domingo, janeiro 17, 2010

ARI CUNHA

Ainda somos amigos


CORREIO BRAZILIENSE - 17/01/10



Hugo Chávez não perde a vez. Quando pode, aperta o cinto do Brasil. Há momentos em que chegamos a ter cintura de pilão. Coisa que não falta ao presidente Lula é ouvir. Nunca deu um tiro na opinião de ninguém. Com calma, coloca a cabeça no travesseiro e dorme. Agitado, porque sempre vive os aperreios do país. Hugo Chávez tem apoio do Brasil para integrar o Mercosul. Acredita-se seja bom para o Brasil. Falta a comprovação. Em chegando ao Mercosul como está, se não usar democracia no comando, a organização vai amargar depois. Como a esperança é sempre a última que morre, vale a pena esperar.

“Os fetos torturados em sessão de aborto querem uma lei de anistia.”
Dona Zilda Arns, de onde estiver, com mais um argumento em favor da vida


IBGE
» Ano passado, o IBGE divulgou pesquisa mostrando que metade dos brasileiros tem telefone celular. Os aparelhos foram a salvação durante as enchentes de São Luiz de Paraitinga. Uma das formas que a turma do rafting pediu de socorro foi acrescentar crédito nos celulares.

Preço alto
» Brasília está de cabelos levantados. Os jovens amargam tempos difíceis com os imóveis a preços fora da realidade. Estamos como durante a guerra da Europa. Uma só casa reunia vários casais. Na capital, pessoas com apartamentos maiores alugam quartos para moradores desconhecidos.

Empregos
» Pelo menos 2 milhões de pessoas estão sem emprego na América Latina. A situação é de amargar para muita gente. No Brasil, a situação é bem melhor. O povo desfruta de vantagens que favorecem a vida. Recebem cartão que vale dinheiro e substitui a labuta diária.

Senai
» Casos registrados em obras chamam a atenção em Brasília. O número de acidentes de trabalho tem aumentado nos últimos anos. Só na construção civil, as estatísticas mostram aumento de 60% no país. O Senai tem sido grande aliado para melhorar esse quadro.

Presidente sem prudência
» Leonardo Prudente está com a cabeça à mostra. Dispensou a licença, mas não deve assumir a cadeira. Assumiu outro dia, em segredo, proibindo a entrada do povo, que é o juiz nas eleições. Não se entendeu o porquê do ato sigiloso. Érika Kokay não dobra o espinhaço a dúvidas.

Divergência
» Paulo Vannuchi entra em choque com a Presidência da República na apuração dos fatos da ditadura militar. Houve crimes dos dois lados. Bom seria o país tomar conhecimento de todos os fatos. Inclusive quanto às gordas gratificações dos bem situados. Não esqueçam que o sol nasce para todos.

Tradição
» Quem ouve a Jovem Pan sabe que ali resiste um coração com saudade de outros tempos. Não havia internet nem computador. A Rádio Panamericana de 1944 rejuvenesceu em 1965 quando Paulo Machado de Carvalho a rebatizou de Jovem Pan.

Golpe
» Uma das principais opções de importar pelos Correios é o baixo custo do frete e a agilidade no processo. Só que Brasília não faz parte desse critério. Desde outubro os importadores são informados de que a carga terá que ser liberada pela alfândega do Rio de Janeiro ou São Paulo. O pior da história é o silêncio dos Correios e da Receita Federal sobre o assunto.

Excesso
» Um litro de tinta para impressora colorida custa R$ 13.575. O equivalente a 300g de ouro, três TVs de plasma de ``42´´, um Uno Mille 2003, 45 impressoras que utilizam esse cartucho, quatro notebooks, seis micros Intel Core 2 quad com 4 GB e um HD de 500GB. A informação chegou por e-mail assinado por Elina Martins.

História de Brasília

É incrível, numa cidade de quatro anos, a gente ver o que todo o mundo viu ontem: uma miniatura do Iguaçu, em plena rua da Igrejinha, só porque choveu. Ora essa. Chover é pra chover em toda parte. Afinal de contas, não se construiu Brasília para o clima de Lima. (Publicado em 22/2/1961)

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