Colateral FOLHA DE SÃO PAULO - 13//11/09 A operação governamental para proteger a candidata Dilma Rousseff (Casa Civil) dos efeitos do apagão resultou na superexposição de Edison Lobão (Minas e Energia). A sucessão de explicações desencontradas do ministro peemedebista provoca desconforto na própria base aliada, especialmente no PT. “Precisamos esclarecer para a opinião pública de forma didática, clara. Não se pode minimizar”, disse Delcídio Amaral (MS), oriundo da área energética, em discurso anteontem à noite no Senado. Ontem, o deputado João Paulo Cunha (SP) postou em seu Twitter: “Penso que o governo só deveria ter falado sobre o fato quando houvesse explicação sólida e definitiva”. Raios - Ainda na madrugada de quarta-feira, no primeiro relato feito a Lula sobre as causas do apagão, Lobão citou o mau tempo. E ouviu do presidente: “Que clima, que nada. Eu quero saber mais”! À francesa - Dilma viaja amanhã com Lula para Paris. Vai acompanhar o bate-papo do presidente com Nicolas Sarkozy sobre clima. De lá, ela segue para reunião em Copenhague preparatória da conferência de dezembro. Alma... - Petrobras e Banco do Brasil compraram duas páginas no caderno de negócios do ‘New York Times’ de ontem. Brasilianistas são ouvidos para justificar o título “Ascensão do Brasil -Superpotência econômica emergente reclama seu lugar”. ...do negócio - De brasileiros são citados Antonio Gil, presidente da Brasscom, Osmar Chohfi, cônsul-geral em NY, e Admilson Monteiro, diretor de negócios internacionais do BB. Uma página inteira no jornal custa cerca de US$ 180 mil, mas informes publicitários desse tipo costumam ter descontos. Bomba - Do ministro Guido Mantega (Fazenda), em reunião com líderes da base, sobre os projetos pró-aposentados do senador Paulo Paim (PT-RS): “Eles podem fazer com as finanças públicas o que a crise econômica não fez. Arrebentar as nossas contas”. Saída honrosa - Carimbado como um dos responsáveis pela costura que levou à pauta o projeto que vincula o reajuste dos aposentados ao do salário mínimo, o líder do governo, Henrique Fontana (PT-RS), tem repetido na bancada que não deixará o posto por desgaste, mas sim para ser o coordenador da campanha de Dilma no Rio Grande do Sul. Pavão 1 - Com um voto no qual pelo menos duas horas foram dedicadas a matéria que já estava decidida, Marco Aurélio Mello tirou os colegas de Supremo do sério no julgamento de Cesare Battisti, que acabou suspenso em boa medida por sua decisão de deixar o plenário antes do final. Pavão 2 - Luís Roberto Barroso, advogado de Battisti, foi bastante ironizado pelos ministros nos bastidores. Ali se ouvia que ele vendeu à praça a ideia de que sua entrada no caso mudaria o rumo do julgamento, o que não aconteceu. Flinstones - A nota verde unificada para veículos, a ser anunciada até o final do mês pelo ministro Carlos Minc (Meio Ambiente), adotará pontuação máxima de cinco estrelas: duas relativas à emissão de CO2 e três à de gases poluentes. Tiroteio Lula anda tão encantado com seu filme que passou a viver na ficção. Mas o mensalão é uma mancha que ele não conseguirá apagar da história. Do deputado BRUNO ARAÚJO (PSDB-PE) sobre o presidente, que em entrevista definiu o maior escândalo de seu governo como ‘armação’ e ‘tentativa de golpe’. Expresso duplo Anfitrião de um jantar de boas-vindas a parlamentares recém-filiados ao PSDB, anteontem em Brasília, Eduardo Gomes (TO) abriu o encontro transmitindo um recado do governador José Serra (SP), que não compareceu. - Ele telefonou se desculpando, surgiu um imprevisto, mas pediu para dizer que o Aécio vai representá-lo. Na sequência, a neotucana Rita Camata (ES) ensaiou o discurso da união interna, sacando a antiga metáfora do ‘café e com leite’ São Paulo-Minas. Citado duas vezes pela deputada, Aécio resolveu fazer um aparte: - Só quero lembrar que Minas produz muito café... |
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