quarta-feira, janeiro 26, 2011

LUIZ CARLOS AZEDO - BRASÍLIA-DF

O mágico
LUIZ CARLOS AZEDO
CORREIO BRAZILIENSE - 26/01/11

O deputado Sandro Mabel (GO), dono das famosas rosquinhas, resolveu se licenciar da liderança do PR e concorrer à Presidência da Câmara como candidato avulso, apesar de sua bancada ter declarado apoio à reeleição do deputado Marco Maia (PT-RS). É uma atitude fora de padrão para um parlamentar experiente e influente.

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Pelas contas de Maia, sua reeleição já contaria com o apoio de mais de 350 dos 513 deputados, a partir do compromisso formal de quase todos os partidos da Casa, inclusive os de oposição. As legendas que ainda negociam, como o pequeno PSol, o fazem para exigir alguns compromissos: respeito à minoria, ao regimento interno e às regras do jogo democrático.

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Qual é a carta que Mabel tem na cartola para concorrer à reeleição? Entraria na disputa com supostos 130 votos. Faltariam, portanto, 121 para se eleger. Precisará, pois, de muita prestidigitação para derrotar o atual presidente da Câmara, tomando-lhe os votos já prometidos. A não ser que haja uma conspiração silenciosa envolvendo líderes da base governista insatisfeitos e dispostos a organizar um motim na hora da votação. Nas eleições da Câmara, às vezes as coisas não são o que parecem. O voto é secreto.


A vice

A deputada capixaba Rose de Freitas (foto) é a candidata do líder da bancada do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), à Primeira-Vice-Presidência da Câmara. Veterana na Casa, com grande atuação na Comissão de Orçamento, a deputada enfrenta uma oposição pulverizada. Na bancada, também são candidatos Edinho Bez (SC), Elcione Barbalho (PA), Almeida Lima (SE) e Gastão Vieira (MA).


Catacumba

A Editora Objetiva acaba de lançar o livro Segredo de Estado, de autoria do jornalista Jason Tércio. É uma obra de ficção baseada em fatos reais, a partir de entrevistas e pesquisas exaustivas sobre o sequestro e assassinato do ex-deputado do PTB Rubens Paiva, em janeiro de 1971, por agentes de segurança do regime militar. Seu corpo nunca apareceu.


Herança

O deputado Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca (PR-SP), herdou o gabinete do ex-deputado Raul Jungmann (PPS-PE), que antes da mudança esvaziou as gavetas e retirou seus livros da estante. Jungmann, porém, deixou um dicionário. Tiririca chegou a ser ameaçado de não assumir o mandato por ser considerado analfabeto pelo Ministério Público. O dicionário é da Câmara.

Tentou
O deputado federal Romário (PSB-RJ), ex-craque de futebol, tentou manter a mística da camisa 11 na política. Romário bem que tentou conseguir um gabinete que tivesse final 11 no número. Mas teve que se contentar com o 825


Tuiteiros

Titular da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante é o ministro com mais influência nas redes sociais, segundo pesquisa desenvolvida pela MITI Inteligência. No Twitter, o segundo ministro com mais seguidores é Paulo Bernardo (Comunicações). Depois, aparecem Alexandre Padilha (Saúde), Garibaldi Alves Filho (Previdência) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento). Já no Orkut, duas mulheres são as mais ativas: Maria do Rosário Nunes (Secretaria de Direitos Humanos) e Iriny Lopes (Secretaria da Mulher).


Cadeira

O deputado Marco Maia (PT-RS), presidente da Câmara, esteve em Belo Horizonte ontem em busca de apoio. No gabinete do prefeito Marcio Lacerda (PSB), sentou-se na cadeira que era usada pelo ex-presidente Juscelino Kubitschek. Lacerda gosta de mimar os aliados com esse gesto.

Novo líder

A bancada do PSDB se reúne hoje para escolher seu novo líder. Uma mera formalidade. O deputado Duarte Nogueira (SP), ligado ao governador de São Paulo, o também tucano Geraldo Alckmin, é candidato único.

Toalha
Derrotado por antecipação, o candidato Marcos Montes (MG) retirou a candidatura à liderança da bancada do DEM. Decidiu apoiar Eduardo Sciarra (PR), que disputa o posto com ACM Neto (BA).

Ausente
Marcela Temer, a jovem esposa do vice-presidente Michel Temer, foi a ausência mais sentida nas comemorações dos 457 anos de fundação de São Paulo. Roubou a cena na posse da presidente Dilma Rousseff, mas já voltou à vida discreta e recatada de sempre.

Anunciado
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), começou a se movimentar como candidato à reeleição. O contraponto com a administração do governador Sérgio Cabral (PMDB) na questão das chuvas, porém, já incomoda os aliados.

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