma Rousseff, pode ter ainda algumas amarras, de acordo com o varejo.
O programa, que começou em 2004 e que oferecia medicamentos com até 90% de desconto, ainda carece de investimentos em divulgação, segundo a Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias).
A presidente anunciou ontem que o programa crescerá e passará a oferecer gratuidade para medicamentos contra diabetes e hipertensão.
"É o mais bem avaliado do governo, mas se o consumidor não sabe dele, tem dificuldade em crescer. Muitas vezes é a rede que tem que divulgar", diz Sergio Mena Barreto, presidente da entidade.
As vendas do programa caíram de R$ 147,9 milhões em 2009 para R$ 139,2 milhões no ano passado, segundo a Abrafarma, que reúne redes como Drogasil, Pague Menos e Droga Raia. O levantamento da entidade não abrange todas as drogarias conveniadas no programa.
Em unidades vendidas, há queda de 14,1 milhões em 2009 para 12,8 milhões em 2010, segundo a Abrafarma.
O Ministério da Saúde diz que o governo auxilia os parceiros do programa fornecendo material publicitário para divulgação nas lojas.
Cerca de 85% dos entrevistados em pesquisa do IBGE em agosto dizem conhecê-lo e 86,4% o avaliam como positivo, segundo o ministério. Hoje são 15 mil estabelecimentos conveniados.

PAPEL FORTE
A KM Papel utilizará no segundo semestre deste ano máquinas alemãs que permitirão a produção de papel reciclado branco a partir de livros e revistas.
Com o novo maquinário, que custou R$ 35 milhões, a empresa usará fibras 70% mais baratas que as atuais.
"Adotaremos um novo processo de preparação da massa para fabricação do papel reciclado", diz o presidente da companhia, Daniel Klabin Wurzmann.
Em junho do ano passado, a empresa arrendou por seis meses uma fábrica em Pirassununga (SP) para fabricar blocos, cadernos e formulários contínuos.
Nesse período, foi realizado investimento de R$ 42 milhões na unidade de Volta Grande (MG), que passará a concentrar toda a produção a partir deste mês.
Até outubro, a KM Papel pretende produzir 3.000 toneladas de papel reciclado por mês, o dobro do que realiza hoje, diz Wurzmann.
"No Brasil, não há uma conscientização de comprar o que é reciclado, mas isso vai melhorar", diz o presidente. A empresa pode reutilizar cada fibra que forma o papel por até sete vezes.

Cidades de SP se especializam e atraem empresas
Algumas cidades do Estado de São Paulo têm se especializado em sediar companhias de determinado setor da economia.
Em Santos, há uma concentração de empresas voltadas para a exploração de petróleo e gás, além do aumento de companhias de tecnologia, como as estrangeiras Halliburton e Schlumberger.
"É um mercado que foi impulsionado nos últimos quatro anos, com a multiplicação da dimensão das bacias do pré-sal. Nossa vocação econômica mudou, o que é muito positivo", diz o prefeito João Paulo Papa (PMDB).
Na cidade de São Carlos, 80% das empresas que procuram se instalar no município pertencem aos setores de automação, aeronáutico e metalomecânico.
"Recebemos cada vez mais empresas. Há um movimento para o interior em busca de melhor condição de vida", afirma o prefeito de São Carlos, Oswaldo Barba (PT).
Localizada no centro do Estado, Bauru recebe grande número de transportadoras e distribuidoras, segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Paulo Ferrari.
Já São José dos Campos se beneficia por contratos firmados pela Embraer, com sede na cidade.
"O mercado da Embraer no exterior é grande e somos acionados a cada acordo, abrindo vagas para mais gente", afirma o secretário José Luis Nunes.

OSX avança com unidade flutuante da OSX

Chegaram ao Brasil as amarras que irão compor o sistema de ancoragem do FPSO (unidade flutuante de produção e armazenamento de óleo e gás), da OSX, do grupo EBX, de Eike Batista, com atuação nas áreas de construção naval, fretamento e serviços offshore.
As amarras, que foram fabricadas na Espanha e pesam 2.500 toneladas, são o início do processo do sistema de ancoragem, que é composto ainda por estacas, cabos de aço e boias.
Primeiro FPSO da empresa, o OSX-1 está em fase final de customização em Cingapura e a previsão é sair de lá rumo ao Brasil no final de maio. O valor investido na compra da embarcação foi US$ 610 milhões.
Com o sistema de ancoragem em processo avançado, haverá uma rápida conexão da unidade, abreviando o tempo necessário para o início de sua operação, de acordo com a companhia.
O OSX-1 será fretado para a OGX, que também pertence ao grupo EBX e atua no setor de exploração e produção de óleo e gás, para operação na bacia de Campos (RJ).
Conforme contrato firmado entre as empresas, o fretamento da embarcação terá duração de 20 anos.

VALIOSA FARIA LIMA
A avenida Faria Lima, que abriga, em sua maior parte, empresas ligadas ao setor financeiro e multinacionais, é o endereço mais caro para se instalar no município de São Paulo.
No quarto trimestre de 2010, o valor do metro quadrado de locação dos escritórios de alto padrão na avenida alcançou R$ 180, o que representa aumento de 42% em relação ao trimestre anterior, segundo levantamento da consultoria imobiliária Colliers International Brasil.
Apesar dos altos valores da região, os investidores não procuraram um novo endereço, pois a taxa de vacância (índice de imóveis vagos) ficou em 0,4%.
Esse cenário, de acordo com a Colliers, deve sofrer alteração em 2011. O mercado vai receber cerca de 230 mil metros quadrados, sendo que 40% desses novos imóveis serão na região da avenida Faria Lima.
A entrada dos imóveis deve elevar a taxa de vacância média da cidade, dos atuais 2,3% para cerca de 7%, segundo a consultoria.

Solo... 
O presidente da SNA (Sociedade Nacional de Agricultura), Antonio Alvarenga, entregou ao ministro Moreira Franco (Assuntos Estratégicos) um documento contendo propostas para o governo manter o incentivo à expansão do agronegócio.

...fértil 
"Temos uma agricultura eficiente e competitiva da porteira para dentro, mas que é fortemente prejudicada no escoamento da produção pelas mazelas inerentes a um sistema de transporte, deteriorado e ineficiente", afirmou o presidente da SNA.

Resultado 
A Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros registrou faturamento de R$ 3,7 bilhões no ano passado, o que representa aumento de 17,6% em comparação a 2009. Em número de clientes, a empresa ficou com 3,3 milhões no Brasil, crescimento de 28,7%.

Oportunidades 
Profissionais de turismo de negócios, que movimenta R$ 8,5 bilhões por ano em São Paulo, discutirão na capital paulista, na próxima segunda-feira, o crescimento do setor com a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016.

Com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e VITOR SION

Nenhum comentário:

Postar um comentário