sexta-feira, novembro 06, 2009

ARI CUNHA

Sem pena, vale a pena

CORREIO BRAZILIENSE - 06/11/09


Uma mulher sem os braços pegava a frigideira com a boca. Acomodava-a no fogão, acendia o fogo. Com uma colher, tirava o ovo da cesta, quebrava e fritava. A visão daquela cena despertava sentimentos diversos. Primeiro a vergonha. Vergonha por ter tudo e ainda reclamar de futilidades. Depois a força, a compaixão e a vontade de fazer alguma coisa por quem precisa. Quando entra o mês de novembro, a Associação dos Pintores com a Boca e os Pés envia um boleto. No mesmo envelope chega o calendário do próximo ano e uma carta com depoimentos. Quadros dos pintores com a boca e os pés são assinados por artistas de todo o mundo. É gente que não se deixou acomodar e venceu. Por isso os sócios são amparados por uma sociedade, e não por uma associação beneficente. (Circe Cunha)


A frase que não foi pronunciada

“Senado e STF compõem o novo Sistema S. Falta o Executivo.”
Senador João Alberto, de onde estiver, acompanhando os poderes.



Diferenças
Toda grande cidade tem problemas de estacionamento. Vale conhecer outras culturas. Em alguns países da Europa, as vagas para os funcionários são distribuídas pelo horário de chegada. Quanto antes chega, o trabalhador estaciona mais longe. É um bom momento para a caminhada do dia. Os atrasados param mais perto e perdem a chance de se exercitar.

Paranoá
Deixar as críticas de lado é sempre bom. Vale o elogio ao dr. José Durval Albuquerque Santos. Mesmo com as deficiências comuns dos hospitais públicos, dr. Durval é atencioso com os pacientes, encontrando tempo para exercer a medicina humanizada. Pacientes comentavam o assunto em um ponto de ônibus perto do Hospital do Paranoá.

Regras
Diaristas ainda sem regras para exercer a profissão. De um lado, se forem equiparadas com as empregadas domésticas, terão mais privilégios e muitos patrões. De outro, por falta da regularização, as profissionais permanecem na informalidade. O assunto continua na Comissão de Assuntos Sociais do Senado e o projeto de lei da senadora Serys Slhessarenko a respeito ainda gera discussões.

Apontar, fogo
Atos de improbidade administrativa cometidos por servidores públicos e titulares de mandato eletivo só serão prescritos depois de corridos 10 anos. O projeto de lei do deputado Francisco Praciano foi aprovado pela Comissão de Trabalho e de Administração da Câmara.

Idosos
Preparado um trabalho que vai servir de subsídio para políticas públicas aplicadas pelo GDF. A Diretoria de Gestão Estratégica arremata a pesquisa domiciliar socioeconômica de 2009. As 15 regiões administrativas foram abordadas com foco na população de baixa renda. A situação do idoso na comunidade tem mostrado dados novos.

Petrobras
Mais um posto do Japão recebe gasolina com 3% de etanol. O outro lado do mundo recebeu as propostas da Petrobras com ânimo. Tanto que o presidente José Sergio Gabrielli negocia com o governo da cidade de Okinawa transformar a refinaria Nansei Seriyu em modelo de distribuição do etanol.

Dnit
Aprovado pela Comissão de Trabalho da Câmara o projeto de lei do Executivo que prevê o aumento de salário dos servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O reajuste vigora no primeiro dia de 2010. Os profissionais com mestrado e doutorado terão uma gratificação a mais.

Quadro
Ministro Joaquim Barbosa foi implacável no caso do senador Eduardo Azeredo. Já o senador José Agripino contemporizou, afirmando que, se algo aconteceu, foi antes do mandato, o que tira qualquer possibilidade de o senador deixar a Casa. Azeredo afirma que o recibo que o incrimina é falso. O fato é que o STF é a instância que assina o quadro.

Impasse
Como diz o filósofo de Mondubim, festa acabada, músicos a pé. As cobranças do Ecade, a competição com a internet, taxas e impostos têm tornado inviável a produção de CDs e DVDs. Como o polo de Manaus fica com 90% da produção e distribuição dos produtos para o Brasil, só a região tem isenção tributária. Autor da PEC da Música, o deputado tucano Otávio Leite quer estender a benesse a outros estados. A bancada do Amazonas não votou.


História de Brasília

Quanto ao transporte dos bichos, foi uma nota de humor, aproveitando uma sugestão de um zoólogo, segundo o qual os animais não podem residir no atual Jardim Zoológico, porque os ventos fortes dão pneumonia em todos eles. (Publicado em 16/2/1961)

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