quarta-feira, dezembro 01, 2010

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

Vestuário deve concluir neste mês novas normas de medidas masculinas 
Maria Cristina Frias 

Folha de S.Paulo - 01/12/2010

As indústrias brasileiras de vestuário devem concluir neste mês as novas normas de medidas para as roupas masculinas.
A expectativa da Abravest (Associação Brasileira do Vestuário) é que a norma se torne obrigatória ainda no primeiro trimestre de 2011.
"Abandonamos o padrão de numeração. Vamos usar as medidas do corpo no lugar da medida da roupa", afirma Roberto Chadad, presidente da Abravest.
Na etiqueta de um terno, por exemplo, o consumidor encontrará medidas como a circunferência da cintura, do quadril, o tamanho da manga, entre outras.
Com a nova norma, o consumidor irá economizar tempo na hora da compra. "Quanto mais informação estiver inserida na etiqueta, melhor e mais rápida será realizada a venda. Vai evitar o troca-troca de roupa", diz.
O padrão de normas também facilitará a compra de roupas pela internet, além de incrementar as exportações brasileiras, que poderão atender diferentes padrões mundiais, de acordo com a Abravest.
"Será uma estratégia da indústria nacional para combater os produtos chineses, que são baratos, porém de má qualidade", diz Chadad.
No próximo dia 15, o setor se reúne para ratificar o que já foi acordado até agora e fechar a tabela com as medidas propostas por empresários e profissionais da cadeia.
Após a reunião, o projeto será enviado para consulta pública das indústrias.
Após os 60 dias de análise, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) deverá publicar um edital com as normas.
Nos três primeiros anos, as referências P, M e G ainda estarão nas etiquetas das roupas, mas serão abandonadas a partir do quarto ano, segundo Chadad.

Consumidor vê melhora na economia global

A situação econômica global se recuperou em outubro na avaliação de consumidores. O estado atual da economia foi considerado muito bom e bom para 42% dos entrevistados, dois pontos percentuais acima de setembro.
O estudo, feito pela Ipsos em 24 países, consultou 19.197 cidadãos. "Apesar de lenta, há recuperação. Há correlação com a alta da intenção de compra e a segurança no emprego", diz Paulo Cidade, diretor da Ipsos.
No Brasil, a avaliação subiu oito pontos, em que 66% dos entrevistados consideraram a situação econômica boa. "A eleição favoreceu. Foram debatidas formas de melhorar a economia. Não houve, como em outros anos, risco de piora da situação."
Na Europa, a confiança está baixa. Na França e na Espanha, só 10% consideram a situação econômica boa.

O EMPREGO É NOSSO
Empresas multinacionais enfrentam um desafio: conciliar a concentração de lucros que, em muitos casos, se mantêm em países desenvolvidos, com o fato de o crescimento estar em emergentes.
A análise é de James Allen, sócio-líder global da área de estratégia da consultoria Bain & Company.
Para Allen, a recuperação das economias desenvolvidas não trará crescimento suficiente de empregos. Oportunidades estarão nos países em desenvolvimento.
Com relação ao Brasil, o consultor observa que as empresas têm lutado por seus mercados. "Nos anos 90, dizia-se que as marcas locais morreriam com a chegada das estrangeiras. Não foi o que ocorreu, como se viu no setor bancário", diz.
O consultor afirma ver um grande risco para o país. "Deixar de cortar gastos públicos e enfrentar problemas como os que a Europa tem."

PORTAL PARA A CHINA
Desembarca na segunda-feira em São Paulo uma delegação de 22 executivos de Hong Kong para propor que a cidade seja a porta de entrada para negócios e operações financeiras do Brasil na China e no sul da Ásia.
Líder da missão, Christopher Jackson, diretor-executivo da Hong Kong Trade Development Council, afirma que a cidade hoje funciona como uma "intérprete cultural" da China.
Segundo ele, há interesse nas indústrias de alimentos, bebidas, moda e saúde.
"Há intenção de companhias de logística e de comércio em fazer fusões de operações no Brasil", afirma.
Além de "baixos impostos, fluência no inglês e forte sistema legal, Hong Kong é uma influência para os consumidores chineses", afirma.
A cidade mantém fortes laços com países como Vietnã e Indonésia, diz Jackson.

Piso O setor de cerâmica de revestimento do Estado de São Paulo deve fechar 2010 com faturamento superior a R$ 3 bilhões, segundo a Aspacer (associação do setor). No primeiro semestre, foi de R$ 1,7 bilhão.

Hospedagem A Rede Slaviero Hotéis, do Paraná, acaba de inaugurar uma unidade na cidade de Palhoça (SC) com investimento de R$ 15 milhões. Para 2011, a rede prepara unidade de R$ 8 milhões no Balneário Camboriú.

Crédito imobiliário Os clientes da BM Sua Casa poderão emitir uma carta de crédito durante a simulação do financiamento desejado. A emissão é feita nas lojas da empresa e pelo site.

Timão A CVC fechou contrato com o Corinthians para realizar, em fevereiro, o Cruzeiro do Timão. O roteiro sairá de Santos e visitará Itajaí (SC) e São Francisco do Sul (SC). A empresa ampliou a oferta de cruzeiros temáticos para estudantes, motociclistas, idosos e amantes de moda e música.

Engenharia Preocupados com a escassez de engenheiros no Brasil e a necessidade de adaptar o currículo, profissionais se encontram nesta sexta para discutir a atividade. O encontro será no Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo.

Consórcio A Racon Consórcios, que atua com imóveis, caminhões e automóveis, finaliza seu plano de expansão com a primeira loja em solo paulista, em Santo André. Com a abertura de franqueados em Goiânia, Belém e outras cidades, a empresou chegou a R$ 220 milhões em créditos comercializados.

Brasileiros falam 28% mais ao celular, diz consultoria

Os brasileiros estão cada vez mais grudados no celular. No terceiro trimestre, os usuários gastaram, em média, 113 minutos por mês ao telefone, segundo levantamento da consultoria Teleco.
Esse número revela um aumento de 28,4% na comparação com o mesmo período do ano passado.
"O crescimento é reflexo da estratégia das empresas em oferecerem promoções de minutos, de chamadas gratuitas e de ligações dentro da própria operadora", afirma Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco.
Na TIM, o aumento no período foi de 36,7%. A Vivo registrou alta de 29,2%, seguida pela Claro (16,3%).
"Como a receita média mensal por usuário não cresceu no terceiro trimestre, significa que, pelo mesmo preço, as pessoas estão falando mais", diz Tude.

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