quarta-feira, abril 07, 2010

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

Venda de sobra de energia avança no governo 

Folha de S.Paulo - 07/04/2010

O consumidor livre -aquele que consome grande volume de energia elétrica e que é livre para escolher o seu fornecedor- poderá em breve ter o direito de negociar livremente o excedente de energia que contratou mas não conseguiu usar.

O senador Renato Casagrande (PSB-ES), autor do projeto de lei 402/09 -que libera consumidores livres a negociarem a energia ociosa dos contratos fechados no mercado livre-, prevê que até junho o projeto seja aprovado no Senado.

Em fevereiro, a Comissão de Assuntos Econômicos aprovou o parecer sobre o projeto, que agora está em trâmite na Comissão de Infraestrutura.

Atualmente, o consumidor livre não pode vender a energia não consumida a um terceiro agente. A parcela não utilizada é liquidada pela CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) e valorada segundo o PLD (Preço de Liquidação das Diferenças) vigente na semana.
"No PLD, os preços tendem a ser mais baixos e imprevisíveis. O consumidor não tem como prever a receita com a venda no mercado "spot'", diz Paulo Pedrosa, presidente da Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia).

A aprovação do projeto, segundo Pedrosa, irá aumentar a eficiência do setor elétrico, contribuindo para ampliar a oferta futura de energia, com contratos de longo prazo.

A liberação é reivindicação antiga do setor, que foi agravada nos piores meses da crise, quando os excedentes de energia alcançaram o pico de 1.024 MW em dezembro de 2008, devido à redução natural do consumo por conta da queda da atividade econômica.

Além do projeto de lei, uma portaria do Ministério de Minas e Energia que regulamenta a venda do excedente foi a consulta pública e pode sair antes do projeto, dizem agentes do mercado. O ministério informa que trabalha atualmente na regulamentação das diretrizes.

"A iniciativa da portaria é correta, mas há alguns pontos, como a vinculação ao prazo do contrato, que poderiam ser ajustados", diz Paulo Mayon, da Compass Comercializadora.

Presidente da Continental vem ao Brasil

Jeff Smisek, o novo presidente da Continental Airlines, vem ao Brasil em maio para a cerimônia que marcará a entrada da TAM na Star Alliance, rede da qual a Continental faz parte.

Smisek assumiu o posto em janeiro e ganhou fama ao anunciar que não receberia remuneração alguma até que a companhia voltasse ao azul. "Viramos especialistas em perder dinheiro. Isso vai acabar", disse Smisek à Folha, em Houston, no início deste ano.

Uma das principais estratégias de Smisek, para reverter mais de US$ 1 bilhão em prejuízo acumulado desde 2001, é aumentar o número de serviços pagos.

Desde que assumiu, a companhia já aumentou tarifas para o transporte de uma segunda bagagem e também a cobrança por comida à bordo. Nas salas vips, bebida alcoólica de segunda linha é gratuita, mas quem quiser uísque ou vinho de qualidade tem de pagar..

Quarta maior companhia dos EUA, a Continental afirma que a mudança da rede de alianças Sky Team para a Star Alliance também vai aumentar o tráfego e ajudar a alcançar a rentabilidade.

TUDO NOVO DE NOVO

Nascida nos Estados Unidos, a TerraCycle está à procura de parceiros no Brasil para dar um destino a embalagens que não são facilmente recicláveis, como aquelas de petiscos, salgadinhos e chocolates. "Esse é um grande problema no mundo todo", diz Guilherme Brammer, presidente da empresa no Brasil. As atividades no país começaram, há cerca de seis meses, com a PepsiCo -a empresa financia o trabalho.

A coleta do lixo é realizada por voluntários, que se cadastram no site da TerraCycle e formam equipes nos seus locais de trabalho e condomínios.

As embalagens são enviadas pelo correio, com porte pago. Separadas, pesadas, rendem R$ 0,02 cada uma para uma entidade social que a equipe queira ajudar. Esse dinheiro fica acumulado na "conta" dos voluntários, os quais de seis em seis meses pedem que o cheque seja enviado à instituição. "Existe uma auditoria para saber como os recursos são empregados", afirma o presidente da empresa.

RECEITA
Um dos grandes alvos do movimento de consolidação por que tem passado o varejo brasileiro, as redes de farmácias no Brasil apresentaram um reajuste ainda pequeno em seu ranking de 2009. A cearense Pague Menos foi líder em faturamento pelo segundo ano consecutivo, seguida por Drogasil (SP), Drogaria São Paulo (SP), Pacheco (RJ) e Droga Raia (SP), de acordo com a lista que será divulgada hoje pela Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias). No ranking que considera o número de lojas das associadas, a fluminense Pacheco foi a primeira colocada, à frente de Pague Menos, Droga Raia, Drogasil e Panvel (RS).

NA LINHA
Está na mesa do conselho da Nextel a proposta da subsidiária brasileira contendo o preço máximo que ela pretende pagar para levar as últimas frequências 3G (telefonia de terceira geração) no país. A venda será feita pela Anatel no final deste mês e deve contar com a participação de pelo menos três operadoras que hoje não atuam nesse segmento. A confirmação da Nextel é do presidente da companhia no Brasil, Sérgio Chaia. Ele não revela os valores, mas afirma que a companhia será agressiva nesse leilão.

TONELADA
A venda de ovos nesta Páscoa alcançou mais de 100 milhões de unidades, o equivalente a 25.500 toneladas de chocolate e 15% mais do que no mesmo período do ano passado, segundo a Apas (Associação Paulista de Supermercados).

ENXURRADA
A Petrobras dispensou os funcionários do prédio administrativo do Maracanã ontem, devido à dificuldade de acesso ao bairro por conta das chuvas no Rio. Não foram alterados a operação na refinaria e o abastecimento dos postos, diz a empresa.

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