sexta-feira, março 05, 2010

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

SP dará crédito "verde" para empresas 


Folha de S.Paulo - 05/03/2010


A Nossa Caixa Desenvolvimento, agência de fomento paulista, lançará novas linhas de financiamento no valor de R$ 1 bilhão, no próximo dia 15.

O alvo da Linha Economia Verde são pequenas e médias empresas interessadas em crédito para projetos, como troca de máquinas e equipamentos, que ajudem as companhias a reduzir emissões de gases de efeito estufa.

As empresas beneficiadas devem ser privadas, com faturamento anual entre R$ 240 mil e R$ 100 milhões.

O presidente da Nossa Caixa Desenvolvimento, Milton Luiz de Melo Santos, disse que ainda não pode antecipar as condições de financiamento, mas que os juros e os prazos serão melhores do que os praticados atualmente pelo mercado.

"A operação é feita diretamente para a empresa, sem intermediação de um banco, que cobraria uma taxa pelo risco [da transação]", afirma.

Entre os setores que podem solicitar crédito da Linha Economia Verde estão agroindústria, transportes, saneamento, energias renováveis, eficiência energética, recuperação florestal, construção, entre outros.

As empresas em São Paulo devem cortar emissões em 20%, de acordo com lei estadual, de novembro. Os financiamentos também vão contribuir para elaboração de inventário de emissão de gases e de projetos de MDL (mecanismo de desenvolvimento limpo).

"Precisa fazer inventário para detectar quem emite mais."

JUÍZES DE NEGÓCIOS

"A economia brasileira está crescendo cada vez mais rápido e as empresas não podem perder tempo nos negócios." Essa é a afirmação do secretário-geral-adjunto da Câmara Arbitral de Milão (Itália), Rinaldo Sali, que está no Brasil para trocar informações e sugestões de cooperação com o Centro de Arbitragem e Mediação da Câmara de Comércio Brasil-Canadá. "O potencial da arbitragem no Brasil é muito grande", diz. Ao traçar um paralelo entre a Itália e o Brasil, Sali vê similaridade entre as câmaras dos dois países, como os problemas de demora na justiça. "Com a arbitragem é possível ganhar tempo e dinheiro, além da competência dos árbitros, que são especializados no assunto, e da flexibilidade do processo", afirmou. Além de Milão, a Câmara de Comércio Brasil-Canadá já fechou convênios com entidades de Lisboa e Santiago. No país, os principais assuntos tratados na arbitragem são das áreas de direito societário, fusões e aquisições e contratos de construção de grandes obras, segundo Frederico Straube, presidente do Centro de Arbitragem.

SANTOS EM ALTA
Os preços de venda de imóveis corporativos em Santos variam de R$ 800 a R$ 2.450 o metro quadrado, segundo estudo da consultoria Binswanger Brazil. A valorização é puxada pelos investimentos da Petrobras em um centro de operações no município, que causou o aquecimento do mercado e a consequente falta de espaços, segundo Rafael Camargo, executivo da Binswanger.

PRODUÇÃO
A Mercedes-Benz confirma hoje novos investimentos e aumento da capacidade de produção da fábrica de São Bernardo do Campo (SP).

SINO
O presidente da TIM Brasil, Luca Luciani, toca hoje o sino de fechamento da Nyse, para marcar os 12 anos em que os papéis da operadora são negociados na Bolsa.

DAS ANTIGAS

A seguradora Mongeral Aegon comemora 175 anos em 2010. "É a quarta empresa mais antiga do Brasil, que não sofreu descontinuidade nem quebra", diz Helder Molina, presidente da companhia.

No ano passado, a seguradora associou-se à Aegon, uma das grandes dos EUA. Para 2010, a meta é fechar 150 parcerias com empresas e associações de classe. Falta, porém, educação financeira para derrubar preconceitos, afirma.

"Ninguém acorda querendo comprar seguro de vida. Nem vender", diz ele.
"Mas quantas famílias ficaram desestruturadas quando perderam o cabeça da família?"

BNDES atrai a atenção de fundos

O presidente do BNDES Luciano Coutinho almoçou esta semana, em Londres, com cerca de 15 executivos dos maiores fundos de investimento globais.

Os investidores estrangeiros mostraram interesse pelo banco, que tem apresentado desembolso elevado, resultado financeiro positivo e inadimplência reduzida, o que representa baixo risco.

Diante dos efeitos da crise financeira internacional, os executivos veem no BNDES uma boa oportunidade de investimento e deixaram claro que a emissão de títulos do banco no mercado externo seria bem-vinda.

Nesse quesito especifico, Coutinho, depois de responder a muitas perguntas sobre a economia brasileira, optou por apenas ouvir.

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