Com substituição, micro e pequena pagam mais ICMS Maria Cristina Frias Micro e pequenas empresas optantes do Simples nacional pagam cerca de 112% a mais de ICMS devido ao regime de substituição tributária, mostra pesquisa da Fundação Getulio Vargas para o Sebrae. O valor considera as declarações de 2009. O regime de substituição tributária cobra o ICMS na indústria. Empresas inscritas no Simples Nacional adquirem as mercadorias sujeitas à substituição tributária já com o valor do ICMS contido no preço. O Simples, por sua vez, se propõe a reduzir os impostos a um pagamento. Com a substituição, o pequeno empresário deixa de pagar o ICMS calculado pelo Simples e passa a pagar como uma grande empresa. Apenas com o Simples o valor total da arrecadação do ICMS seria de R$ 1,5 bilhão. Mas, com a substituição, o valor sobe para R$ 3,2 bilhões, ou 112% a mais. "Quem vende, por exemplo, óculos em Minas Gerais pagaria 1,25% de ICMS pelo Simples, mas arca com 9,42% da substituição, ou 653,6% a mais", diz André Spinola, do Sebrae. Os mais prejudicados são os varejistas que vendem para as classes C e D, afirma. Eles pagam a mesma proporção de ICMS sobre produtos de menor valor agregado e têm dificuldade de inserir o ônus no preço, pois competem com o grande varejo. Segundo a pesquisa, os Estados perderiam em média 1,45% da arrecadação se abrissem mão da substituição tributária para empresas optantes pelo Simples. NA GELADEIRA Entra em operação no país na próxima semana a Revert Brasil, empresa nacional de reciclagem de refrigeradores e ar condicionados que possuem gás CFC em sua composição. A fábrica, em cujo pátio estão estocadas mais de 10 mil geladeiras, recebeu investimento de quase R$ 25 milhões. A meta é reciclar 400 mil geladeiras ao ano. Além de empresas estrangeiras que ingressaram no país com o mesmo foco, a Revert reacende, de acordo com seu sócio Pablo Magalhães, o projeto iniciado pelo governo de substituição de 10 milhões de refrigeradores no Brasil. "Começa a ficar mais provável agora que o país ganha capacidade instalada e tecnologia, além da nova Política Nacional de Resíduos Sólidos", diz. PRATA LIDERA POPULARIDADE Prata e preto ainda são as cores preferidas para os automóveis neste ano em todo o mundo, com 26% e 24%, respectivamente, de acordo com levantamento anual da DuPont. As duas cores subiram um ponto percentual no ranking deste ano na comparação com o do ano passado. Já o cinza ganhou três pontos de popularidade, empatando com o branco em terceiro lugar entre as cores preferidas de 2010. O Brasil segue a tendência mundial. Porém a popularidade do prata é bem maior, com 34%. É o maior percentual da cor entre as regiões/ países pesquisados. O preto é a segunda cor preferida no país, com 24%, seguido pelo branco (13%). "A análise nos permite compartilhar com as montadoras conhecimentos sobre as tendências globais", disse Nancy Lockhart, gerente de marketing e cores da DuPont. O relatório inclui a popularidade de cores em 11 principais regiões do mundo automotivo, como América do Norte, Europa, Japão e Brasil. A prata lidera em quatro regiões, com percentuais acima de 33%. O branco é preferência em cinco, como África e América do Norte. O preto lidera na Rússia e na Europa. Hong Kong espera Petrobras Após o anúncio de que a Vale vai negociar na Bolsa de Hong Kong, o secretário de Finanças da região administrativa chinesa, John Tsang Chun-wah, diz esperar que mais companhias "brasileiras sigam essa tendência". A começar pela Petrobras. "Tomariam uma ótima decisão de negócio, baseada nas atuais condições", opina. O secretário defende que a regulação financeira está se alinhando e que negociar em Londres, Nova York ou Hong Kong se dá, cada vez mais, com as mesmas regras. "Somos o mesmo." No Brasil para divulgar a região como "o mais forte centro financeiro no fuso horário asiático", Tsang diz que a crise global de 2008 mostra "a necessidade do fortalecimento de uma aliança entre os países emergentes". "Hong Kong vai facilitar essa aliança", afirma. "O centro de gravidade da economia global se descolou para o Oriente", diz. Tsang opina que a guerra cambial citada por Dilma Rousseff e por Guido Mantega é "só uma expressão". Segundo o secretário, o que ocorre é uma "tentativa dos EUA de criar liquidez", "que está na Ásia". Isso, analisa, afeta as exportações de países com moedas fortes, como o Brasil, mas também cria "vantagem para comprar mais barato". "A relação entre China e Brasil será de suprema importância." "A complementaridade é quase perfeita." Para manter o alinhamento regulatório, ele defende o Financial Stability Board e a representação do FMI, que deve "acompanhar o deslocamento da gravidade [econômica] para o leste e o maior peso dos emergentes". INGRESSOS ESGOTADOS A oferta de shows internacionais no Brasil deve ser 25% maior no ano que vem. Em São Paulo, grandes turnês vão gerar receita de R$ 345 milhões com venda de ingressos em 2011. A estimativa é da Smart, empresa especializada em controle de acesso de shows, que atuou nos espetáculos de Madonna, Metallica, Oasis e festival SWU. "Em São Paulo, o público total dos grandes espetáculos deve chegar a 5,4 milhões. Em todo o país, o aumento de público e de receita devem ser de 20% e 15%", diz André Bertolucci, sócio da Smart. Os eventos estrangeiros recebidos pela capital paulista neste ano foram vistos por 4,5 milhões de pessoas. |
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