quarta-feira, março 10, 2010

NELSON DE SÁ - TODA MÍDIA

Agora, Hollywood


FOLHA DE SÃO PAULO - 10/03/10



No dia seguinte ao anúncio da retaliação pelo Brasil, a Reuters destacou a crítica da Câmara de Comércio dos EUA ao governo Obama, por não evitar a decisão brasileira. Citando outros casos, o lobby empresarial disse que, "para o bem dos trabalhadores americanos, não podemos permitir que surja um padrão em que a inação de Washington arrisque emprego".
A AFP acrescentou que o senador republicano Mike Johanns, ex-secretário da Agricultura, alertou contra a "escalada" na disputa comercial: "Vocês ficariam chocados com quanto apoio internacional o Brasil conta. Se formos nesta direção [da escalada], o Brasil terá muitos amigos". Por outro lado: "Preparem-se, eles vão pegar os setores mais sensíveis".

Por fim, a Bloomberg noticiou, sob o título "Brasil vai mirar filmes americanos", que, segundo uma fonte no governo brasileiro, o país já "planeja violar direitos de propriedade intelectual de cinema".
O PRIMEIRO
Com a foto acima e a manchete "Escolhendo uma briga", a home da "Economist" destacou a retaliação como mais um passo na longa disputa. Mas sublinhou que, se chegar aos "direitos intelectuais", como ameaça, "o Brasil será o primeiro a fazê-lo" com "permissão da OMC".
SEM GUERRA
Em manchete, a Folha Online noticiou ontem que, segundo o ministro Miguel Jorge (Desenvolvimento), o secretário do Comércio dos EUA "disse que não interessa ao seu país entrar em guerra comercial com o Brasil".
EM BREVE
Também em destaque, o Valor Online postou ontem que o secretário Gary Locke "garantiu que, em breve, o governo de Barack Obama fará uma boa proposta de negociação com o Brasil em torno do caso".
"TERRORISMO"
No "JN" de anteontem, "imposto pode ter impacto sobre preço de pães". No "Jornal da Globo", "pãozinho de cada dia pode ficar mais caro". E por aí foi, até o ministro da Agricultura responder, por toda parte, que "falar em aumento do pãozinho é terrorismo"

LULA E A GUERRA
A americana Associated Press fez longa entrevista com Lula. Nos primeiros despachos, "Silva para de fumar após 50 anos" e "Presidente faz planos para a final da Copa". Depois, no texto reproduzido por "New York Times" etc., "Silva diz que sanções ao Irã são perigosas".
Nas palavras do próprio: "Nós não queremos repetir no Irã o que aconteceu no Iraque. Não é prudente para o mundo... Uma guerra tem de ser evitada a todo custo. A quem interessa uma guerra?". No Brasil, o despacho ecoou sob outro foco, "Greve de fome não é válida para libertar dissidentes, diz Lula", na manchete on-line de "O Estado de S. Paulo".
"NYT" E O IRÃ
O jornal americano vem publicando uma escalada de reportagens sobre o risco iraniano. No título do dia, "Para o Irã, enriquecer urânio é cada vez mais fácil".
O PRIMEIRO
A agência de notícias JTA, judaica, destacou ontem a viagem de Lula ao Oriente Médio, na semana que vem. "Será o primeiro presidente brasileiro a visitar Israel."
DA CIA
A agência indiana PTI despachou e os sites dos jornais do país destacaram que, ontem em Washington, o diretor da CIA, Leon Panetta, "alertou a Índia e o Brasil de que os dois países enfrentam 'ameaças crescentes' da Al Qaeda e do Taleban, indicando a necessidade de uma cooperação maior na troca de inteligência".
Isso, afirma o órgão americano, "embora os grupos terroristas estejam em fuga devido à extrema pressão exercida no Afeganistão e no Paquistão".

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