quarta-feira, dezembro 29, 2010

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

Farmácias recebem máquina contra falsificação 
Maria Cristina Frias

Folha de S.Paulo - 29/12/2010 

Apesar da oposição da indústria farmacêutica, em 2011 começam a ser instaladas nas drogarias as primeiras máquinas para checar a veracidade de medicamentos por meio de um selo de segurança fornecido pela Casa da Moeda.
A Abras (Associação Brasileira de Supermercados), em parceria com a Anvisa, começará a colocar os leitores óticos em 800 farmácias localizadas em supermercados, segundo Sussumu Honda, presidente da associação.
"A Anvisa tem encontrado muita falsificação. É um problema que afeta o país, apesar de parecer incomum em grandes centros", diz Honda.
Remédios adquiridos em outras farmácias também poderão ser testados.
Lojas das redes Carrefour, Walmart, Coop, Grupo Pão de Açúcar, Angeloni e GBarbosa devem ser as primeiras a receber os equipamentos, segundo a Abras.
A criação do selo para combater a falsificação, iniciativa tomada pela Anvisa, é contestada pela indústria farmacêutica, que entrou na Justiça para tentar derrubar a medida e aguarda decisão.
A indústria é contra o uso do selo, por considerar os custos envolvidos em sua implantação muito altos.
Uma seladora moderna e rápida pode custar 500 mil, segundo Nelson Mussolini, vice-presidente do Sindusfarma (sindicato do setor), que diz que a verificação poderia ser feita apenas por meio de um código 2D, semelhante ao código de barra.
A adoção do selo de segurança pode onerar também o consumidor final e afetar a inflação, segundo Mussolini.
"O aumento no custo não pode ser repassado ao preço final, mas chegaria ao consumidor pelo mercado, com a retirada de descontos."

PARA ONDE OLHAR EM 2011

Filipe Redondo/Folhapress


Paulo Bilyk, sócio da Rio Bravo, gestora de recursos
"Vou olhar para os Estados Unidos", diz Paulo Bilyk, sócio da gestora de recursos Rio Bravo, sobre o que atrairá a atenção dele no ano que vem. "Acho que houve uma percepção unilateral dos EUA. O país foi "sobrevendido.'"
"O mundo subestimou a capacidade de inovação e de se recriar dos americanos. O ano de 2011 será aquele em que os EUA voltarão a ter um papel de liderança", afirma.
"Isso vai se refletir no valor das empresas americanas e nas de outros países como o Brasil."

RECORDE NO COMÉRCIO EXTERIOR
Os contratos de câmbio do Banco do Brasil, que incluem operações de câmbio à vista, de ACC (Adiantamento sobre Contrato de Câmbio) e de ACE (Adiantamento sobre Cambiais Entregues), já superaram neste ano os volumes apurados em todo 2009.
No acumulado até novembro, a modalidade de exportação foi a que registrou o maior volume, atingindo US$ 50,7 bilhões.
O aumento foi de 7,6% sobre todo o ano passado. Com esse resultado, a instituição financeira alcançou 30,7% de participação de mercado.
Na importação, o aumento foi de 14%, ao registrar US$ 38,9 bilhões. A participação de mercado do banco nessa modalidade é de 24,3%.
O maior incremento foi obtido no câmbio financeiro de venda (troca de moeda em caso de viagem ou volta ao país), que cresceu 19,7% e chegou a US$ 49,8 bilhões.

ON-LINE
Os contratos de câmbio de exportação (câmbio à vista e ACC/ACE) efetivados pela internet corresponderam a 66,5% das mais de 120 mil operações.
Na importação, 44,2% do total de 160 mil contratos foram fechados pelo sistema.
Os contratos de câmbio assinados digitalmente representaram 47,8% do total, com crescimento de mais de 7% em relação a 2009.

Inteligência A SAS, empresa de serviços de inteligência analítica, vai trabalhar na implementação de um projeto de gestão de risco, no Banco do Brasil. O projeto, que terá investimento de US$ 20 milhões, começa em janeiro e terá duração de cinco anos.

Crédito sem risco A consultoria Witrisk, especializada em gestão de risco de crédito e cobrança, expande os negócios no mercado internacional e fecha parceria com a colombiana Credivalores, voltada para o financiamento de empresas privadas. É o primeiro acordo firmado pela consultoria fora do Brasil.

Emprego despenca na construção pesada em SP

Após registrar demissão de 89 trabalhadores em setembro e 252 em outubro, o emprego na construção pesada em São Paulo despencou, com mais de mil demissões em novembro.
A queda foi de 1,34% no mês, em um total de 80.326 empregos no Estado, segundo o Sinicesp. No acumulado dos últimos 12 meses, o sindicato registra redução de mais de 5.000 vagas.
A expectativa é de novas baixas até março, segundo Helcio Farias, responsável pelo levantamento.
"Isso é reflexo do fim de grandes obras como Rodoanel, Marginal, vicinais e recapeamentos. Soma-se a isso o início das chuvas, que congela as obras pesadas", diz.
O impacto poderia ser maior, segundo Farias, não fosse a carência de mão de obra atravessada pelo setor.
"Como está faltando desde engenheiro até servente, pode ser que segurem um pouco as demissões, em função da dificuldade de contratar." Na construção civil a desaceleração também já aparece.

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