quinta-feira, outubro 22, 2009

BRASÍLIA - DF

O modelo da Petro-Sal


Correio Braziliense - 22/10/2009



Diante da profusão de emendas com sugestões para a estrutura administrativa da Petro-Sal, o governo testa na Câmara dos Deputados a intenção de replicar os moldes adotados na Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Tida como órgão eminentemente técnico, a EPE seria o trunfo para aplacar temores da oposição quanto à politização da estatal e tirá-la das barganhas por cargos sonhados por partidos aliados. Novo ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha tem sido o porta-voz do modelo entre os deputados.

Parte da bancada familiarizada com o setor, no entanto, duvida de que o modelo seja 100% à prova de indicações políticas. Um nome citado para ilustrar o caso é o do diretor de Gestão Corporativa da EPE, Ibanês César Cássel, técnico ligado à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Quem tem mais olho grande na empresa é o PMDB.

Precocidade

Apesar do incipiente debate acerca do marco regulatório do pré-sal, já pipocam especulações no mercado sobre possíveis presidentes da futura Petro-Sal. Mais citado na bolsa de apostas está o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, técnico que convenceu Lula a mudar a legislação do petróleo.

Desavisados

Deputados do PMDB, em especial os contrários ao pré-compromisso eleitoral com a candidatura de Dilma Rousseff capitaneado pelo presidente da Câmara, Michel Temer (SP), queixavam-se de, mesmo depois de celebrado o acordo com o PT, não terem recebido detalhes do acordo que foi levado à mesa de Lula e Dilma.

Desacordo

A sucessão da ministra Dilma Rousseff na Casa Civil é ponto de divergência entre ela e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula prefere a gerente executiva do PAC, Miriam Belchior, para o cargo quando Dilma deixá-lo a fim de entrar em campanha. Mas a ministra defende a secretária executiva da Casa Civil, Erenice Guerra. Miriam é ligadíssima a Lula

Mágica

Relator de receitas no Orçamento de 2010, o senador Romero Jucá quer incluir o Minha Casa, Minha Vida no PAC. Apesar de não influir na execução do programa habitacional, a manobra poderá deduzir mais R$ 7 bilhões para gastos do governo ao reduzir o superávit primário. Com o aporte, o PAC chegará, no ano que vem, a R$ 28 bilhões

Soprem.../ O PSB prepara uma grande celebração para o aniversário de 52 anos do deputado Ciro Gomes (PSB-CE), pré-candidato à Presidência da República. O rega-bofe será em 5 de novembro, uma quinta-feira. Um detalhe ainda falta ser definido: se a festa será em São Paulo, novo domicílio eleitoral de Ciro, ou em Brasília.

...as velinhas Petistas paulistas tentam inovar na homenagem ao presidente Lula, que comemora aniversário neste sábado. Circula pelo Congresso um convite para que os “amigos do Lula” compareçam ao Palácio da Alvorada, às 9h, para dar os parabéns e uma salva de palmas ao companheiro. Lula nunca teve tantos amigos.

Despedida/ Demissionário da Subsecretaria de Assuntos Parlamentares, Marcos Lima enviou ontem carta aos parlamentares, formalizando sua saída do posto que ocupou por quatro anos. Provável substituto, Neuri Mantovani circulou ontem pela Câmara para se apresentar aos deputados. Lima disputou o cargo de ministro de Relações Institucionais e perdeu.

Refugou




Ao sair ontem da Câmara dos Deputados, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo (foto), se viu diante de Sabrina, do Pânico na TV!, que montava guarda em frente ao seu carro oficial. A humorista havia lhe trazido a sunga vermelha usada pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Um dia antes, Bernardo brincou no Conselho de Defesa Nacional que vestiria a peça se Sabrina lhe pedisse. Cobrado, o ministro disse não.

E aí, vai?




O governador de São Paulo, José Serra (foto), teve uma demorada conversa com o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), durante sua passagem por Brasília, anteontem. O tucano foi novamente cobrado por uma definição sobre a sucessão presidencial. Agripino ponderou que a indecisão tem prejudicado a formação de palanques regionais. Serra mantém o discurso de que tratará de eleição somente em março do ano que vem.

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