terça-feira, novembro 10, 2009

PAINEL DA FOLHA

Estica e puxa

FOLHA DE SÃO PAULO - 10/11/09

Setores da base aliada defendem uma solução em três etapas para a espinhosa questão das aposentadorias: 1) votação de regra definitiva para o reajuste do salário mínimo; 2) edição de MP com um aumento para os aposentados superior ao até agora oferecido pelo governo; 3) envio ao Congresso de projeto com uma alternativa ao chamado fator previdenciário.

O governo vê a proposta com reservas. Acha que a base ‘não terá peito’, a um ano da eleição, de se opor ao projeto que vincula o reajuste das aposentadorias ao do mínimo, explosivo para as contas públicas. Mas será pressionado a discutir a solução de compromisso durante a marcha das centrais a Brasília nesta semana. Os sindicalistas devem ser recebidos por Lula.

Para a torcida 1 - O Planalto faz o pior juízo possível da atuação de seu líder na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), no caso da vinculação das aposentadorias ao reajuste do salário mínimo. Acha que o deputado está cuidando única e exclusivamente da própria reeleição, sem dar a mínima para as contas do governo.


Para a torcida 2 - Em razão da encrenca das aposentadorias, voltou a ganhar força o antigo rumor de que Fontana pode perder o cargo.


É a eleição! - Dilmista de carteirinha, o senador Gim Argello (DF) sairá em defesa do projeto pró-aposentados no programa do PTB que irá ao ar nesta quinta-feira.


Abafa o caso - No encontro ontem de partidos do campo lulista, integrantes do PSB sorriram amarelo quando lhes foi cobrado que façam oposição ao governo de São Paulo. Na Assembleia Legislativa, a sigla é Serra e não abre.

Bandeira - Recém-filiado ao PSB, o ex-tucano Gabriel Chalita usará o lugar de destaque que lhe será dado nas inserções do partido, a partir desta semana, para defender a escola de tempo integral.


Para registro - Sobre as críticas de petistas ao projeto do PSDB de arregimentar ‘multiplicadores’ para atuarem no Nordeste, o partido afirma que se trata de ‘recrutar e preparar voluntários’, sem contratação de pessoal.


Currículo 1 - Interpelado pelo MEC sobre o caso da aluna Geisy Arruda, o dono e reitor da Uniban, Heitor Pinto e Silva Filho, é figura conhecida no ministério. Já presidiu a Associação Nacional das Universidades Particulares, da qual hoje é o tesoureiro.


Currículo 2 - O empresário também já tentou ingressar na política. Em 2002, foi vice na chapa de Paulo Maluf (PP) ao governo paulista. À época, declarou à Justiça Eleitoral patrimônio de R$ 34 milhões.


Barulho - A Comissão de Educação da Câmara, presidida por Maria do Rosário (PT-RS), enviará ofício ao Ministério Público de SP cobrando investigação sobre a polêmica do vestido. Também tentará ouvir Silva Filho. Na Assembleia paulista, a iniciativa partiu do tucano Milton Flávio.

Circuito - Apesar do status de visita de Estado dado à passagem do iraniano Mahmud Ahmadinejad por Brasília, dia 23, não há sinal de que ele será recebido no Congresso, como é praxe nesses eventos. Há ainda expectativa de protestos de entidades judaicas.


Plataforma - Em entrevista ao blog da Petrobras, o presidente José Sergio Gabrielli afirma que a Imprensa “perdeu o interesse” pela investigação sobre a empresa porque “foi uma CPI técnica” e “sem espetáculo midiático”. Diz ainda que o blog “veio para ficar” e precisa ser redirecionado “para temas mais gerais”.

Aperitivo - Diante da polêmica sobre os royalties do pré-sal, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), dará início à votação no plenário com os projetos do fundo social e da Petro-Sal.

Tiroteio

A pergunta-pegadinha do Enade confirma o fiasco do Enem: o governo Lula é ruim de avaliação, mas o máximo em autoelogio.

Do tucano EDUARDO GRAEFF, secretário-geral da Presidência no governo FHC, sobre questão de prova aplicada pelo MEC na qual a imprensa é criticada por ter questionado Lula a propósito da declaração em que este comparou a crise no Brasil a uma “marolinha”.

Túnel do tempo


Em encontro recente, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), brincava com o suposto desejo do presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), de ser vice na chapa da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). Rindo, Temer rebateu:

- Você diz isso porque quer ser presidente da Câmara!

E logo tratou de contemporizar:

- Se isso acontecer, eu o apoio. Desde os meus tempos de menino, no interior de São Paulo, eu ouvia os seus discursos na ‘Voz do Brasil’ e já o admirava!

Os presentes caíram na risada, uma vez que Temer é oito anos mais velho do que o colega.



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