quarta-feira, fevereiro 03, 2010

TODA MÍDIA - NELSON DE SÁ

A favorita?

FOLHA DE SÃO PAULO - 03/02/10


Em destaque nas buscas de Brasil por Yahoo News, a Bloomberg deu que o "Eurasia Group vê Rousseff como favorita à eleição".
A "empresa de pesquisa de risco político de Washington", em relatório ontem, afirma que "a eleição certamente promete ser muito competitiva" e Dilma "não é carismática" como Lula. Mas é "a candidata do presidente" e a vitória será de "quem convencer os eleitores que os benefícios dos últimos poucos anos serão mantidos". Em destaque no iG, "uma mosquinha tucana que aparecesse no encontro de empresários do Lide" com Guido Mantega e Henrique Meirelles, ontem, "ficaria preocupada. A fala dos empresários que disputaram o microfone foi marcada pelo ufanismo".

No Terra, Antonio Lavareda, "estrategista de FHC", avaliou a pesquisa Sensus: "O que houve efetivamente foi uma transferência de votos de Ciro Gomes para Dilma", pois "as pessoas tomaram conhecimento de que é a candidata do presidente Lula".

POR NEGAÇÃO
Na manchete do G1, à tarde, "Ciro insiste na candidatura", pois "valoriza o eleitor dando-lhe mais uma alternativa e não aquele voto por negação". E mais, "discordo da avaliação [de Lula e] o trato como líder político e não como mito, santo, inquestionável".

PLEBISCITO
Na submanchete da Folha Online, "Aécio critica plano de fazer eleição plebiscitária". Diz que a campanha não pode se limitar a comparar Lula e FHC. "O momento é outro. Os desafios são outros", avalia. "Acho perigosa essa eleição plebiscitária que querem."

SHELL E O LOBBY
Os ingleses "Telegraph" e "Guardian", observando que a Shell perdeu há dias o posto de maior empresa europeia de petróleo para a BP, apontam a "esperança de promover o etanol nos EUA e na Europa", com a operação no Brasil.
"A Shell agora vai fazer lobby junto ao governo dos EUA para reduzir a tarifa sobre a importação". No "Financial Times", a coluna Lex elogiou o "controle conjunto" sobre "o maior produtor de etanol do Brasil".
Já o "Times" inglês criticou a associação com empresa acusada de trabalho análogo à escravidão.

CORRIDA
A Bloomberg noticia que as operações do "bilionário George Soros" no Brasil em "energia renovável", já com duas usinas, preparam um lançamento de ações, IPO, para financiar uma terceira, de US$ 700 mil, entre outros projetos. E que gigantes como a Bunge "também estão se expandindo em etanol".

ATÉ O IRÃ
Um jornal financeiro do Qatar, "Zawaya", citando a agência Fars, noticiou que "o Irã e o Brasil concordaram em produzir biocombustível conjuntamente". A "joint venture" proposta abrangeria troca de experiências. Nas conversas, outras áreas de cooperação seriam energia e biotecnologia.

UM TESTE PARA O PODER
Com a manchete "Uma década no vermelho" e a submanchete "Orçamento de Obama vê anos de déficits, um teste para o poder dos EUA", além do título interno "Grandes déficits podem mudar poder global", o "New York Times" avisou que "os EUA podem começar a sofrer da doença que afetou o Japão na última década", quando "a influência do país no mundo se corroeu". Exemplifica com uma pergunta do assessor econômico Lawrence Summers: "Por quanto tempo o maior devedor do mundo pode ser a maior potência?".

OBAMA E A BOMBA
Na manchete do Drudge Report, com foto de Obama, "Como ele aprendeu a amar a bomba", trocadilho com o título de "Dr. Strangelove". Linka longa reportagem da AP sobre o orçamento dos EUA, "Obama busca dinheiro para desenvolvimento de armas nucleares".

E OS ASSASSINATOS

Roger Cohen, colunista do "NYT", escreveu ontem que "estamos testemunhando o declínio do Ocidente". E lamentou que, no "estado da nação", Obama só tenha sido mais eloquente nas ações do que nas palavras ao anunciar "muito mais assassinatos" de membros da Al Qaeda.

QUE CRISE?
O site da "Economist" analisou os "tapas" trocados por EUA e China e concluiu que "existe menos 'crise' do que parece". Mas acrescentou: "Provavelmente". Por outro lado, a agência Xinhua noticiou ontem que o "Brasil planeja elevar relações comerciais com a China", no segundo encontro da Comissão de Cooperação de Alto Nível, em março. E o "Wall Street Journal" cobria ontem a visita a Pequim do ministro da energia da Venezuela, para "negociações sobre petróleo".

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