terça-feira, dezembro 28, 2010

ILIMAR FRANCO

Perde e ganha 
Ilimar Franco 

O Globo - 28/12/2010

A ida do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), para o PMDB enfraquecerá o grupo de Jorge Bornhausen na briga interna que trava com o presidente do partido, deputado Rodrigo Maia (RJ). Em outra frente, porém, Bornhausen fincará um pé no PMDB, ou seja, na base do governo da presidente eleita, Dilma Rousseff. Kassab e Bornhausen jogam juntos.

DEM x DEM

Em um sinal dessa afinação com o PMDB, o líder do DEM, deputado Paulo Bornhausen (SC), anunciou na semana passada apoio à candidatura do deputado Marco Maia (PT-RS) à presidência da Câmara depois de se reunir com o líder peemedebista Henrique Alves (RN). O grupo de Rodrigo Maia reclama que não foi consultado sobre a decisão. Na briga interna, o grupo de Bornhausen aposta na radicalização e se articula para lançar a candidatura da senadora Kátia Abreu (TO) para a presidência do partido. O grupo de Maia apoia o senador José Agripino (RN), mas ele tem afirmado que só disputará se for candidato de consenso.

Saúde
Médica sanitarista e professora da Unicamp, Márcia Amaral assumirá a Secretaria Executiva do Ministério da Saúde na gestão de Alexandre Padilha. Também já foi definido o nome de Helvécio Magalhães na Secretaria de Atenção à Saúde.

Persona non grata
O presidente de Honduras, Porfirio Lobo, foi o único chefe de Estado não convidado para a posse da presidente eleita, Dilma Rousseff. O Brasil não reconhece as eleições realizadas naquele país, após a deposição de Manuel Zelaya.

Tucanos devem apoiar Marco Maia
Apesar da insatisfação com o anúncio feito pelo líder do PSDB, deputado João Almeida (BA), de apoio à candidatura de Marco Maia (PT-RS) à presidência da Câmara, e das conversas com Aldo Rebelo (PCdoB-SP), a tendência dos tucanos é mesmo apoiar o petista. “O respeito à proporcionalidade gera estabilidade”, disse o futuro líder do PSDB, Duarte Nogueira (SP). A atitude de Almeida foi considerada precipitada.

Cai um mito
Depois da disputa na base aliada por ministérios e agora por cargos no segundo escalão do governo Dilma Rousseff, o futuro ministro das Relações Institucionais, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), comentou: “Desfezse um mito criado por (Leonel) Brizola, que dizia que o melhor momento de um político é entre a eleição e a posse”. Ele tentou minimizar as insatisfações: “Em um primeiro momento de composição de governo é natural não atender todas as expectativas”.

DNIT. Em conversa com o senador eleito Blairo Maggi (PR-MT), Dilma Rousseff confirmou a permanência de Luiz Antonio Pagot na direção do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

RATEIO. Na divisão de cargos acordada pelos governadores do Nordeste, a Codevasf ficará na cota do governador do Piauí, Wilson Martins (PSB).

O PT montará seis barracas na Esplanada dos Ministérios, na posse de Dilma Rousseff, para orientar seus militantes e distribuir 100 mil bandanas e bandeirinhas do partido.

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