terça-feira, outubro 27, 2009

TODA MÍDIA

Outros consensos

NELSON DE SÁ

FOLHA DE SÃO PAULO - 27/10/09


John Williamson, que cunhou o Consenso de Washington, colega de Pedro Malan, publicou no "Financial Times" o artigo "O Fundo deveria ajudar o Brasil a conter as entradas" de capital (pág. B6). Em suma, defende que o FMI mude sua "abordagem intelectual" e se adapte ao "fim de uma era", anunciado pela ação "substantiva e simbólica" do Brasil.

Depois dos australianos, também o turco "Hurriyet Daily News" publicou análise sobre a medida com que "o Brasil roubou toda a atenção, abrindo debate não só sobre se vai funcionar, mas se outros vão seguir". Lamenta que a Turquia não pode, por estar de mãos atadas, dependente de capital externo e sob risco de elevar juros, ao contrário do Brasil.

Fim do dia, por Valor Online e Brasil Econômico, Bolsa "surpreende" e se "descola da cena externa" de Wall Street, com ou sem a taxação.

ORA FMI, AMEAÇA "WSJ"
O "Wall Street Journal" se voltou em editorial contra conceder mais poder aos "políticos de Pequim e Brasília" no Fundo, como vem negociando o G20.
Questiona não serem "credores de longo prazo" no FMI, como os EUA. Diz que o Fundo "não é uma democracia" e, "se for para virar um banco da ONU, os contribuintes americanos devem parar de pagar por ele". Afinal, "com o FMI de antigamente pelo menos se podia contar na hora de apoiar os interesses geopolíticos do Ocidente".

COMO INVESTIR
O "Telegraph" ouve consultor para avisar que "as empresas planejando entrar no Brasil vão se chocar com a força dos fornecedores locais". Sugere "parcerias" na "corrida pela Copa e pelos Jogos"

ARMAS AOS BRICS
UPI e sites de defesa destacam que um novo estudo "sugere que Brasil, Rússia, Índia e China vão virar líderes econômicos de grande potencial para empresas de defesa" em busca de "oportunidades".

A HORA DE SAIR
O "Los Angeles Times", em editorial, diz que os presidentes da América Latina ainda precisam "saber quando sair". Critica Álvaro Uribe e Hugo Chávez e afirma que "deveriam seguir os modelos maravilhosos de Lula e Michelle Bachelet, que respeitam seus mandatos apesar da popularidade".

O FIM DO MUNDO
Ken Auletta, da "New Yorker", lança no dia 3 "Googlado: O Fim do Mundo como Nós o Conhecemos" (Penguin), em que descreve a revolução que atingiu "jornais, livros, TV, cinema, telefonia, publicidade e a Microsoft". Para divulgação, ele adianta na nova "Fortune" as "dez coisas que o Google nos ensinou", por exemplo, "A paixão vence"

CNN, A ÚLTIMA OU A MAIOR
No "New York Times", "CNN cai para o último lugar entre os canais de notícia", em audiência nos EUA. A emissora "que inventou os canais de notícia" ficou atrás de Fox News, MSNBC e da HLN, antiga Headline News _que é produzida pela própria CNN.
Em blogs de mídia como Romenesko, a notícia negativa era contrastada ontem com um outro levantamento, que deu a CNN como "de longe a maior do Twitter", com seis milhões de seguidores, capitaneados por sua página de "Breaking News", que só perde para celebridades como Ashton Kutcher e Britney Spears.

A PIOR DA HISTÓRIA
No Radar de Lauro Jardim, o "Fantástico" teve "a pior audiência de sua história". No blog de Daniel Castro no R7, até a audiência consolidada foi "a pior de todos os tempos". Na coluna de Ricardo Feltrin no UOL, "a recuperação se tornou obsessão da cúpula da Globo", que vai "reformar" o programa.

JORNAIS EM QUEDA
Por "NYT" e outros, "Circulação de jornais nos EUA cai 10%". E o "USA Today" perdeu o primeiro lugar para o "WSJ", mas "é um dos poucos a vender assinaturas on-line, que contam na circulação total". A reportagem do próprio "WSJ" sublinha que seu crescimento de 0,6% se deve às assinaturas do site.

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