sexta-feira, dezembro 18, 2009

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

Participação de exportações de eletroeletrônicos cai em 2009

FOLHA DE SÃO PAULO - 18/12/09


A participação das exportações no faturamento do setor eletroeletrônico vai fechar 2009 em queda.
Neste ano, as vendas para o exterior representaram 12,8% do total faturado pelas indústrias de eletroeletrônicos, ante 14,8% em 2008.
Fatores como câmbio desfavorável e mercado internacional retraído contribuíram para que as exportações fechassem 2009 em US$ 7,2 bilhões, de acordo com a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica).
O número já minguou cerca de 45% desde 2002, segundo Humberto Barbato, presidente da entidade. "A queda vem ocorrendo desde que o câmbio começou a se valorizar, mas neste ano foi mais acentuada."
A importância das exportações caiu com mais força em 2009, devido às restrições à entrada dos produtos brasileiros impostas por países como Argentina, Venezuela e Equador. Os itens que mais sofreram foram os celulares, que ocupavam presença expressiva nas vendas aos vizinhos.
Também foram prejudicados os itens de "alto valor agregado nacional", que são principalmente os produtos elétricos, como motores, com alta composição de peças nacionais.
A maioria dos eletrônicos brasileiros, feitos a base de componentes importados -pelos quais se pagam menos-, encontrou menor dificuldade ao serem exportados depois de prontos.
"Se nada for feito com o câmbio para tornar nosso produto mais competitivo, essa participação deve cair para 10% em 2010", afirma Barbato.

EM POUCAS PALAVRAS

Grandes empresários não poupam elogios ao professor e consultor Vicente Falconi. Mesmo assim, as vendas do livro "O Verdadeiro Poder", lançado no início deste mês, surpreenderam. A primeira edição se esgotou, com a venda de 10 mil exemplares, apenas uma semana após o lançamento. A segunda, com a mesma quantidade, chega às prateleiras nesta semana. Falconi não publicava livros havia dez anos. Nome de referência em gestão, o consultor ajudou a criar em empresas brasileiras, como Gerdau, a cultura de eficiência, conceitos que tem levado para o setor público também. O autor afirma que se preocupou em não ser prolixo ao relatar sua experiência acumulada neste livro. É um método simples para estabelecer metas. "Não queria fazer um livro grande. Contei as experiências que deram certo", diz Falconi. A renda total da primeira edição foi destinada ao instituto Ismart, que identifica crianças de baixa renda com alto potencial intelectual. A segunda edição também será.

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DINAMARQUESAS

FLORESTAS
A expectativa da Fibria (empresa criada com a união de Aracruz Celulose e VCP) na COP-15 era que a preservação das florestas brasileiras ganhasse visibilidade como estratégia para a construção de uma economia de baixo carbono.

CELULOSE
Umberto Cinque, gerente-geral de meio ambiente industrial da Fibria, apresentou durante a conferência experiência sobre as emissões de carbono em toda a cadeia. A certificação mostra o quanto o setor pode ser sustentável, já que o sequestro de carbono das florestas manejadas é maior que as emissões, diz a Fibria.

ESPECIALISTAS
Empresários brasileiros presentes na COP-15 se esforçam para se tornar especialistas em ambiente. Sinal de que o setor privado já entendeu que não terá espaço nos mercados de Europa e EUA, caso não se ajuste à economia de baixo carbono, segundo Daniela Stump, da área de sustentabilidade do Pinheiro Pedro Advogados.

ANO DE DIVULGAÇÃO
Se este ano foi de consciência, 2010 será de divulgação. Empresários devem superar a timidez e participar de fóruns globais, o que difere da organização de evento para plateia brasileira em fórum internacional, como na COP-15, diz Stump.

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Venda do comércio popular cresce até 15% na primeira quinzena
Ruas congestionadas, calçadas lotadas e sacolas cheias. Os lojistas do comércio popular em São Paulo já comemoram o aumento das vendas na primeira quinzena deste mês, após terem enfrentado um Natal estagnado em 2008.
Na região do Bom Retiro, as vendas cresceram 15% nos primeiros 15 dias deste mês em relação ao mesmo período do ano passado.
A percepção de Nivaldo Júnior, vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas do Bom Retiro, é que o consumidor antecipou as compras. Por esse motivo, ele afirma que aqueles que deixarem as compras para a última hora podem acabar não encontrando o produto desejado.
Segundo Júnior, um dos motivos que levaram ao crescimento do comércio foi o arrefecimento da crise financeira. "Apesar do impacto da crise no primeiro semestre, 2009 foi um ótimo ano para o varejo, que conseguiu se recuperar nos últimos seis meses."
Já na região do Brás, as vendas tiveram expansão de 10% na primeira quinzena, segundo a Alobrás (Associação de Lojistas do Brás). A entidade prevê aumento de 8% no total das vendas deste mês, já que na segunda quinzena a comercialização tende a ser menor. O faturamento deste ano deve fechar em R$ 9,8 bilhões, de acordo com a associação.
Para Jean Makdissi Júnior, diretor da Alobrás, a crise não afetou diretamente as vendas da região neste ano. "Os consumidores seguraram as compras de bens de maior valor agregado e acabaram gastando mais com vestuário." Além disso, para manter o nível de consumo, os lojistas passaram a parcelar mais as compras, diz Makdissi Júnior.

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