terça-feira, julho 27, 2010

PAINEL DA FOLHA

Supletivo 
FOLHA DE SÃO PAULO - 27/07/10


Faltando nove dias para o primeiro debate dos candidatos na TV, a ex-ministra Dilma Rousseff tem se valido de longas conversas com seus ex-colegas de Esplanada para se atualizar e juntar munição sobre temas considerados estratégicos. No fim de semana, a petista esteve com José Gomes Temporão (Saúde) e Luiz Paulo Barreto (Justiça). Também já passaram pela “sabatina” Fernando Haddad (Educação) e Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário). O PT acredita que o “intensivão” turbinará o desempenho da candidata, acusada pelos adversários de fugir dos debates. As conversas com ministros de Lula também servem para fechar o plano de governo da petista. 

Hora extra - Integrantes do PT negam uso da máquina e afirmam que as conversas têm ocorrido fora do horário do expediente na Esplanada. A estratégia de fazer um mutirão de ministros para atualizar Dilma sobre os dados do governo havia sido anunciada há um mês por auxiliares de Lula.
Lost - Segundo assessores da campanha petista, que tratavam o tema como segredo de Estado, Dilma “desapareceu do mapa” ontem para gravar em Luziânia e Cristalina (GO). As cenas serão usadas no programa de TV, que começa em agosto. Hoje, a agenda traçada pelo marqueteiro João Santana prevê gravação em Ipojuca (PE). 
Favorito - Do ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), recomendando no Twitter pessoal que as pessoas acompanhassem o Twitter da própria pasta que chefia: “Ok, a dica é suspeita. Mas continua sendo boa...” 
Eu vi - Defensor da Renda Básica da Cidadania, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) afirma ter avisado em 11 de julho ao PT sobre o equívoco no programa de governo de Dilma, que citava outra lei ao prometer implantar a medida. Até ontem, entretanto, o site oficial da candidata mantinha o dado errado. 
Ofensiva - A campanha de José Serra (PSDB) tem identificado necessidade de dar atenção especial ao Amazonas, há tempos considerado um dos Estados mais problemáticos para o tucano diante da falta de palanque de sustentação. A ofensiva contará com visita de Serra a Manaus e com a reafirmação de sua proposta de fortalecer a Zona Franca. 
Palanque - Quem percorreu os principais pontos de Belo Horizonte nos últimos dias teve dificuldade de encontrar material de campanha associando a imagem da dupla Aécio Neves e Antonio Anastasia, candidatos tucanos ao Senado e ao governo, à do presidenciável José Serra (PSDB). Ontem Aécio disse estar se empenhando pela candidatura presidencial. 
Pedido - Até ontem a corregedoria da Receita Federal não tinha respondido formalmente ao pedido da Polícia Federal de compartilhamento de dados do caso Eduardo Jorge (PSDB). Se até amanhã nada acontecer, a PF promete acionar a Justiça.
Cenários 1 - Detalhamento do Datafolha mostra que a dianteira de Germano Rigotto (PMDB, 41%) ao Senado no Rio Grande do Sul é puxada pelo interior do Estado: 45% contra 38% na capital. Embora dentro da margem de erro, o desempenho numérico de Paulo Paim (PT, 37%) é inverso: 37% no interior e 42% em Porto Alegre. 
Cenários 2 - Essa segmentação do eleitorado se repete no Paraná, onde Roberto Requião (PMDB, 50%) alcança 55% no interior, contra 38% na região metropolitana. Gleisi Hoffmann (PT, 28%) tem 44% na capital. 
Tiroteio
Para selecionar cidade beneficiada por computador, Lula usou o mesmo critério adotado para escolher sua candidata: o ego. 
DO DEPUTADO RAUL JUNGMANN (PPS), sobre a frase do presidente de que Caetés (PE), onde nasceu, foi incluída no programa “Um Computador por Aluno” devido ao “critério Lula”.
Contraponto
Corrente 
Na passagem por Maringá (PR), no fim de semana, o candidato José Serra (PSDB) foi cumprimentado por um pastor da Igreja Batista que disse ser seu admirador. O religioso afirmou ao tucano que, sempre que pode, fala bem dele aos amigos. Mas ressaltou que não pede voto durante as celebrações religiosas. Um tanto resignado, Serra brincou: 
- Só espero então que seus amigos não façam segredo disso!

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