sábado, fevereiro 13, 2010

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

Empresários querem "Minha Casa, Minha Vida 2"

FOLHA DE SÃO DE PAULO - 13/02/10


Os empresários da habitação negociam com o governo federal a criação de uma segunda versão do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.
O Secovi-SP (sindicato da habitação) começou a negociar com a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) os principais pontos de aprimoramento do que já chama de "Minha Casa, Minha Vida 2".
"Até o começo de 2011, o Minha Casa, Minha Vida irá alcançar 1 milhão de habitações. O deficit habitacional no Brasil, porém, ainda é de 7 milhões a 8 milhões", afirma João Crestana, presidente do Secovi-SP.
A avaliação do sindicato é que a primeira fase do programa teve resultados positivos.
As dificuldades operacionais estão sendo solucionadas, mas os entraves urbanísticos ainda são muito grandes em cidades como São Paulo, onde os resultados estão abaixo do esperado, de acordo com Crestana.
A continuidade do Minha Casa, Minha Vida depende, na opinião do presidente do Secovi-SP, de quatro pontos: mais recursos disponíveis; segurança jurídica para as incorporadoras; maior qualidade dos produtos, incluindo aspectos de sustentabilidade; e melhorias do urbanismo para resolver incompatibilidades, como a distância entre a habitação e local de trabalho.
O desenvolvimento dessa segunda etapa do programa precisa levar em conta uma questão delicada, principalmente em São Paulo, de acordo com Crestana. "No centro da cidade, existem 40 empregos para cada moradia, enquanto no bairro de Itaquera a relação é de 20 moradias para cada emprego."

COM CIMENTO
A relação da Camargo Corrêa com a Cimpor não é nova. Em 2001, a Camargo comprou 2,5% das ações da cimenteira portuguesa. A ideia do grupo brasileiro era adquirir uma fatia maior, mas acabou desistindo dos planos quando a francesa Lafarge entrou na sociedade com participação maior.

"CIMBRA"
A CSN mostrou ontem que está disposta a lutar por sua parte na cimenteira portuguesa. Se a CSN for bem-sucedida, a Cimpor será majoritariamente brasileira, com capital dividido entre CSN, Votorantim e Camargo. Já há articulistas na imprensa portuguesa apelidando a Cimpor de "Cimbra".

BB e Caixa estudam acordo em tecnologia

O Banco do Brasil fez um memorando de entendimentos com a Caixa Participações e a Caixa Econômica Federal para permitir a realização de estudos sobre a viabilidade de parceria operacional ou societária das instituições na Cobra Tecnologia.
A empresa é 100% controlada pelo Banco do Brasil.
O documento foi publicado como fato relevante na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) ontem.
A associação na Cobra terá por objetivo o fornecimento de soluções de tecnologia e informática para os dois maiores bancos públicos.
A Cobra Tecnologia teve problemas anos atrás, mas, segundo fontes do banco, atingiu equilíbrio financeiro.

ÁGUA E SABÃO

O dinheiro ainda é o meio de pagamento mais usado pelos consumidores nas lavanderias da cidade de São Paulo. Uma fatia de 70% dos usuários ainda paga os serviços em dinheiro, segundo pesquisa realizada com 705 entrevistados pela consultoria GS&MD (Gouvêa de Souza), encomendada pelo Sindilav (sindicato de lavanderias do município de São Paulo). "Já notamos crescimento do uso dos cartões de crédito e de débito, mas o dinheiro ainda prevalece", diz José Carlos Larocca, presidente do Sindilav.

LEITURA DINÂMICA

A Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que neste ano vai chegar à 21ª edição, terá um novo organizador. A Reed Exhibitions Alcantara Machado assume neste ano o evento, que acontecerá de 12 a 22 de agosto, no pavilhão de exposições do Anhembi. "A ideia é colocar o evento no circuito internacional, do qual fazem parte as feiras de Tóquio, Paris, Londres e Nova York, também organizados pela Reed Exhibitions", afirma Juan Pablo De Vera, presidente da empresa no Brasil. A bienal brasileira difere da americana no público alvo, segundo Rosely Boschini, presidente da Câmara Brasileira do Livro, realizadora da feira. "Recebemos cerca de 700 mil pessoas, sendo 180 mil crianças. A americana é mais voltada ao mercado livreiro", afirma Boschini. Neste ano, o evento terá um dia reservado aos profissionais do mercado editorial. A edição deve envolver investimentos de cerca de R$ 10 milhões, de acordo com De Vera. Haverá cerca de 350 expositores e a expectativa é que sejam representados 900 selos editoriais.

TÊNIS NO TRABALHO. SIM OU NÃO

Os tênis podem ser usados com roupa social, mesmo no trabalho, sim. Essa é a opinião da grife do designer de acessórios francês Christian Louboutin, que chegou a criar um modelo que sai por R$ 3.800. A condição é que sejam acompanhados de um figurino jovial. A marca, conhecida pelo solado vermelho, resolveu manter sua linha casual de tênis masculinos, que, mesmo para homens, trouxe tachas, detalhes dourados e estampa de onça na coleção primavera-verão 2010. As primeiras criações de calçados esportivos do estilista surgiram na coleção outono-inverno de 2009. O ideal para acompanhar os modelos mais arrojados no trabalho são blazers e calças mais justos e gravata estreita, que dão aparência moderna. O modelo dourado deve chegar ao Brasil em março. O de tachas (R$1.950) ainda não tem previsão. A única loja da grife na América Latina fica no shopping Iguatemi em SP. Para acompanhar um terno, a marca italiana Salvatore Ferragamo sugere um calçado que apelidou de "sapatênis", o sapato Mille, que custa R$ 1.390.


com JOANA CUNHA e ALESSANDRA KIANEK

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