segunda-feira, janeiro 31, 2011

CLÁUDIO HUMBERTO

Mantega é quem disputa poder com Palocci
Ao final do primeiro mês do governo Dilma Rousseff, consolidam-se os grupos de poder no governo federal, com destaque para o ministro considerado mais forte, Antonio Palocci (Casa Civil), rivalizando com o único colega que ameaça fazer-lhe sombra: Guido Mantega (Fazenda). Ambos disputam as atenções e os raros elogios da presidente. No primeiro governo Lula, o grande rival de Palocci era José Dirceu.

Quebra da hegemonia

Dilma tomou uma decisão importante: quebrar a hegemonia de grupos políticos no Congresso, como aquele liderado por José Sarney.

Troca de comando
A presidente vai tirar a Eletrobras da área de influência de Sarney e fazer de José Antonio Muniz presidente de outra estatal, Eletronorte.

Pele de bebê
Dilma decidiu manter a rotina de consultar-se duas vezes ao mês com seu dermatologista e amigo Guilherme Almeida, de São Paulo.

DF: governo achacava até quem queria investir
O governador Agnelo Queiroz (PT) suspendeu por 90 dias o programa Pró-DF, que concede terrenos a empresas interessadas em se instalar no Distrito Federal. Há denúncias, já sob investigação, de que em governos anteriores empresários eram achacados em até R$ 2 milhões para receberem um lote. Desde 2009, foram distribuídos 214 lotes. Há 383 processos de concessão de áreas sob exame, neste momento.

Terra arrasada
A bagunça administrativa no governo do DF invadiu a residência oficial de Águas Claras: como toda cidade, o matagal chegava a dois metros.

Armários vazios
Agnelo contou a amigos que na residência oficial não encontrou nem taças para evitar o gargalo das garrafas d'água. Levou-as de casa.

Como os romanos
O tucanato está mais dividido que o senado romano nos tempos de Cícero, mas o encrencado senador Cícero Lucena (PSDB-PB) continua o favorito na disputa pela primeira-secretaria do Senado brasileiro.

O bicho que deu
Jornalista de economia esperava o presidente do Banco Econômico, Ângelo Calmon de Sá, atrasado para uma entrevista, em Salvador. Nas publicações do banco sobre a mesa, vê o logotipo sem acento circunflexo. A sílaba tônica no "mi" gerava um "Economico". Terminada a entrevista, não resistiu:
- O senhor não acha que não fica bem? Afinal, "mico" não é coisa agradável em bancos.
Calmon de Sá explicou rindo que, por ser banco centenário, seria grafia antiga. E garantiu, com serenidade baiana:
- Não se preocupe. Neste banco nunca vai haver "mico".
Anrã...

Apagão oficial
Agnelo e família chegaram a ficar 24 horas sem energia, na residência oficial. E o gerador, sem manutenção há seis meses, não funcionou.

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