sexta-feira, fevereiro 19, 2010

FERNANDA KRAKOVICS

Palanque duplo

O Globo - 19/02/2010


O governo federal não deve trabalhar para implodir a candidatura de Anthony Garotinho (PR), como quer o governador Sérgio Cabral (PMDB).

“Candidato a presidente não recusa apoio. O ideal sempre é ter um candidato único da base aliada, mas, em alguns estados, isso não é possível, devido à realidade local”, diz o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) sobre o Rio.

PAC e Olimpíadas na campanha

O Palácio do Planalto ficou irritado com as cobranças públicas feitas por Cabral. Integrantes do governo afirmam que o governador não está em condição de fazer exigências.

Dizem que, sem a ajuda do governo federal, ele não teria conseguido levar as Olimpíadas para o Rio e que ainda está sendo beneficiado com investimentos, sobretudo em obras do PAC. Só na urbanização do Complexo do Alemão são R$ 800 milhões. E o apoio do PT já é um indicativo de que esse é o palanque preferencial. Cabral disse a Dilma, no domingo, em conversa reservada, que era muito ruim ter dois palanques. A ministra não respondeu.

“Falar em viés estatizante quando as economias de mercado estão no chão, pelo amor de Deus...” — Marco Aurélio Garcia, assessor do presidente Lula para assuntos internacionais, defendendo papel maior do Estado

PRESSÃO. Apesar de Aloizio Mercadante dizer que sua posição é irredutível, o PT acredita que o senador ainda pode ser convencido a disputar o governo de São Paulo, e não a reeleição.

Além de um apelo do presidente Lula, ele concorreria em uma condição especial: sem concorrentes internos, com o apoio de todo o partido, o que, tratando-se do PT, não é pouco. Petistas lembram ainda que Mercadante já revogou o irrevogável

Imigração

Uma representante do partido comunista português questionou ontem Dilma Rousseff sobre os imigrantes brasileiros naquele país. A ministra disse apostar que grande parte voltará com a retomada do crescimento da economia.

Povos indígenas

E um delegado do Peru quis saber a situação dos povos indígenas na Amazônia.

A ministra ressaltou a homologação contínua, pelo governo brasileiro, da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, e o programa Territórios da Cidadania.

Dilma: integração com a América Latina

Um delegado do Paraguai questionou a ministra Dilma Rousseff, no Congresso do PT, sobre a revisão do Tratado de Itaipu. A presidenciável respondeu que a proposta brasileira é boa para os dois lados e que não é “imperialista”. Ela foi aplaudida ao dizer que a relação do Brasil com a América Latina é de integração, e não de imposição. O Brasil aceitou triplicar o valor pago ao Paraguai pela energia de Itaipu, além de permitir a venda do excedente no mercado livre brasileiro. O acordo ainda tem que ser ratificado pelo Congresso.

Dilma: não haverá submissão aos EUA

A ministra Dilma Rousseff disse ontem, em seminário internacional do PT, que ainda é cedo para avaliar o governo de Barack Obama.

Destacou, porém, como positiva a participação dele na Conferência da ONU sobre o Clima, em Copenhague.

Ela disse ainda, segundo presentes, que o Brasil manterá uma relação “soberana e respeitosa” com os EUA, e não de “submissão”.

A pergunta foi feita por um representante do Partido da Revolução Institucional (PRI) mexicano

O PT aproveita o Congresso do partido para fazer uma pesquisa de opinião com seus integrantes. Uma das questões é sobre a política de alianças.

VICE-PRESIDENTE do PSB, o ex-ministro Roberto Amaral foi eleito presidente da Coordenação Socialista Latinoamericana.

REI SOL. Cada vez que era perguntado ontem sobre o motivo de o seminário do PT com Dilma Rousseff ser fechado, o secretário de Relações Internacionais do partido, Valter Pomar, dava um ataque. “Porque eu decidi. Vocês (repórteres) não têm passe livre aqui”, dizia ele, aos berros.

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