domingo, abril 18, 2010

ARI CUNHA

Livro de Jarbas Passarinho
ARI CUNHA 

CORREIO BRAZILIENSE - 18/04/10


Amazônia, patrimônio universal?, é o título. Vê-se preocupação legítima sobre o destino da Amazônia, onde há quem pense em administração internacional. Espanhóis não se interessavam por descer dos Andes e penetrar na floresta inóspita. Um índio brasileiro chega aos espanhóis no sopé dos Andes portando pepitas de ouro. Abriu os olhos dos espanhóis. Encontraram um índio besuntado em óleos aromáticos com o corpo coberto de fina poeira aurífera. Mergulhava nas águas do rio imenso cantando e levando oferenda aos deuses. Capitão Fawry, da Marinha americana, defendia a polêmica abertura do Rio Amazonas à navegação estrangeira. O capitão tinha memorando destinado à descolonização do Brasil. Era o ano de 1816. No final das operações, a América do Sul estaria redesenhada. Os vice-reinados hispânicos dariam lugar a nações republicanas. A Venezuela seria incorporada à Grã-Colômbia. Não existiria mais a Bolívia anexada ao Peru vizinho ao Chile e Paraguai. O Amapá seria destinado à ocupação da França por extensão da Guiana Francesa. A Ilha do Marajó seria base naval americana. Ilha de Catarina, hoje Florianópolis, passava a ser ocupação britânica, assim como Caplatina (Uruguai) protetora do britânico. Há histórias fantásticas no livro. Jarbas Passarinho, que sempre foi observador, revela anotações de suas leituras da história. Amazônia, patrimônio universal? traz a história de como eram o Brasil e o universo sedento de poderes.


A frase que não foi pronunciada

“Dá para voltar à natureza sem ir para trás?”
Resposta que será pronunciada pela candidata Marina Silva.



Novo nome
No Hospital Sarah há um texto dando conta de que agora se chama Centro Internacional de Neurociência e Reabilitação. Verdade é que hospitais Sarah não descansam nunca. E acompanham o que há de modernidade na medicina. Sob a presidência da dra. Lúcia Willadino Braga e com o dr. Campos da Paz como cirurgião-chefe, a casa está sempre acompanhando o que de moderno surge na profissão de ambos.

Buraco
Na avenida do Lago Norte surgiu a Quituarte. Houve progresso e se projetou na comunidade. A planta da nova sede não foi aprovada. A obra não contou com os limites do gabarito. Está na Justiça. Em havendo posterior decisão da Justiça, o vão da construção seria posto à disposição dos proprietários. Pior é o buraco em exposição. Mal falado, não cai no gosto de quem melhor pensa.

Valverde I
Uma estação ecológica passa às mãos do governo de Rondônia. Além da preservação, a União autoriza atividades científicas na área, que fica na fronteira. Forças Armadas e Polícia Federal têm livre trânsito. O deputado Eduardo Valverde foi o relator do projeto.

Valverde II
Vale muito mais manter as infrações e pagar indenizações e acordos do que deixar de receber cobranças ilegais. Assim agem as campeãs de reclamação no Procom. O juiz Hector Valverde quer acabar com as facilidades da prática abusiva contra o consumidor, aprimorando o Código de Defesa.

Riquezas
Pesquisas estimuladas em acordo entre Botsuana e Brasil. O intercâmbio entre os dois países, com ênfase na educação, foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Gaborone é a capital de Botsuana, na África. Botsuana é conhecida no exterior como um dos maiores extratores de riquezas minerais como diamantes, níquel e cobre.

Mudanças
Pedofilia e crimes contra a vida terão penas mais duras. Não tem sentido agentes de crimes hediondos serem agraciados com indulto, anistia, fiança ou progressão do regime de cumprimento de pena. A decisão foi tomada pelo mesmo STF que hoje questiona o sistema que libertou o maníaco de Luziânia. O deputado Sabino Castelo Branco defende a prisão perpétua para esse tipo de condenado.

Estúpido
Hoje, o que acontece é que o contribuinte banca a hospedagem dos criminosos irrecuperáveis que fogem com o consentimento da Justiça em datas comemorativas ou passam o dia passeando para voltar à cadeia à noite.

Bigode
Senador José Sarney fez cirurgia no lábio superior. Tornava-se necessário raspar o bigode. Sarney pôs pé firme. Indagado por um chargista sobre a razão de tanto cuidado, Sarney pensou rápido na resposta: “Eu sempre alimento suas charges”.

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