quinta-feira, janeiro 27, 2011

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

Chile lidera alta na compra de produtos brasileiros na região
MARIA CRISTINA FRIAS

FOLHA DE SÃO PAULO - 27/01/11

O Chile é o país sul-americano que mais aumentou a importação de produtos brasileiros em 2010.
No ano passado, as exportações do Brasil para o Chile registraram US$ 4,3 bilhões, o que significa crescimento de 60,3% sobre 2009.
O país passou a Venezuela e voltou a ocupar a segunda posição entre as nações que mais importam produtos brasileiros na América do Sul, atrás apenas da Argentina.
O valor, porém, ainda é inferior ao movimentado antes da crise econômica. Em 2008, os produtos vendidos do Brasil para o Chile representavam US$ 4,8 bilhões.
"Além das boas relações bilaterais, o aumento está ligado ao terremoto que atingiu o país em fevereiro passado", diz o diretor da ProChile no Brasil, Andrés Prado.
Muitos projetos de reconstrução do Chile foram tocados por construtoras brasileiras, segundo Prado.
A A-port, do grupo Camargo Corrêa, administra hoje três aeroportos no país.
Em 2010, o produto brasileiro que apresentou maior aumento nas exportações para o Chile foi o frango congelado, com 645% ante 2009.
Apesar de ser produtor, há crescente importação de carnes de frango e porco no Chile, diz o gerente-geral da Marfrig no país, Mariano Pabón.
As importações brasileiras do país vizinho totalizaram US$ 4,1 bilhões no ano passado, o que representa alta de 53% sobre 2009.
"Com os acordos comerciais, 99,9% do que o Chile manda para o Brasil entra com tarifa zero", de acordo com Prado.

FOME DE EMPRESA
A empresa de alimentação corporativa Nutrin conclui nesta semana sua primeira aquisição do ano. A companhia, que em 2010 fechou cinco negócios no setor, assume as operações da capixaba Bom Gosto.
Com cerca de R$ 200 milhões de faturamento em 2010, quase 40% acima do ano anterior, a meta da Nutrin é ter R$ 1 bilhão em 2015.
Para isso, segundo Aderbal Nogueira, presidente da companhia, deve seguir na estratégia de aquisições em série de empresas menores do setor, em que investiu R$ 10 milhões no ano passado.
Um novo negócio será concluído em março.
No fim do ano passado, a Nutrin comprou 51% do braço offshore da mineira Elasa, para prestar serviços de alimentação, lavanderia, entretenimento e esportes a bordo de plataformas da Petrobras.
A empresa deve reforçar a atuação no Nordeste, em obras de portos, shoppings e usinas, com crescimento orgânico além das aquisições, segundo Nogueira.
"A demanda por refeição coletiva vai subir com essa quantidade de obras. Estamos em 410 restaurantes hoje e queremos inaugurar mais 150 até o fim do ano."

VENDAS EM ALTA

Os supermercados paulistas fecharam 2010 com vendas nominais 7,61% maiores que o registrado em 2009, conforme índice que a Apas (associação do setor) divulga hoje. As vendas nominais do setor no Estado cresceram 33,86% em dezembro ante o mês anterior -foram consideradas também as lojas que começaram a funcionar no último mês do ano.
Em relação a dezembro do ano anterior, a alta foi de 4,56%. "O mês é sempre melhor com Natal e Ano Novo, mas todos os meses do ano tiveram alta, reflexo do contágio de consumo que o país vive hoje", diz Orlando Morando, vice-presidente da Apas.

Tributos A soma paga por PIS e Cofins em duplicidade nos últimos cinco anos pelo sistema cooperativo corresponde a dez hospitais novos, segundo a Federação das Unimeds do Estado de SP. A entidade realiza hoje um fórum sobre o tema. "É fundamental o entendimento das diferenças entre cooperativismo e área empresarial", diz Humberto Isaac, presidente da entidade.

Em obra Apesar das chuvas, janeiro permanece com alta utilização da capacidade industrial no setor de material de construção, segundo sondagem da Abramat. O nível atingiu 87% de utilização na média das empresas, ante 86% do mês anterior. O nível observado desde março indica que os investimentos em expansão têm sido suficientes, segundo a entidade.

MAIS VIAGENS

A STB abriu neste mês uma nova operadora voltada para o atendimento às agências de viagem.
O objetivo da 4Agents, comandada pelo ex-gerente da STB Henrique Braga, é melhorar a relação com as mais de 2.000 agências que compram pacotes do grupo.
"Como o foco da operadora serão as agências de viagem, conseguiremos prestar um serviço melhor", afirma o presidente da STB, José Carlos Hauer Santos Jr.
A divisão é parte da estratégia da companhia de tentar quadruplicar o número de passageiros enviados ao exterior até 2015. No ano passado, foram 52 mil.
Em 2010, a STB pagou viagens para 300 funcionários como forma de qualificar o atendimento. Neste ano, serão 400, diz Santos Jr.
"Eles entendem melhor e têm mais afinidade com o produto que vendem."
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e VITOR SION

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