quarta-feira, dezembro 16, 2009

TODA MÍDIA

Ricos vs. pobres

NELSON DE SÁ

FOLHA DE SÃO PAULO - 16/12/09



"Os maiores atores não estão mais próximos de acertar as disputas entre ricos e pobres que paralisaram as negociações", destacava o "New York Times" na home, no final do dia. "A impaciência está claramente crescendo por aqui."
"Os esforços para unir a ação global parecem ter andado para trás", dizia o "Wall Street Journal". Um novo rascunho circulou, "sem quaisquer metas para emissão e financiamento". O jornal descrevia um ambiente de "profunda desconfiança".
Mas veio a noite e trouxe algum alívio no mesmo "NYT", com o "acordo praticamente fechado para compensar os países que preservem suas florestas", em especial, "florestas tropicais".

MANIPULAÇÃO
No segundo destaque na home da BBC Brasil, a ministra e presidenciável Dilma Rousseff descreveu a reação dos países pobres como "balde de água fria nas tentativas de manipular" um acordo, em "alusão direta" aos países ricos. "Se respeitar os dois caminhos, tudo é possível. Se não respeitar, não vai chegar a nada."
Por outro lado, Míriam Leitão, no Globo Online, postava "ato falho" de Dilma, que pulou um "não" e falou que o ambiente ameaça o desenvolvimento.

EXTERMINADOR
No segundo destaque do G1, uma foto de José Serra com Arnold Schwarzenegger, que foi tirada pela "TV Globo", mas o "JN" evitou reproduzir. "Vim à Dinamarca dizer que o Estado de São Paulo está preparado para ser parte da solução", disse o presidenciável brasileiro. Schwarzenegger chamou-o de "Sierra".

MOTOSSERRA
Também em Copenhague, o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, foi entrevistado longamente pelo site da "Exame", postando que ele "hoje é visto com um convertido à causa ambiental". Teria viajado para "apresentar a estrangeiros" um projeto ambiental na cidade de Cotriguaçu, no Noroeste do Estado.

O SAPO
A AP despachou ontem um vídeo sobre a paralisação nas obras do Arco Metropolitano, o Rodoanel do Rio, "diante da descoberta de um pequeno sapo ameaçado de extinção"

"BACKYARD"
O site da "Foreign Policy" fez um balanço das rusgas entre EUA e Brasil. Começou pela "ameaça" da secretária de Estado, Hillary Clinton, aos países que "flertam com o Irã". Citou que, da parte do Brasil, "ações falam mais alto do que palavras" e o subsecretário Arturo Valenzuela "não foi privilegiado com um encontro com Lula ou com Celso Amorim".
E encerrou avaliando que Clinton foi "pedante e ofensiva, e não ajuda a reverter a sensação de que os EUA só percebem a região como seu quintal. Não é a melhor forma de cortejar aliados". Início da noite, a AP despachou que o Brasil ratificou a Venezuela como membro pleno do Mercosul.

ESTELAR
O Goldman Sachs voltou a dar o real como "a moeda mais valorizada". "Mas por boa razão", diz o "WSJ", citando, do relatório do banco, "a performance estelar em relação a praticamente qualquer outro país no mundo"

JUROS BAIXOS
No topo das buscas por Google News e Yahoo News, ontem à tarde, a venda de títulos do Tesouro do Brasil, que "aproveita o grau de investimento para acessar o mercado de dívida" com os juros mais baixos já oferecidos pelo país. E a procura superou a oferta.

INFOSYS CÁ
No "Times of India", a gigante indiana Infosys anunciou, de Bangalore, a abertura de um centro de desenvolvimento em Belo Horizonte e se disse "inteiramente comprometida com o Brasil".

CONFECOM LÁ
O chinês "Diário do Povo" noticiou a abertura da Conferência Nacional de Comunicação, em Brasília, para "definir políticas públicas", mas com "forte resistência por parte das empresas".

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