quinta-feira, junho 03, 2010

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RENATA LO PRETE

FOLHA DE SÃO PAULO - 03/06/10

Arquivada a hipótese Aécio Neves, a busca por um vice para José Serra, objeto de reunião ontem entre o ex-governador mineiro, FHC e os senadores Tasso Jereissati e Sérgio Guerra, caminha por duas vertentes principais: a escolha de um tucano, solução na qual o nome de Guerra desponta como o mais provável, ou a saída Francisco Dornelles (PP). Esta se tornou mais distante depois da atuação do senador para desidratar o projeto da "ficha limpa" e com a subida de Dilma Rousseff (PT) nas pesquisas, que deixou os pepistas mais refratários à ideia de se desgarrar da candidatura do governo. Mas a proposta não está descartada.


Na real 1 Há ainda a possibilidade de dar a Serra um vice do DEM, mas esta, sem prejuízo dos vários nomes colocados à mesa, é a mais improvável das três.

Na real 2 O DEM tentará marcar posição no debate sobre o vice, mas a verdade é que as diversas alas do partido acham melhor ver um tucano do que um adversário interno nesse posto.

Não é... O Ibope sobre a sucessão em Minas encomendado pelo PMDB desautoriza a tese, difundida por Hélio Costa, segundo a qual seu insucesso eleitoral anterior não se repetirá, pois Lula transfere mais votos do que Aécio Neves no Estado.

...bem assim Segundo a pesquisa, 46% dos eleitores mineiros "com certeza votariam" no candidato a governador apoiado pelo tucano, e 31% "poderiam votar". No caso de uma indicação feita pelo presidente, 40% "com certeza votariam", enquanto 35% "poderiam votar".

Muro O presidente do PMDB, Michel Temer, ouviu ontem do deputado Ibsen Pinheiro e de outros peemedebistas gaúchos que, não obstante o flerte com Serra, o partido ficará oficialmente neutro no Estado.

Estica Num encontro em Brasília, PT, PDT e PMDB acertaram que suas convenções no Paraná serão empurradas para o último final de semana do mês. O senador pedetista Osmar Dias, que negocia também com os tucanos, espera ser o candidato ao governo num consórcio dos três partidos. Eles fazem cálculos sobre a viabilidade de aliança também na eleição proporcional.

Em círculos 1 Em reunião com Serra na madrugada de ontem, o governador Leonel Pavan (PSDB) aceitou desistir da eleição se Raimundo Colombo (DEM) ou Eduardo Pinho (PMDB) toparem recuar em benefício de palanque um único para o tucano em Santa Catarina. Ocorre que o ex-senador Jorge Bornhausen só dará ok se o escolhido for Colombo.

Em círculos 1 No encontro, Serra ainda elogiou Ângela Amin (PP), cujo apoio é cobiçado também por Dilma.

Day after O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, fez na terça-feira uma rara visita ao TCU, órgão que apontou indícios de irregularidades várias em obras da estatal, depois liberadas por uma canetada do presidente Lula. Gabrielli entregou documentos relativos às obras questionadas e propôs que o tribunal e a Petrobras estabeleçam uma cooperação técnica para o acompanhamento de pendências futuras.

QI 1 Com menos de quatro anos de Itamaraty, Bertha de Melo Gadelha será despachada para a embaixada do Brasil em Paris, endereço raramente ao alcance de diplomatas em início de carreira. Ela é filha do deputado Marcondes Gadelha (PSC-PB), membro da Comissão de Relações Exteriores da Câmara.

QI 2 Assinada pelo chanceler Celso Amorim no dia 7 de maio, a transferência de Bertha se deu fora do plano semestral de remoções do Itamaraty. Também diplomata, o noivo da jovem, Rodrigo Moraes Abreu, foi designado para servir na mesma cidade, na delegação do Brasil junto à Unesco. Os dois se casarão neste sábado.
com SILVIO NAVARRO e LETÍCIA SANDER

tiroteio

A frase do Virgílio Guimarães pode perfeitamente ser lida ao contrário. Afinal, foi ele quem levou Marcos Valério ao PT.
DO DEPUTADO JOSÉ CARLOS ALELUIA (DEM-BA) sobre declaração do petista mineiro, segundo quem o dono da Dialog, Benedito Oliveira, que circula no QG da campanha de Dilma, não deve ser comparado ao pagador do mensalão.

contraponto

Passagem de som

Ao receber Orlando Pessutti (PMDB), Lula se interessou pelos dotes musicais do governador do Paraná, que cantou até na própria posse.
O presidente contou que costumava entoar "Massa Falida" em portas de fábrica, e o convidado falou de sua afeição por "Tocando em Frente", de Almir Sater. Assim começou o dueto:
-Ando devagar porque já tive pressa, levo esse sorriso porque já chorei demais...

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