domingo, setembro 19, 2010

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

Cresce aporte da Previ em "private equity"
Maria Cristina Frias

FOLHA DE SÃO PAULO - 19/09/10

A Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil) estima chegar ao fim deste ano em R$ 1 bilhão de capital comprometido no InfraBrasil, fundo de investimento em participações e outros dez fundos de "private equity" e "venture capital".
Esses fundos compram empresas emergentes com potencial de crescimento.
A alocação de recursos para 2011 ainda não foi definida, mas a expectativa da Previ é aumentar 20%.
Até agosto, a posição de capital comprometido alcança R$ 825 milhões, ante R$ 520 milhões em 2009.
Para o presidente da Previ, Ricardo Flores, "a participação em fundos de "private equity" e "venture capital" [em capital de risco] é importante para diversificar o portfólio de investimentos da Previ, e o desenvolvimento sustentável da economia, especialmente em infraestrutura, onde estarão as maiores necessidades de investimento".
O foco de investimento agora é saúde e infraestrutura. "A Previ tem evitado investir em setores em que já possui grande exposição, como em mineradoras", diz.
Investimentos têm dado resultado após quatro dos 15 anos previstos para duração do fundo, de longo prazo.
A Renova Energia, de energia renovável, e a Haztec Tecnologia e Planejamento Ambiental, de tratamento de resíduos, superaram expectativas do fundo.
A Renova, que começou com uma PCH (Pequena Central Hidrelétrica), tem hoje no portfólio três PCHs e parques eólicos. A Haztec é líder do setor no Rio de Janeiro.
O investimento da Previ no setor, que tem ido para infraestrutura, logística, energia, saneamento, agronegócio, TI, educação, meio ambiente e construção civil, atingirá os R$ 7 bilhões até 2015, segundo o fundo.

PARA UM JOVEM ECONOMISTA

Antonio Delfim Netto, professor emérito da FEA-USP e ex-ministro

Ayrton Vignola-11.mai.09/Folhapress

"Ninguém escolhe a profissão. Ela nos escolhe", diz Antonio Delfim Netto. A seguir, seus conselhos a iniciantes em economia: "Desconfie de quem se pretende portador de única e verdadeira ciência econômica. Esta não existe, o que não significa que nosso conhecimento seja dispensável. Não aceite sem crítica as "escolas" da macroeconomia; elas têm boa dose de ideologia. Prepare-se bem. Comece por um livro sobre a evolução do homem para entender como foi descobrindo, quase por seleção natural, a organização econômica. Estude matemática para não ser enganado e inglês para entrar no contexto. Não descuide de história, geografia, história do pensamento econômico, ciências sociais e microeconomia. Para entender a riqueza do que vai adquirir, exercícios de "The Applied Theory of Price", de D.N.McCloskey."
Livros: "Esqueça os intermediários. Comece por Adam Smith e Marx. Incorpore-os. Depois, use o seu espírito crítico para os metabolizar".

ALTA NO ALUGUEL
Os contratos de locação realizados em agosto na cidade de São Paulo registraram aumento médio de 1,3% em relação a julho. Essa foi a segunda maior alta do ano, de acordo com o Secovi-SP (sindicato de habitação).
O acumulado dos últimos 12 meses é de 11,4%, superior ao IGP-M, que alcançou 6,99% no período. As residências de três dormitórios tiveram as maiores elevações (2,5%) e as de um quarto tiveram as menores (0,5%).

Novos quartos O Grupo Tauá vai investir R$ 18 milhões na ampliação de dois de seus hotéis. O de Atibaia (SP) terá mais 144 apartamentos e o de Caeté (MG) receberá mais 97 novas acomodações até julho do ano que vem.

Negócios Empresas com escritórios no Brasil e maior índice de nacionalização terão prioridade como fornecedoras da Petrobras, diz Luiz Zanutto, da dinamarquesa Danfoss. Atento ao mercado, o Príncipe Joachim, da Dinamarca, veio ao país na semana passada e se encontrou com a estatal.

ZOOM NA MESA
Marcos de Oliveira, presidente da Ford no Brasil

Há 25 anos na Ford, Marcos de Oliveira, presidente da empresa coleciona carrinhos da marca.
"As miniaturas fazem parte de uma coleção montada ao longo da minha vida. Algumas compradas, outras ganhas."
Todas vieram na mala quando Oliveira voltou ao Brasil em 2006, após mais de dez anos morando nos Estados Unidos, no México e na África do Sul.

com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e FLÁVIA MARCONDES

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