quarta-feira, janeiro 26, 2011

ILIMAR FRANCO

Aperto de mão
ILIMAR FRANCO
O GLOBO - 26/01/11

O vice Michel Temer e o ministro Antonio Palocci (Casa Civil) acertaram anteontem que, nos primeiros dias de fevereiro, será definido o segundo escalão do governo. O objetivo é acelerar as nomeações para evitar marolas. No dia seguinte à eleição do presidente da Câmara, os líderes Renan Calheiros (PMDB-AL) e Henrique Alves (PMDB-RN) sentarão à mesa com o ministro Luiz Sérgio (Relações Institucionais) para fechar um pacote completo.

Desenvolvimento tecnológico
A revelação de telegrama do Departamento de Estado norte-americano em que fica clara a oposição a um programa brasileiro de produção de foguetes não surpreendeu o governo federal. Em 2003, uma autoridade ucraniana mostrou a um integrante do governo documento no qual os EUA “consentiam” que a Ucrânia firmasse acordo com o Brasil, embora continuassem entendendo que o país não precisava ter programa espacial. A Iridium foi uma das empresas proibidas pelo Departamento de Estado de firmar entendimento com a Alcântara Cyclone Space, porque o Brasil não assinou acordo de salvaguardas tecnológicas com os EUA.

Alcântara

O governo Dilma vai adotar o acordo interministerial, costurado pela AGU na gestão Lula, sobre a Base de Alcântara (MA). A base vai dobrar de tamanho, e os quilombolas serão compensados com empregos, escola e acesso ao mar.

Intervenção
Sem poder mudar o comando da Funasa, o ministro Alexandre Padilha (Saúde) tem ido todas as semanas despachar na instituição. Nas viagens, também se reúne com as direções regionais. O órgão responde por R$1 bi do PAC.

Mabel quer se cacifar como líder da Casa
Os aliados mais otimistas de Sandro Mabel (PR-GO) dizem que ele pode ter entre 130 e 200 votos nas eleições para a presidência da Câmara. Ocorre que, na última disputa, Ciro Nogueira (PP-PI) teve 129 votos e Aldo Rebelo (PCdoBSP), 76. Poucos acreditam que ele possa surpreender o candidato oficial, Marco Maia (PT-RS). Mesmo assim, o vicepresidente Michel Temer tentou, sem sucesso, demovê-lo da candidatura.

Um acordo impossível
Os líderes governistas garantem que é impossível um acordo com as centrais sindicais, envolvendo um reajuste menor do salário mínimo com a correção da tabela do Imposto de Renda. Um deles esclarece que se trata de públicos diferentes.

Os 50% dos trabalhadores que têm sua remuneração vinculada ao mínimo são isentos do IR. Já a correção da tabela, de acordo com um líder, beneficiaria fortemente só 2% da massa assalariada, aqueles que recebem R$10 mil mensais. 

FICHA LIMPA provoca nova baixa. O deputado Marcos Montes (DEM-MG) retirou sua candidatura a líder. Ele tem uma condenação em primeira instância.

DE FÉ. O presidente da OAB, Ophir Cavalcante, entrou anteontem no gabinete do vice-presidente, Michel Temer, defendendo o voto em lista e saiu falando bem do distritão.

COM A SAÍDA de Sandro Mabel (GO) da liderança da bancada do PR, os deputados Milton Monti (SP), Luciano Castro (RR) e Lincoln Portela (MG) são candidatos ao posto de líder.

ILIMAR FRANCO com Fernanda Krakovics, sucursais e correspondentes
E-mail para esta coluna: panoramapolitico@oglobo.com.br

Minha sorte mudou depois que passei a trabalhar 90 horas por semana” — Sandro Mabel, deputado federal (PR-GO),
em uma de suas citações preferidas. Ele é contra a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas.

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