Meia-entrada FOLHA DE SÃO PAULO - 06/11/09 Diante da resistência em relação ao projeto que regulamenta o lobby em todo o serviço público, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), já fala em emplacar as regras somente na Casa que comanda. Pretende submeter à Mesa Diretora uma resolução obrigando lobistas a se credenciar antes de fazer o corpo a corpo pelos corredores. Também disciplinaria a distribuição de brindes. A ideia foi testada pelo peemedebista em conversa com outros líderes na Casa, mas também houve certa crítica. Alguns afirmam que, ao restringir a proposta, carimbaria a Câmara como reduto de negociatas. Além disso, sem amparo em lei, não seria possível estabelecer punição além da simples perda do crachá. Na fila - A decisão de Temer de pautar a votação do projeto que vincula o reajuste dos aposentados ao mesmo dado ao salário mínimo alvoroçou ‘representantes’ da PEC dos Cartórios e da proposta que pode legalizar os bingos. Upgrade - Aliados de Expedito Júnior (PSDB-RO), que deixou o Senado ontem por ter o mandato cassado, articulam para que ele concorra ao governo já nas eleições indiretas que podem ocorrer caso a Justiça Eleitoral ratifique a cassação do governador Ivo Cassol (PP). O TSE julgará o caso na próxima semana. Dominado - Cassol tem o apoio de quase todos os 24 deputados que escolheriam seu eventual sucessor no governo. Padrinhos 1 - Senadores tucanos se dividiram ontem sobre o caso de Expedito. Uma ala ponderou que ele ajudou a derrubar a CPMF e é o favorito nas pesquisas para o governo do Estado. Padrinhos 2 - Já a outra reclamou que a principal sondagem em que ele aparece em primeiro lugar na disputa foi encampada pelo ‘Voz de Rondônia’. A título de divulgação do mandato, o site-agência recebia do gabinete de Expedito R$ 6.000, mensalmente, da verba indenizatória. Super Mario - Com a farta cabeleira domesticada por um boné, Wellington Salgado (PMDB-MG) comprava games, ontem à tarde, na loja da Nintendo em Nova York. Passaporte - O governo norte-americano já concedeu o ‘agrément’ (aceitação) ao novo embaixador do Brasil em Washington, Mauro Viera. Falta agora a aprovação do Senado brasileiro ao nome do diplomata, que deixa seu posto em Buenos Aires. Alfândega - Já o senador republicano Jim DeMint bloqueia desde 21 de julho a aprovação para que Thomas Shannon, indicado por Barack Obama, assuma a Embaixada dos EUA em Brasília. Flanco - O PMDB quer instalar um integrante da Fundação Ulysses Guimarães, ligada ao partido, no grupo que cuidará do programa de governo de Dilma Rousseff. O presidente da fundação é o deputado Eliseu Padilha (RS). Arquivão - A Casa Civil lançou edital para um pregão, na próxima semana, destinado a contratar empresa para fazer back-up de todos os dados do PAC e treinar pessoal. O custo previsto é de R$ 2 milhões. Plantão médico - O Ministério da Previdência estima que o governo gastará neste ano R$ 12,3 bi com acidentes do trabalho - 30% de todo o rombo estimado da Previdência. Os setores com maior índice são os terceirizados da administração pública, água, esgoto, as indústrias de transformação, extrativista, eletricidade e transporte. Périplo - Depois da OIT, o MST formalizou ontem denúncia na OEA reclamando ser ‘criminalizado’ no Brasil. Os sem-terra, que recentemente foram acusados de depredar uma fazenda da Cutrale, se queixam de perseguição do Judiciário e da CPI instalada no Congresso. Tiroteio A CDHU ficou marcada pela corrupção nos governos do PSDB. É lamentável que a CPI termine melancolicamente sem conclusão. Do deputado estadual ANTONIO MENTOR (PT), sobre o desfecho na Assembleia paulista da CPI que investigou denúncias de irregularidades na Companhia do Desenvolvimento Habitacional e Urbano. Meus e seus A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) jantou na semana passada com congressistas do PP, o sexto partido a sentar à mesa para negociar aliança à sua candidatura presidencial. Ao começar o discurso, ela se alongou nos cumprimentos, repassando nome a nome as lideranças da legenda. Mas, quando ia iniciar seu discurso, recebeu acenos de um pequeno grupo de petistas, sentados no canto. A ministra imediatamente interrompeu a fala e afirmou, para risada geral: - Ah! Deixa eu cumprimentar também os companheiros do PT... Ou corro o risco de não ganhar o voto deles! |
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