segunda-feira, maio 17, 2010

CLÁUDIO HUMBERTO


Silêncio da Receita confirma violação

Uma semana após a denúncia da violação do sigilo fiscal de oficiais do Exército, a Receita Federal não se pronuncia sobre o assunto, nem mesmo para tentar negá-lo. Nos meios militares, essa atitude tem sido considerada a confirmação da notícia. A violação foi ordenada pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República à Coordenação-Geral de Pesquisa e Investigação da Receita.


Bicos calados

Desde o início, esta coluna pediu explicações aos envolvidos na quebra de sigilo: GSI, Ministério da Fazenda, Receita Federal. Todos se calaram.


Ele se deu mal

O general Jorge Félix, ministro-chefe do GSI, negou a violação de sigilo ao Comando do Exército, mas o comprovante da Receita a confirmou.


Alvos e autoria

O documento da Receita, obtido pela coluna, prova que o GSI mandou fazer a investigação e lista os alvos: quatro generais e dois coronéis.


Não é novidade

A investigação fiscal sem ordem judicial foi do grupo "Alfa 1", designado na Receita para prestar esse tipo de serviço à Presidência da República.


Lobby quer mais

É inesgotável a imaginação e insaciável a gula do lobby dos cartórios no Congresso. Agora bolou um projeto destinado a encarecer o "custo Brasil" e atormentar ainda mais o cidadão com burocracia inútil. Entre outras barbaridades, prevê que fazendeiro do Acre, por exemplo, que comprar terras no Pará financiado por banco sediado em São Paulo, seria obrigado a registrar o negócio em cartórios dos três estados.


Como é hoje

Atualmente, o registro da compra em cartório é obrigatório apenas no estado onde se localiza o imóvel.


Presepada

Para obter cédula de crédito, hoje, o interessado negocia com o banco, assina e nada mais. Os lobistas querem obrigar o registro em cartório.


Estranho, é

Espanta a velocidade de tramitação de projetos de interesse do lobby dos cartórios na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.

Não se amam

O presidente da ECT, Carlos Henrique Custodio, sonha com a demissão do diretor de Operações, Marco Antônio de Oliveira, e é correspondido. E a corporação sonha com a demissão dos dois.


Campanha

Segundo a ONG Transparência Brasil, foram gastos R$ 1,57 bilhão nas campanhas de 2006, um aumento de 130% em relação a 2002. Se neste ano o crescimento for igual, devem ser gastos R$ 3,6 bilhões.


Gastos

O PSDB foi o partido que mais gastou nas eleições de 2006: R$ 328 milhões, seguido pelo PMDB (R$ 284 milhões) e PT (R$ 250 milhões), diz o site Às Claras. Valores contabilizados, oficiais. Já o "por fora"...


Alô, MP

Segue inabalável na Fundação Sanepar de Previdência (Fusan) o prestígio da empresa Quality (que mudou de nome para "Infinity", após ser mencionada em denúncias no Congresso). A empresa atua na gestão de recursos de aposentados do Estado do Paraná.


Queria ser vice

O deputado José Guimarães (PT-CE), irmão de José Genoino, deve ser bem votado na candidatura à reeleição, mas ele queria mesmo era ser o vice de Cid Gomes, no Ceará. Mas foi preterido ainda por causa do flagrante da Polícia Federal do seu assessor com dólares na cueca.


Consumado

A Executiva nacional do PMDB vai "pré-oficializar" amanhã a indicação do deputado Michel Temer para ser o vice de Dilma Rousseff. O partido tenta criar o fato consumado para evitar surpresas na convenção.


Terror

Em Brasília, o sindicato dos servidores jogou combustível na entrada do prédio do FNDE, do MEC, ameaçando atear fogo nos servidores que "desobedeçam" a "ordem" de greve. A polícia fingiu que não viu.


FRASE DO DIA


"Precisa ver se é corte de verdade ou espuma"

PODER SEM PUDOR

Questão de estilo
O jornal denunciava que um funcionário da prefeitura paulista usava carro oficial em tarefas particulares, mas o chefe dele na administração regional da Lapa decidiu não exonerar o espertinho. O telefone toca em seguida:
- Vocês são uns bundões - esbravejou a petista, do outro lado da linha.
Era Luiza Erundina, a prefeita de São Paulo.

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