Festa no PMDB Ilimar Franco O principal aliado do PT nas eleições presidenciais, o PMDB, festejou ontem, numa reunião em Brasília, o fato de a eleição ter ido para o segundo turno. Eles se sentem anabolizados. O vice Michel Temer ganhou novo papel, articulando o apoio para Dilma Rousseff da ala do PMDB vítima do PT, que deixou de cumprir vários acordos estaduais. Em voz baixa, dirigentes do PMDB repetiam: “Está provado, o eu sozinho não ganha eleição.” Movimento de mulheres cobra Estado laico Diante das concessões feitas a grupos religiosos, no tema do aborto, integrantes do movimento de mulheres cobram dos candidatos a defesa do Estado laico. “A forma que o aborto está sendo tratado é a pior possível, descontextualizada da política de saúde e pautada por grupos religiosos fundamentalistas”, critica a socióloga Maria José Nunes, do grupo Católicas pelo Direito de Decidir. Para ela, o debate sobre a legalização do aborto deve ser deixado para o Congresso. “Não nos interessa a opinião pessoal de Dilma e de Serra. O que me interessa é a política de saúde em suas propostas de governo”, afirmou a socióloga. O fantasma do Lula inibiu muita gente nossa. Agora, eles estão livres, têm que vestir a camisa” — Sérgio Guerra, presidente do PSDB e senador (PE) TAPAS E BEIJOS. Derrotado em sua campanha à reeleição, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) disse ontem, em seu discurso, que enfrentou uma disputa duríssima, mas que, se José Serra for eleito, vai se sentir mais vitorioso do que se tivesse sido ele próprio. “Somos amigos, do ponto de vista pessoal. Do ponto de vista político, o Tasso reclama um pouco de mim”, disse Serra, que se levantou para abraçar o correligionário. Audacioso O tucano José Serra ligou ontem para o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN). Pediu seu apoio para o segundo turno. Garibaldi respondeu: “Não posso trair o Michel Temer, vou ficar com a Dilma.” Michel é vice de Dilma e presidente do PMDB. Neutro Governador eleito de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), acompanhado de Michel Temer, esteve ontem c om Dilma Rousseff. Puccinelli, que apoiava Serra, acertou que não vai se meter no segundo turno da eleição. PT vai ceder no Código Florestal Para garantir o voto verde no segundo turno, a campanha de Dilma Rousseff vai se comprometer com a implosão dos artigos que desfiguram o Código Florestal, na opinião de ambientalistas. Dilma pode defender também políticas nacionais de emprego verde e da reforma tributária verde. As propostas que serão adotadas estão sendo fechadas pelo presidente do PT, José Eduardo Dutra, o ministro Alexandre Padilha e o ex-ministro do Meio Ambiente Carlos Minc. O DEM manteve sua raça Diante das circunstâncias adversas para a oposição nestas eleições, o DEM está comemorando seu desempenho nas urnas. O presidente Lula não conseguiu acabar com o partido. O DEM manteve-se como a quarta bancada na Câmara e conquistou dois governos estaduais. Ele só perdeu força mesmo no Senado, mas conseguiu preservar o mandato do líder José Agripino (RN). “O presidente, Rodrigo Maia, passou no teste das urnas”, avalia o deputado ACM Neto (BA). O PRESIDENTE Lula está insatisfeito com o marketing da campanha de Dilma Rousseff. Disse que está despolitizado, distante do povo e do PT. O MINISTRO Alexandre Padilha (Relações Institucionais) entra de férias hoje. Ele vai se dedicar integralmente à campanha presidencial. O DEPUTADO federal eleito Anthony Garotinho (PR-RJ) foi acionado para ajudar Dilma Rousseff junto aos evangélicos. O vice Michel Temer (PMDB) o procurou primeiro, depois foi a vez do ex-prefeito Fernando Pimentel (PT). Ele desembarca hoje em Brasília. |
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