sexta-feira, dezembro 11, 2009

ARI CUNHA

Leis para juristas

CORREIO BRAZILIENSE - 11/12/09


Está comprovado que a Constituição merece reparos. Não entendemos do assunto, mas, em conversas com sábios juristas, a gente chega à conclusão de que os malandros são protegidos pelas soluções legais encontradas. Na visão dos juristas, pessoa que comete ilícito deve ser considerada infratora. O tratamento de excelência é merecido quando o portador honra o mérito com que é distinguido. Contrariando a lei, é infrator. Outra coisa é o número enorme de protelações. Há quem coloque advogado para pedir protelações a seu gosto. Até que o assunto seja arquivado. A maioria desses assuntos não chega ao pobre, que não tem a mesma assistência, e mofa nas cadeias.


A frase que foi pronunciada

“Chuva em São Paulo mata mais do que cangaceiros de Lampião.”
José Nêumanne Pinto, jornalista, poeta e escritor, lembrando da infância no Nordeste. Nasceu na tríplice divisa do Rio do Peixe, entre a Paraíba, o Rio Grande do Norte e o Ceará.



Câmara Legislativa
Funcionários fizeram vigília na sede da Câmara Legislativa. Mais tarde chegou grupo de manifestantes com posições diferentes. Polícia veio botar ordem. Homens e mulheres ficaram deitados no chão e foram transportados pela polícia, um a um. Também houve violência. A situação está insustentável.

Peixes
Modernidade dos países está criando peixes. Alguns devem ser impróprios para alimentação. A coisa piorou depois que administradores de reprodução resolveram criar peixes de água salgada. Praza aos céus que sejam úteis.

Aquecimento
Representantes de muitos países estão reunidos à procura de solução para o aquecimento global. Discussões sentem falta de unidade. Países ricos não podem resolver em pouco tempo. Ocorre que o que hoje existe provém do desleixo de outros tempos. Natureza não suporta agressão. O ser humano a todo instante está recebendo a culpa.

Dubai
Potência que destrói a natureza e onde tudo é mais caro parece em declínio. A lei é local e não atende a nenhuma determinação. Nem dos direitos humanos. Comunidade internacional é regida por vontade de seus controladores. De repente, o viajante poderá ficar desamparado sem poder descer no encantador aeroporto que foi construído para turistas.

BB
A subordinada está fora do ar. Era a resposta dos caixas do Banco do Brasil para os correntistas que precisavam de transações só permitidas no balcão. E pronto. Sem ninguém para apelar, fica por isso mesmo. Em tempo. As taxas de serviços cobradas mensalmente são religiosamente pagas pela maioria dos clientes. Saem automaticamente das contas. Depois do apagão e caladão, agora é o sem transação.

Cibernética
São muitas as opções tecnológicas para quem quiser divulgar as notícias produzidas pela Agência Senado. Além da impressão, é possível enviá-las por e-mail, Twitter, Delicious, Facebook, Google, Yahoo, Multiply Blogger e Word Press. É só resguardar a fonte.

Mão única
Mais um projeto do senador Paim arrepia os patrões. O senador sugere que os empregadores participem com 100% do valor do vale-transporte aos empregados. O argumento do senador Cristovam Buarque é que a iniciativa vai estimular o uso do transporte coletivo. Como se a maioria dos trabalhadores do país tivesse outra opção.

Cobra
Desde que a política se tornou balcão de negócios, o voto e a vontade do eleitor vão para o lixo. Enquanto isso, a União quer a devolução de R$ 1,7 bilhão desviados por atos de corrupção. Se roubar e não poder levar fosse vergonha de verdade, o assunto estaria resolvido.

Xis
Continua rendendo o vazamento das informações sobre a linha de defesa da cúpula da COP-15. Países ricos e pobres pensam antagonicamente sobre o Protocolo de Kyoto, por exemplo. O fato é que, sabendo da opinião do outro antes da briga, é possível vislumbrar uma solução. Pena é que a pose para fotos seja só nos últimos dias.


História de Brasília

O pessoal do Coreia (409) entre os blocos 26 e 27 está desfrutando um privilégio que, de muito bom grado, adoraria, se não existisse: uma piscina. É que abriram uma vala, há um mês, e até hoje ninguém sabe para que. Com as chuvas, o perigo ronda as crianças, dada à profundidade, das mais perigosas. (Publicado em 19/2/1961)

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